domingo, 31 de março de 2019

CONTEÚDO MINHA TERRA É SERGIPE


CONTEÚDO MINHA TERRA É SERGIPE.
**********
> Blog Minha Terra é SERGIPE - blogminhaterraesergipe
**********
> Grupo "Minha Terra é SERGIPE" - grupominhaterraesergipe
***********
> Facebook Grupo Minha Terra é SERGIPE - facebook.com/groups

sábado, 23 de março de 2019

quarta-feira, 20 de março de 2019

164 anos de Aracaju III, por Ana Luiza Libório (17/03/2019)


Publicado originalmente no Facebook/Ana Luiza Liborio, em 17 de março de 2019

164 anos de Aracaju III
Por Ana Luiza Libório

Festejamos, hoje, mais um aniversário da cidade. E o que poderíamos dizer sobre ela ?

Eu menina do interior, vim de Lagarto, sempre tive uma relação de amor à cidade onde nasci.

Da infância tenho doces lembranças diáfanas:
Da colina do Santo Antônio com seus pés de sapoti e jenipapos.
Meu tio morava no alto, na casa da encosta, àquela de arquitetura quase normanda. Lá passamos férias memoráveis entre árvores frondosas e enormes esquadrias de caixilho de vidro.

Da Atalaia? O imenso coqueiral. Em 1967 veraneamos por lá. Toda manhã banho de mar na praia deserta, e a tarde pescar siri na maré do Apicum. Jamais esqueci!
A noite ficávamos no escuro, não tinha energia elétrica, aguardando atentos ao vai e vem da luz do antigo Farol.

Na adolescência verdadeiro paraíso, passear no comércio, visitar livrarias, lojas de tecidos, ir nos os armarinhos comprar contas pra maria Chiquinha e botões de madre pérola, rotina. O cachorro quente no Parque era programa certo dessas tardes descompromissadas.
Aos domingos Cine Palace, ir tomar sorvete na Cinelândia e na volta parar no relógio da Praça Fausto Cardoso. Passear na praça já não era moda na capital...
Sábado a noite o programa certo era o caranguejo na Atalaia e o Veludo seu mais famoso bar. Talvez o primeiro grande empreendimento. O Manequito era mais mocó e o Barraco para os descolados de então.

Das “boites” lembro das também matinees dominicais na Atlética, no Iate e da Oxente no Cotinguiba, pra gente grande, onde só enxergávamos os dentes e as roupas brancas.

Na juventude achei a cidade por demais pacata e extremamente provinciana. Desta fase não guardo boas lembranças, exceto do Baixo Barão.

E o que esperar da Aracaju do terceiro milênio?

Gosto de frisar que vivemos, ainda, na cidade da escala ideal. Enfatizo o ainda porque na pós moderna Aracaju já se delineia uma nova paisagem urbana.

Eu particularmente, prefiro a modernista Aracaju do Bairro São José, com suas casas máquinas de morar, segundo Le Corbisier, de platibandas retas, painéis de cobogó, venezianas de madeira e colunas de pastilha.

E os antigos casarões da Rua de Estância, a um passo do Rio Sergipe? Meu irmão, criado no Rio, não conseguia entender como alguém, proprietário de tais tesouros, opta por outro tipo de moradia.
Imagina para o sujeito criado no Rio o valor de morar no Centro, perto das praças, dos bancos, enfim, poder fazer tudo a pé. Luxo só! Essa é a verdadeira e democrática qualidade de vida, que permite ao cidadão flanar na cidade. Talvez a única que valha a pena.
E é como se houvessem várias Aracajus, a do Plano Pirro, a das invasões e a selva de pedra, desenhada para carros em alta velocidade, com ruas e calçadas estreitas, e avenidas completamente hostis para os pedestres. Um lugar onde, até pra comprar pão, é preciso pegar o carro.

E o que é pior cheia de distantes retornos. Uma cidade onerosa, um tabuleiro de xadrez com apenas torres e peões, o alto e o baixo. Nada de alturas intermediárias, sinuosidades ou curvas. Desenho muito pobre para um território plano.

Será mesmo essa a cidade em que desejamos morar? Vale a pena refletir pois ainda há tempo de interferir. O desenvolvimento nem sempre se constitui de arranha céus e metrópolis. As cidades européias, que todos amamos visitar, estão aí a nos provar.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Ana Luiza Loborio

Tototós resistem ao tempo e fazem parte do cenário de Aracaju

Tototós resistem ao tempo e fazem parte do cenário de Aracaju
Fotos: Julia Freitas

Publicado originalmente no site do CINFORM, em 19 de março de 2019

Resistência além do rio
Por Julia Freitas 

Quem trafega pela Avenida Ivo do Prado, mais conhecida como “Rua da Frente”, no centro de Aracaju pode ver diversos imóveis e praças que contam histórias dos 164 anos da capital sergipana. Porém, um pequeno píer no rio Sergipe, localizado nas proximidades do  Mercado Municipal Antônio Franco, abriga um dos patrimônios culturais do estado.

O som da buzina alerta os passageiros mais lentos sobre a próxima viagem das pequenas embarcações que ganharam o nome do barulho que seu motor faz: Tototó. Segundo a presidente da associação, Mary Almeida, são 16 embarcações que se revezam diariamente no transporte dos passageiros entre as cidades, das 5h45 às 19h, de domingo a domingo. Homens, mulheres, idosos, crianças que viajam através do rio mais conhecido da cidade em uma calma e bela viagem de apenas cinco minutos.

Datar a primeira embarcação motorizada desse tipo que cruzou o Rio Sergipe é uma tarefa difícil até mesmo para os historiadores locais, no entanto, existem embarcações datadas da década de 1940 que substituíram as antigas embarcações à vela.

MUDANÇAS

Ao longo de, pelo menos, sete décadas de travessias muita coisa mudou para os pilotos de tototós. O historiador Marcos Vinicius Anjos lembra que na década de 1980, essas pequenas embarcações disputavam passageiros com lanchas maiores, mais rápidas e com possiblidade de um número maior de ocupantes. Mas, mesmo com a concorrência das lanchas da Sergiportos, os tototós ainda continuavam a transportar pessoas.

“Como a oportunidades de empregabilidade era maior no comércio e serviços em Aracaju, era comum um número expressivo de canoas atravessando o rio Sergipe, trazendo e levando trabalhadores. Assim, essas canoas viraram marca registrada não somente dos moradores da ilha, como de pessoas que estavam em Aracaju e queriam ir para a Barra dos Coqueiros ou nos fins de semana para a frequentadíssima praia da Atalaia Nova”, comenta.

Outro impacto que os pilotos de tototós sofreram foi a construção da ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros, inaugurada em 2006. Mas com um preço mais em conta (R$ 2 por pessoa), um tempo de travessia menor, mais conforto e segurança – sem falar na vista – fazem com que muitas pessoas ainda prefiram as pequenas embarcações. Como é o caso do conselheiro tutelar Fábio Cristiano Helvecio, morador da Atalaia Nova, ele prefere o balanço do rio quando precisa resolver algo em Aracaju.

“Eu ando de tototó desde pequeno, também já andei nas antigas lanchas, mas eu sempre preferi o tototó. Mesmo tendo os ônibus que eu posso pegar para chegar em casa, opto pela travessia pelo rio porque, além de ser uma viagem gostosa, ela é segura, não tem acidentes e nem o perigo dos assaltos”, comenta.


ENTRE FAMÍLIAS

Por se tratar de um meio de transporte antigo, é comum ouvir histórias de pilotos e proeiros que começaram na profissão através de seus pais, tios ou algum outro familiar. Entre eles está Valdemir Luiz Lima, o Val, que há mais de 20 anos trabalha no píer do rio Sergipe.

“Meu avô era marítimo, ele era da Marinha de Guerra, e ele tinha uma embarcação aqui a vela. MInha mãe, hoje com 80 anos, fala que naquela época a travessia era feita em barcos a vela e só depois passou para embarcações movidas a motor. Mas eu comecei a trabalhar aqui em 1998, através de um primo da minha esposa. Eu tinha tirado a carteira náutica e estava desempregado na época. Mas eu sempre utilizei os tototós como meio de transporte, desde criança. E com o avanço das tecnologias, os motores ficaram melhores e a travessia mais rápida”, lembra.

Val é esposo da tia de Flávio dos Santos, proeiro de seu barco. Flávio, que começou a trabalhar fazendo travessias aos 20 anos, comenta que começou trabalhando na embarcação de um dos seus tios. “O meu tio começou ajudando o pessoal e um tempo depois conseguiu comprar a sua própria embarcação. Foi aí que eu tirei a carteira náutica e comecei a trabalhar com ele. Hoje, eu trabalho com o Val, que é esposo de uma tia minha, e a gente se reveza na embarcação desse meu tio. É assim que eu consigo sustentar a minha família”, comenta.

Desde 2011, as pequenas embarcações de madeira movidas a motor e que atravessam diariamente o rio Sergipe são consideradas Patrimônio Cultural e Imemorial do Estado. Uma iniciativa que pretendia assegurar a existência, manutenção e a valorização destas embarcações e dos profissionais que ali trabalham. Mas, na verdade, muito ainda precisa ser feito. Apesar dos esforços de pilotos e proeiros, a falta de manutenção e, até mesmo, sinalização nos píeres de Aracaju e da Barra dos Coqueiros afastam os turistas e a população local.

Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br

Bairro Coqueiral, em Aracaju




Fotos: Ascom/Emurb
Reproduzidas do site: aracaju.se.gov.br

segunda-feira, 18 de março de 2019

Torre do Relógio do Mercado Municipal de Aracaju

Foto: @janasantosfoto.
Reproduzida do twitter.com/governosergipe/media

Rio São Francisco, no município de Canindé de São Francisco

Foto: Polyana Bittencourt 
Reproduzida do site: twitter.com/governosergipe

Comida típica é patrimônio imaterial de Aracaju


Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 18 de março de 2019

Comida típica é patrimônio imaterial de Aracaju

Amendoim cozido e beiju são algumas das deliciosas iguarias que fazem parte da cultura da Capital sergipana

Além da arte, é também por meio da culinária que um povo expressa a cultura. Nesse contexto, deve-se destacar que diversas guloseimas contam muito da história de Aracaju. Vale destacar que a comida é expressão da cultura não somente quando produzida, mas, também, quando preparada e consumida, segundo Massimo Montanari, professor de história medieval e história da alimentação na Universidade de Bolonha, na Itália. Para ele, as pessoas não utilizam apenas o que é oferecido pela natureza, mas criam alimentos, preparam-nas, seguindo técnicas, e não comem qualquer coisa, escolhendo o que lhes convém conforme critérios também culturais.

E é nesse processo que a culinária vai refletir os costumes de um povo e também outros aspectos culturais, como as religiões e até mesmo a política. Em Aracaju, comidas populares como saroio, bolachinha de goma, beiju, ginebe, malcasado, amendoim verde cozido, queijada, pé de moleque, manauê e doce de pimenta do reino são reconhecidas como patrimônios culturais imateriais, de acordo com a Lei nº 3.685, de 13 de março de 2009.

O Programa Nacional do Patrimônio Imaterial que os Estados brasileiros vêm desenvolvendo entende como patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e o saber-fazer de um povo, associados às comunidades, aos grupos e, quando for o caso, aos indivíduos que reconheçam como fazendo parte do patrimônio cultural deles.

Ao longo dos 164 anos de Aracaju – lugar onde muitos cresceram e conviveram –, as pessoas foram, aos poucos, “construindo” algumas comidas como material cultural, dando forma ao comportamento alimentar do aracajuano e ligando-o diretamente ao sentido e à identidade social de cada um.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Senhor dos Passos: Fé e devoção unem milhares de fiéis...










Fotos:Márcio Garcez e Danielle Pereira

Publicado originalmente no site da Prefeitura de São Cristóvão em 17/03/2019

Senhor dos Passos: Fé e devoção unem milhares de fiéis no encerramento da romaria

Símbolo de fé e devoção, a secular Romaria de Nosso Senhor dos Passos, teve na tarde deste domingo (17), o seu ápice com a procissão do encontro da imagens de Jesus Cristo e Nossa Senhora das Dores. Pelas ruas de pedra da cidade Mãe de Sergipe milhares de romeiros de várias cidades do estado, trajando roxo, com os pés descalços, acompanharam as celebrações religiosas agradecendo às graças alcançadas, e renovando os votos de fé no santo.

“A Prefeitura de São Cristóvão entende a importância da romaria com a sua tradição secular e participa de forma efetiva, fazendo o possível para que as pessoas possam ser bem acolhidas.  O histórico de eventos que temos realizado na cidade, e a forma como estamos recebendo os turistas, acabam estimulando para o aumento do número de pessoas. Nossas expectativas foram superadas, estamos agradecidos por tudo ter transcorrido bem, foi uma romaria muito bem realizada”, observou o prefeito Marcos Santana.

O Governador de Sergipe, Belivado Chagas, que acompanhou todo o percurso da procissão ao lado do prefeito Marcos Santana, destacou a religiosidade das pessoas que saem dos mais diferentes municípios do estado. “Aqui estão reunidas várias pessoas de localidades distintas unidas por um único propósito que é a fé em Nosso Senhor dos Passos. O sentimento de religiosidade e crença é muito forte, aqui a religiosidade cristã se apresenta de forma absoluta”.

A diretora presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe, Conceição Viera, ressaltou as boas condições oferecidas pela administração municipal para o êxito do evento. “A Romaria de Nosso senhor dos Passos é uma das maiores manifestações do estado de Sergipe, atraindo o turismo religioso de vários estados da federação. Fico feliz em ver uma administração como a do prefeito Marcos Santana, que reconhece a importância de um evento como este e que acolhe com estrutura, oferecendo lanche, água, café da manhã, local de apoio com segurança para todos os romeiros. Tudo isso é muito importante, Sergipe se torna o centro da religiosidade durante esses dias”.

Entre as várias autoridades políticas presentes na Romaria de Nosso Senhor dos Passos, o deputado federal, Fábio Reis, enfatizou a contribuição do prefeito para a realização.  “Cada ano que passa tudo é cada vez mais bem organizado e o prefeito Marcos Santana sempre se coloca à disposição, ajudando no que compete a prefeitura”, finalizou o deputado federal.

Estiveram também acompanhando a Romaria de Nosso Senhor dos Passos:o ex governador Albano Franço, os deputados federais, Fábio Mitidieri e Fábio Henrique, o deputado estadual, Francisco Gualberto, o vice prefeito Adilson Junior, os vereadores sancristovenses Vanderlan Correia, Adailton Lopes, Diego Prado, Paulo Júnior, Djalma Santana, Rafael da Colina, Morgan Prado e, a ex-prefeita de Itaporanga, Maria das Graças Souza Garcez.

Romaria

Da janela central do Museu Histórico de Sergipe, o Bispo da Diocese de Própria, Dom Victtor Agnaldo Silva proferiu a mensagem do sermão, que marcou o encontro das imagens e fez uma analogia do calvário de Cristo com o sofrimento do homem atual. “A nossa cruz é o desemprego que assola milhões de brasileiros em todo o país, é a violência que acomete a todos sem distinção de idade ou classe. É a cruz das drogas lícitas e ilícitas, é o feminicídio que tem ceifado a vida de milhares de mulheres. O sofrimento de cristo é o sofrimento do mundo, falou o bispo que finalizou dizendo que é tempo de nos voltarmos para o outro. “É chegado o tempo de nos encontrarmos com o próximo e descobrirmos a esperança”.

A festividade é marcada por muitas histórias de devoção. Em cada um dos sete passos, as pessoas buscam se amparar na fé para alcançar a graça pedida.

Wallace Yan Silva Santos de 18 anos falou que desde muito pequeno se reconhece enquanto devoto. “A devoção em Senhor dos Passos é muito presente na minha família, desde criança acompanho a romaria. Muitas graças já foram alcançadas e este ano venho pagar uma promessa vestido com a mortalha roxa. Todos que estão aqui tem um propósito que passa pela fé no santo, pontuou “

No museu dos ex votos, enquanto escrevia o seu pedido em um papel, Maria de Fátima Silva contou sobre a sua relação com a fé. "É o segundo ano que venho, da primeira vez estive aqui e alcancei o meu pedido. Estou voltando para agradecer e fazer um novo.  A fé é indescritível e rompe qualquer barreira”, finalizou.

Romaria

Patrimônio imaterial do Estado, a romaria ocorre há mais de 200 anos, quando a imagem de Nosso Senhor do Passos foi encontrada por pescadores no rio Paramopama. A festa é uma das mais importantes expressões religiosas do Nordeste e envolve, também, trabalho voluntário.

Texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br

Aracajuanos, Matutos Praianos

Imagem extraída do blog Sergipe em Fotos
De reprodução feita do blog: caapromo.blogspot.com.br

Publicado originalmente no Facebook/Luiz Eduardo Oliva, em 17/03/2019

Aracajuanos, Matutos Praianos
Por Luiz Eduardo Oliva

Numa rua dita da frente
Na frente é o rio
Para além de banhar a cidade, o oceano
E a cidade miscigenada conta os anos

Ameríndios, europeus, africanos
Filhos do mar, filhos do sertão, filhos baldios
Aracajuanos, matutos praianos
Astutos, ousados, arredios.

(Minha homenagem aos aracajuanos, no dia do aniversário desta amada Aracaju que abraça matutos ou praianos como eu, nascido no Riachão do Dantas e vivendo nessa cidade há 63 anos)

Texto reproduzido do Facebook/Luiz Eduardo Oliva

domingo, 17 de março de 2019

Arcos da Orla de Atalaia, em Aracaju

Foto: Denilton Lima
Reproduzida do site: twitter.com/tvsergipehdtv

Praça Fausto Cardoso, em Aracaju

Foto: Pritty Reis
Reproduzida do site: twitter.com/tvsergipehdtv

Romaria de Senhor dos Passos, na cidade de São Cristóvão





















Fotos: Heitor Xavier

Publicado originalmente no site da Prefeitura de São Cristóvão, em 17/03/2019

Senhor dos Passos: Prefeitura acolhe romeiros com segurança e cuidados

Como acontecem todos os anos, os romeiros de Senhor dos Passos ocupam o Centro Histórico da cidade para suas orações e manifestações de fé. Neste sábado, 16, segundo dia da romaria, a Prefeitura de São Cristóvão apoiando a comissão organizacional do evento somou força com os moradores para receber os visitantes da melhor forma possível. Milhares de pessoas encontraram uma recepção de afeto e cuidados com equipes de saúde de plantão, policiamento, coleta seletiva de lixo, limpeza de áreas públicas sequenciais e organização no trânsito.

“Há muitas décadas, o povo de nossa cidade se preparar para receber os romeiros, tanto de Sergipe quanto de outros estados vizinhos, sempre da melhor maneira, para que nestes três dias de romaria todos se sintam seguros e acolhidos em nossa cidade. Só temos a agradecer a presença destes visitantes e que retornem a nossa cidade outras vezes”, disse o prefeito Marcos Santana ao final da Missa Campal, que aconteceu na Praça do Carmo celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Aracaju, Dom João José Costa.

Há 15 anos participando do evento, Tânia Maria Ferreira de Farias organiza uma comitiva saindo de Estância para assistir as missas do sábado da Romaria de Senhor dos Passos. “Sempre ouvi falar da romaria e um dia resolvi aceitar o convite de uma amiga para conhecer, neste dia senti um forte impacto e desde então me sinto tocada a participar da romaria, vindo em caravana para São Cristóvão acompanhando toda a programação do sábado. Sempre voltarei. Gosto do acolhimento que a cidade dá aos romeiros”, contou.

Preparação e cuidados

Numa parceria entre o Consórcio Público da Grande Aracaju e a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (Semap), um ponto de coleta seletiva foi montado no centro da praça Matriz. “Estamos criando uma relação mais próxima com as catadoras, de forma a repensar o material reciclável. Estimamos que ao final destes três dias de Romaria de Senhor dos Passos possamos arrecadas uma tonelada de material reciclável”, pontuou o secretário da Semap, Thiago Corrêa. Para a catadora Diana Ferreira, o ponto de reciclagem da Romaria de Senhor dos Passos será o pontapé para que mais ações aconteçam em festas públicas na cidade. “As pessoas estão começando a entender a diferença entre lixo e material reciclável, e nós estamos aqui na romaria, para fazer esse papel que é mostrar o que pode ou não ser reciclado. Creio que este será o primeiro passo para a criação da nossa cooperativa”, frisou.

Com o apoio da Polícia Militar, a Romaria de Senhor dos Passos está em seu segundo dia sem nenhuma ocorrência policial. Com um efetivo de aproximadamente 40 policiais, por dia, incluindo os profissionais que já trabalham na cidade, todos os focos principais estão sendo monitorados com o apoio da Rádio Patrulha, Choque, Cptran e Gtam. “Fizemos um plano de operações e reuniões com a prefeitura para que a festa aconteça da melhor forma. Como se trata de um evento religioso traz essa tranquilidade, e não tivemos até agora ocorrências, algo semelhante ao que aconteceu no Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) do ano passado”, frisou o Capitão Jamisson, subcomandante do 1º Companhia Independente da Polícia Militar.

Saúde

Pensando no bem-estar dos romeiros, a Secretaria Municipal de Saúde instalou dois pontos de apoio para atendimento. O primeiro fica localizado ao lado da Igreja do Carmo, e conta com práticas integrativas de cuidado como: massoterapia, auriculoterapia, escalda pés e chás terapêuticos. “Nosso objetivo é acolher os romeiros que chegam cansados após percorrerem longos trajetos, então buscamos prestar esse cuidado humanizado para fazer com que eles se sintam melhor”, explicou a diretora de atenção à saúde, Maíra de Oliveira.

Localizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) São Cristóvão, o segundo ponto de apoio para a saúde possui uma equipe com enfermeira e técnicas na área de enfermagem para atender a população. “Nós fazemos a verificação dos sinais vitais dos pacientes e caso haja alguma intercorrência nós encaminhamos essas pessoas para o hospital mais próximo”, pontuou a enfermeira, Thaís Santos.

Segundo a enfermeira, por conta das altas temperaturas registradas neste período do ano, algumas pessoas acabam apresentando mal-estar. “Nós recomendamos que as pessoas bebam bastante água e que não fiquem com jejuns prolongados. Caso a pessoa se sinta mal por conta do calor ou por qualquer outro motivo nós estaremos disponíveis para atendê-la”, afirmou. Ao todo foram registrado 16 atendimentos neste sábado.

SMTT. Para garantir a tranquilidade no trânsito e a mobilidade urbana, a Superintendência Municipal de Trânsito de São Cristóvão (SMTT) está realizando o bloqueio das seguintes vias durante a Romaria de Nosso Senhor dos Passos: Travessa do Amparo; Rua das Flores; Rua João Bebe Água; Rua Ivo; Praça da Matriz; Ladeira INSS; Ladeira da Prefeitura; Rua do Rosário; Rua Almirante Amintas Jorge; Rua Professor Leão Magno.

 “Nós estamos bloqueando algumas vias, deixando livre a passagem somente de veículos como ambulância e carros da polícia. Nosso intuito é organizar o trânsito para evitar transtornos dos romeiros que chegam a pé, como também daqueles que vêm nos ônibus e caravanas”, destacou o coordenador de educação para trânsito da SMTT, Cláudio Farias.

Semsurb. No que diz respeito à iluminação, limpeza urbana e organização do espaço público, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsurb) atua fortemente, conforme explicou o coordenador de espaços públicos, Rafael Pereira. Segundo ele, para atender a demanda da limpeza urbana, tonéis de coleta seletiva e de lixo comum estão sendo distribuídos em todas as praças do Centro Histórico. Além disso, a Semsurb em parceria com a Loc Empreendimentos e vem fazendo o recolhimento de todo o lixo acumulado durante o evento.

Ainda de acordo com o coordenador, todos os serviços estão sendo ofertados sem problemas, inclusive em relação à organização do espaço público. “Apesar de o volume de ambulantes ser maior do que o ano passado, nós nos preparamos para recebê-los. Este ano estamos com uma estimativa de 500 ambulantes trabalhando na cidade, e tudo está ocorrendo de forma tranquila. Nós estamos com plantões que funcionam das 8h às 2h da manhã, então caso ocorra algum problema, a população pode acionar a Semsurb”, informou.

Texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br