quarta-feira, 7 de agosto de 2019

DJALMA, O Cantor

Fotos: Arquivo pessoal

Publicado originalmente no site RADAR SERGIPE, em 31 de maio de 2019

DJALMA, O Cantor

Djalma Silva Oliveira, nasceu no dia 26 de maio de 1942, em Boquim, Sergipe. Filho de Temistócles Souza Oliveira e Maria da Glória Silva. Aprendeu as primeiras lições no Colégio Santa Terezinha, em sua terra natal.

Ainda jovem, com 15/16 anos, começou a fazer serenatas, pelas ruas de Boquim, na companhia de jovens boêmios. No ano de 1962, interrompeu essa vida boêmia para servir ao Exército, no 28 BC, em Aracaju. Terminado o serviço obrigatório, retornou para Boquim, onde foi trabalhar na Prefeitura local, tendo assumido o cargo de Tesoureiro, a convite do então prefeito Jacomildes Barreto.

Pouco tempo depois, retorna para Aracaju onde começou a cantar profissionalmente, ao lado do irmão Dernival Oliveira, o Sargento PM Vavá, músico (saxofonista) da Banda da Polícia Militar. Assim, começou a aplaudida carreira do cantor sergipano, Djalma.


Juntos, Vavá no sax e Djalma no violão, cantaram nas principais casas noturnas de Aracaju. Miramar, Chantecler, Xangai, Imperial, Bambu e nos cabarés de Gilda, Deodato e outros. Ainda nos anos 60, juntamente com Edildécio Andrade e Gravatinha, funda o Trio Aliança que depois passou a se chamar Trio Atalaia, cujo grupo musical teve muitas formações e obtendo muito sucesso, inclusive fora de Sergipe.

Mendonça, Adalvenon, Adenoaldo e Lisboa tiveram marcantes participações no Trio Atalaia, que sempre manteve Djalma e Edidelson como titulares constantes. O Trio Atalaia se apresentava, frequentemente, nos Programas de rádio de Aracaju e fazia shows nos principais espaços culturais existentes na época. Também se apresentou em Salvador, São Paulo e no Rio de Janeiro, onde fez temporada no Rio Othon, Sheraton e Intercontinental, famosos hotéis da cidade maravilhosa.

Numa dessas apresentações, o Trio conheceu Wilson Simonal que não economizou elogios ao ouvir a singular apresentação da música “A Palo Seco”, de Belchior.


Djalma lembra que o Trio Atalaia sempre era convidado para dividir o palco com os artistas famosos que se apresentavam, nos anos 60, em Aracaju. Altemar Dutra, Vanusa, Renato e Blue Caps, entre outros. Com Roberto Carlos, o Trio se apresentou no antigo Estádio de Aracaju, quando o Rei cantava, apenas, com o RC Trio, formado por ele, Roberto (Guitarra), Dedé (Bateria) e Bruno (Baixo).

Depois do Trio Atalaia, Djalma resolveu começar a sua carreira solo e, a partir de então, no final dos anos 60 e início da década de 70, foi o cantor da noite mais festejado de Aracaju, cantando nos principais points da cidade. O Vaqueiro (Tropeiro), Iemanjá, Sorveteria Yara, Iate Clube, Associação Atlética (Boate Segredo), Vasco, Cotinguiba, Paulistano e Hotel Beira Mar. A sua presença era certeza de casa cheia.

Djalma também participou, como guitarrista e cantor, do grupo Nino e Seu Conjunto, que marcou época se apresentando por várias temporadas na CRASE, Casa do Radioamador de Sergipe e nos principais clubes sociais sergipanos.

Djalma continua com uma belíssima voz, mas, infelizmente, tem sido pouco requisitado. Faz hemodiálise três vezes por semana, na Climese (segunda, quarta e sexta). Mora na rua Aloisio Braga, 516, no bairro Índio Palentim, em Aracaju.

Esse, vale a pena ouvir de novo!

Texto e imagens reproduzidos do site: radarsergipe.com.br

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