domingo, 30 de outubro de 2022
Matriz do Sagrado Coração de Jesus, localizada no Bairro Grageru
Mercado municipal Maria Virgínia Leite Franco
Vista aérea da cidade de Aracaju
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
Barco no rio Sergipe, visto do município da Barra dos Coqueiros
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Fim de tarde na cidade de Aracaju, vista do rio Sergipe
domingo, 23 de outubro de 2022
Fim de tarde em Aracaju, visto do rio Sergipe
Lambe-Sujos e Caboclinhos de Laranjeiras
Artesanato no Mercado Municipal de Aracaju
Praça Tenente Domingues Fontes, Bairro Farolândia, em Aracaju
Características: Estrutura implantada pelo Ministério da Marinha na segunda metade do século XIX.
Tombamento: Decreto nº 15.295, de 21/04/1995; inscrição no Livro de Tombo nº 01 – Geral – fls. 18 e 19.
Localização: Praça Tenente Domingues Fontes, Bairro Farolândia, em Aracaju.
Em 1854, o então presidente da Província de Sergipe, Inácio Joaquim Barbosa, encaminhou ao Ministro da Marinha a planta e o orçamento para a construção de um farol na barra do rio Sergipe (na época conhecido como rio Cotinguiba ou Aracaju). No dia 12/10/1861 foi inaugurado um farol de madeira, destruído num incêndio, em 1884. No mesmo ano foi providenciada uma torre provisória e, em 1886, teve início a construção de uma torre metálica, oriunda da França, de 33,5 m de altura. O antigo farol de Aracaju, também conhecido como Farol do Cotinguiba, foi inaugurado em 07/09/1888 e desativado em 16/07/1991, quando o novo farol da Coroa do Meio entrou em atividade. Em 2007 foram iniciadas as obras de restauração do farol e revitalização da área em seu entorno. Em 2009, a Prefeitura de Aracaju reinaugurou o equipamento e a Praça Tenente Domingues Fontes, uma homenagem ao primeiro faroleiro de Aracaju.
Fonte: aracaju.se.gov.br
Foto: Raul Alexandre/Flickr
Reproduzida do site: skyscrapercity
Mundo Maravilhoso da Criança, Orla da Atalaia, em Aracaju
Ponte Construtor João Alves sobre o rio Sergipe
Vista aérea do município de Aracaju
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
Ponte Costrutor João Alves sobre o rio Sergipe
Mosaico fotográfico do município de Simão Dias
Mosaico fotográfico do município de Simão Dias.
Do alto, em sentido horário: panorama da Praça Barão de Santa Rosa com vista parcial da cidade; Estátua de Senhora Sant'Ana na Serra do Cruzeiro; Panorama da "rotatória do cavalo"; Estátua do Vaqueiro Simão Dias; Vista superior de parte da Praça Barão de Santa Rosa.
Foto e Legenda: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vista aérea do bairro 13 de Julho, em Aracaju
domingo, 9 de outubro de 2022
Turistando na cidade de Aracaju/SE.
F/1 - Arcos da Orla de Atalaia (Foto: Ana Lícia Menezes).
F/2 - Largo da Gente Sergipana (Foto: Jamisson Souza).
F/3 - Mercado Municipal (Foto: André Moreira).
F/4 - Veleiros (Foto: André Moreira).
Reproduzidas do site: aracaju.se.gov.br
sábado, 8 de outubro de 2022
Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos
Legenda da foto: O Príncipe dos Lambe-Sujos faz evoluções que remetem à batalha que acontece no final do dia e é o ponto alto da festa - (Crédito da foto: Lucio Telles).
Publicação compartilhada do site PUXE UMA CADEIRA, de 19 de novembro de 2018
Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos
Conheça a festa popular que é considerada uma das maiores manifestações culturais do Brasil: a Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos. Ela reconta a luta dos escravos pela liberdade em Laranjeiras, Sergipe.
Todo ano, no segundo domingo de outubro, as ruas de Laranjeiras são tomadas pela Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos. De um lado, temos o cortejo dos homens pintados de preto, com calções e gorros vermelhos. Seu visual lembra o do Saci Pererê das lendas indígenas. Mas são os Lambe-Sujos, uma representação dos escravos africanos que foram trazidos para o município nos séculos 17 e 18, para trabalhar nas lavouras de cana que enriqueciam a região. Atrás deles vão os Caboclinhos, com o corpo tingido de vermelho, enfeites de penas, cocares e flechas. São os representantes dos indígenas que eram contratados pelos donos dos engenhos para recapturar os negros fugitivos. Todo o folguedo dos Lambe-Sujos e Caboclinhos gira em torno da batalha travada para destruir os quilombos -locais onde os escravos se escondiam.
No cortejo dos Lambe-Sujos, os personagens principais são o Rei, o Príncipe, Pai Juá (o Preto Velho que é o guia espiritual dos negros) e Mãe Suzana (cuidadora do bando, que fornece os suprimentos para fortalecê-los). No lado dos Caboclinhos há o Cacique, a Princesa e os índios guerreiros.
A pintura corporal do Lambe-Sujos, de aparência reluzente, é feita com pó de tinta preta e melaço de cana. Diz a tradição que os africanos fugitivos realmente lambuzavam o corpo com mel de cana para, em seguida, grudar folhas que serviriam de camuflagem dentro da mata.
Laranjeiras, que hoje tem cerca de 30 mil habitantes, já foi a mais importante cidade de Sergipe. Sua fundação data de 1590, com um pequeno porto no rio Cotinguiba. Graças à intensa movimentação pelo rio, o porto foi ganhando importância, agregando comércios e casas. Tornou-se um dos principais pontos de trocas de escravos no Brasil. No porto das Laranjeiras desembarcavam, também, variadas mercadorias vindas da Europa para abastecer as ricas famílias brancas. A aristocracia da província vivia com todo luxo que a riqueza da cultura açucareira podia proporcionar. Tanto é que a cidade era chamada de “Atenas sergipana”. Foi nesse contexto histórico que aconteceram os embates reais entre negros, indígenas e brancos, encenados na Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos.
Legenda da foto: Na Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos, Mãe Suzana é a matriarca que alimenta os negros. Por isso, carrega na cabeça utensílios de todo tipo - (Crédito da foto: Lucio Telles).
O roteiro da festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos
Apesar do cortejo ser realizado no domingo, a preparação tem início no sábado, quando grupos saem pelas ruas e mercados com o intuito de arrecadar ingredientes para a realização da feijoada que será servida ao meio-dia, no dia seguinte.
No domingo, ao raiar do sol, a festa se inicia com fogos de artifício. O grupo dos negros inicia o cortejo pela cidade, saindo do Largo da Quaresma. Além dos corpos reluzentes de tinta preta e melado, os Lambe-Sujos exibem foices que simbolizam a luta pela liberdade. Alguns fumam cachimbo, enquanto outros chupam chupeta. São liderados pelo príncipe e pelo rei do Quilombo, ao som de ritmos contagiantes produzidos por ganzás, pandeiros, cuícas, tambores e reco-recos. No meio de tudo isso há ainda a polêmica figura do Feitor. Ele distribui chicotadas de verdade aos foliões que não obedecem as ordens dos mestres do cortejo. Uma lembrança incômoda dos castigos sofridos pelos negros, ainda viva na memória de seus descendentes locais.
Às 9 horas da manhã, Lambe-Sujos e Caboclinhos se dirigem para a Igreja Matriz, onde acontece a bênção dos grupos. À partir daí, a brincadeira envolve a captura da princesa dos Caboclinhos pelos Lambe-Sujos. E no final da tarde, há o tradicional combate pela libertação da rainha, do qual os Caboclinhos saem vitoriosos. “A festa encena o que Laranjeiras vivenciou historicamente”, afirma Evandro Bispo, um dos organizadores do folguedo, ao jornal El País Brasil.
Legenda da foto: Os caboclinhos são considerados anti-heróis da Festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos, pois são pau-mandados dos brancos - (Crédito da foto: Lucio Telles).
Símbolo de resistência e força
Apesar de derrotados, os Lambe-Sujos saem da batalha de cabeça erguida. Tudo na festa é uma celebração da força e da resistência dos africanos. Aliás, dizem que a derrota faz parte do enredo da festa porque quando ela foi criada, pelos negros alforriados, as autoridades da época teriam feito essa exigência. Assim, os escravos que ainda não eram livres, não seriam estimulados à rebeldia.
A festa dos Lambe-Sujos e Caboclinhos é tão rica em informações e referências da cultura colonial brasileira que, além de atrair milhares de visitantes, já inspirou dezenas de livros e estudos acadêmicos. Inspirou também a coleção Marcas de um Povo, criada pelo designer Raphaell Valença, vencedor da primeira edição do Prêmio Oxford de Design, em 2015. Confira a entrevista que fizemos com ele!
Texto e imagens reproduzidos do site: puxeumacadeira.com.br