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sábado, 5 de julho de 2025

José Percílio da Costa, o “encantador de falcões”

José Percílio da Costa, o “encantador de falcões”.
Instituto Parque dos Falcões, situado na Serra de Itabaiana, 
no município Itabaiana a 45 km de Aracaju/SE.
Foto: Divulgação.
Reproduzida do site: turismodenatureza com br

sábado, 9 de março de 2024

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana






Parque dos Falcões, no município de Itabaiana.

Tudo começou quando Percílio ainda era pequeno e ganhou um ovo de carcará. Com a colaboração de uma galinha, que chocou o ovo que ele ganhou, nasceu Tito, hoje, com 31 anos. Apaixonado por animais, Percílio aprendeu tudo sobre as aves com Tito e, por muitos anos, acumulou a experiência necessária para identificar o estado emocional de cada uma delas, entender os olhares e o canto, enfim, a se comunicar com elas. Vinte anos depois, nasceu o Parque dos Falcões...

Texto e imagens reproduzidos do site: existeumlugarnomundo com br

De: Sônia Pedrosa e João Miguel

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana

Parque dos Falcões.

Saindo da capital em direção ao interior do estado, há diversas sugestões de passeios que podem agradar em cheio a meninada. Destaque para o Parque dos Falcões, localizado aos pés da Serra de Itabaiana, no município de mesmo nome, distante 56 quilômetros de Aracaju. É o único centro de criação, multiplicação e preservação de aves de rapina da América Latina. É também o único local com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a criação dessas aves.

Referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação de aves de rapina, o Parque dos Falcões foi construído por meio do trabalho de José Percílio Costa e de Alexandre Correia. Hoje, o santuário ambiental abriga cerca de 500 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, entre outros. Durante o passeio guiado, é possível o contato direto com algumas aves.

Foto: Max Carlos/Setur.

Texto e imagem reproduzidos do site: se gov br

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

O encantador de falcões: de Itabaiana para o mundo









Publicação compartilhada do site ENERGISA JUNTOS

O encantador de falcões: de Itabaiana para o mundo

Parque fundado por apaixonado por aves de rapina é reformado com patrocínio da Energisa

A pessoa é mesmo para o que nasce. No agreste sergipano, o Natal na casa da família Mendonça Costa nunca teria tido nada fora do comum não fossem os pedidos de Percílio ao Papai Noel. Desde pequeno, o caçula de 23 filhos de Dona Maria dizia que queria de presente “coisa viva”. Não lhe interessava uma bola, uma pipa, um peão. Queria bicho. Aos dois anos, ganhou um casal de pombos. Aos quatro, dois patos fizeram sua alegria. Mas foi aos sete que recebeu seu maior tesouro. Trazido por um amigo do colégio, um embrulho feito de folha de bananeira guardava o sonho do menino: um ovo de falcão.

Percílio levou o ovo para casa com o cuidado de quem carrega uma bandeja repleta de taças de cristal. Mostrou a Dona Maria sua joia e, numa cumplicidade entre mãe e filho que perdura até hoje, puseram uma galinha da casa para chocar o filhote. Passaram-se os 21 dias comuns ao nascimento de um pinto, e nada. Os irmãos de Percílio não levaram fé: “não tem nada aí dentro, joga fora”, sugeriram. Mas mãe e filho esperaram. No 28º dia, o ovo eclodiu. Nascia Tito, um carcará amarelo do cocuruto preto, o melhor amigo de Percílio, vivo até hoje.

– Tito me ensinou tudo o que eu sei – conta Percílio. – Ele fazia tudo comigo: dormia na minha cama, passava o dia do meu lado, pra cima e pra baixo. Com ele, aprendi a me comunicar com os falcões, a entender o que eles queriam, a língua que eles falam. Devo tudo ao Tito.

Hoje, aos 46 anos, Percílio é dono do Parque dos Falcões, santuário a céu aberto que abriga mais de 400 aves, entre elas, os primeiros urubus, carcará e coruja brancos do mundo. Localizado ao pé da serra de Itabaiana, a 45 quilômetros de Aracaju, o parque é o único centro de criação, multiplicação e preservação de aves de rapina da América do Sul. Criado por Percílio em 2000, o espaço – único local do país com autorização do Ibama para a criação de aves de rapina – acaba de ser revitalizado com o patrocínio da Energisa, parceira do projeto desde 2013.

Segundo o diretor-presidente da Energisa, Roberto Currais, o parque tem um papel importante na sustentabilidade e preservação da flora e fauna brasileira:

– Nosso compromisso com a sociedade vai muito além de fornecer conforto e segurança por meio da energia elétrica. A Energisa tem o compromisso de apoiar projetos que visam a sustentabilidade e a preservação ambiental em Sergipe. Cada patrocínio, apoio ou doação representa o compromisso da Energisa com o futuro dos sergipanos – afirma Currais.

A companhia de Tito só fez crescer a paixão por falcões que Percílio carregava dentro de si. Aos nove anos, o menino encontrou, junto com a mãe, uma fêmea de falcão, morta a tiros de espingarda, caída perto da casa da família. Apalpando o corpo inerte da ave, os dois perceberam que ela gestava um ovo. Com uma tesoura, Dona Maria cortou a pele do animal e, do ventre da mãe morta, salvou Miúda. A segunda ave de Percílio é a maior reprodutora de que ele já teve notícias, chocando mais de 50 filhotes de falcão.

No final da década de 90, Percílio já criava cerca de 300 aves de rapina, como falcões, gaviões, urubus e corujas. Todas batizadas com nomes. E todas no quintal de dona Maria que, apesar de modesto, era gigante tal qual o coração de uma mulher que criou 23 filhos, entre adotados e biológicos. Era Percílio trazer um animal machucado para a mãe abrir espaço para mais um. Foi quando seu criadouro ficou conhecido na cidade. O homem que cuidava, treinava e amava as aves conquistava outras alturas.

Num boca-a-boca capaz de atravessar o Brasil, Percílio soube que uma pessoa do Rio de Janeiro estava disposta a ajudá-lo a encontrar um espaço maior. Foi quando, em 2000, teve notícias de um terreno de 3500 km² aos pés da montanha de Itabaiana, descrito como seco, imprestável e morto. E, no lugar em que o dono via problema, Percílio enxergou a solução. Comprou o que hoje é o Parque dos Falcões por R$ 4 mil, com as economias de mais de 20 anos de mesada que a mãe lhe dera.

– Eu queria me isolar da humanidade, viver com as minhas aves. Me mudei para lá e com a ajuda dos meus irmãos, do pessoal todo, construímos a minha casa e os viveiros pros bichos – recorda Percílio.

Logo que chegou, cavou a terra com tanto afinco que descobriu um antigo leito de rio, há muito extinto. Percílio tratou de reflorestar o local e, três anos depois, viu o rio renascer.

– Em 2006, no verão mais quente de Itabaiana, durante a seca braba, não tinha água nem no chafariz da cidade. Só no meu rio – orgulha-se.

A partir daí o Parque dos Falcões começou a receber a visita de turistas do mundo inteiro. Em 2013, a Energisa conheceu o projeto e se encantou. Financiou a construção de um auditório de 50 lugares para aulas de adestramento e reflorestamento (antes realizadas dentro da casa de Percílio), além de erguer o pórtico de entrada do parque. Em 2022, o Grupo renovou o patrocínio e deu ao Parque dos Falcões um mirante de observação, placas de sinalização, além de renovar os viveiros das aves, maior desejo de Percílio.

– A Energisa foi a primeira empresa que vestiu a camisa desse projeto. Eu não tenho palavras para agradecer. Reformou os viveiros, construiu o auditório, lanchonete, banheiros, loja de artesanato… Hoje recebo turistas do mundo todo! – comemora Percílio. – Aqui é um lugar de paz. A natureza toda vive em comunhão. Falcão convive com pinto, com pato, ninguém ataca ninguém, porque tá todo mundo bem cuidado, alimentado. Meu maior objetivo é a preservação. Tudo que você dá para a natureza, ela te devolve em dobro. Eu sempre digo: a natureza está precisando de ajuda. Dedique uma hora do seu dia para cuidar dela. Ela te deu a sua vida.

*****

Instituto Parque dos Falcões

BR-235, s/n – Rio das Pedras, Itabaiana (SE)

Horário: às 9h e às 14h. Todas as visitas devem ser previamente agendadas

Informações e agendamento: (79) 99665-4905 / (79) 99962-8396

Texto e imagens reproduzidos do site: energisajuntos.com.br

segunda-feira, 4 de abril de 2022

José Percílio, fundador do Parque dos Falcões



José Percílio, fundador do Parque dos Falcões,  
no município de Itabaiana, agreste sergipano. 
Fotos: Mário Sousa/Supec. 
Reproduzidas do site: se.gov.br 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Parque dos Falcões, localizado no município de Itabaiana

Localizado na Serra de Itabaiana, o Parque dos Falcões foi declarado como Patrimônio Cultural de Sergipe!

O projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Sergipe e sancionado pelo Governador Belivaldo Chagas.

O Parque dos Falcões é referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação das aves de rapina, abrigando aves como falcões, gaviões, carcarás e corujas, sendo um dos poucos locais do país com autorização do Ibama, para a criação dessas aves em cativeiro.

Foto: César de Oliveira.

Legenda: SETUR Sergipe

Reproduzidas da fanpage: Facebook/SETUR Sergipe

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

José Percílio da Costa, o “Encantador de Falcões”

José Percílio da Costa, o “Encantador de Falcões”
Parque dos Falcões, no município Itabaiana
Foto reproduzida do site Parque dos Falcões

sábado, 18 de janeiro de 2020

José Percílio da Costa, no Parque dos Falcões

José Percílio da Costa, o “encantador de falcões”.
Parque dos Falcões, no município Itabaiana.
Foto: Divulgação.
Reproduzida do site: turismodenatureza.com.br

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana. O intuito Parque dos Falcões 
se tornou parada obrigatória para os fascinados em ambiente natural. 
O local apresenta um cenário espetacular com aves de rapina, e ainda 
busca recuperar espécies apreendidas de contrabando ou feridas,
 pois depois de recuperadas essas aves voltam para o seu habitat natural.
Foto: César de Oliveira
Reproduzida do site: se.gov.br

terça-feira, 29 de maio de 2018

O verdadeiro Birdman é sergipano















Publicado originalmente no site Catraca Livre, em 09/03/2015 

O verdadeiro Birdman é sergipano

Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado

O cenário é real. Serra de Itabaiana, Sergipe. Ali, distante 50 quilômetros de Aracaju, aninha-se a casa do verdadeiro Birdman. Ele não é personagem de HQs, nem de seriados de TV. Não levita, não voa e nem tem músculos fortes, aliás é bem magrinho. Nunca ganhou o Oscar, mas merecia levar todos os prêmios. E mais, sabe tudo sobre as aves. Ele é José Percilio Costa.

A cena do nosso primeiro encontro com o birdman, oops, Percilio, é daquelas que fazem a gente pular umas 20 casinhas no jogo da vida.

Descrevo-a tal como a vivenciei: em um plano aberto para o máximo de paisagem, à nossa frente estavam as montanhas. Dependendo da luz que dançava entre elas, ora eram de um dourado tom sépia ora verde azulado. Em nossa direção caminhavam, em meio a uma vegetação rasteira de arbustos retorcidos por ventos secos, uma galinha pardacenta, um urubu e uma seriema. O trio compunha o inusitado séquito de um jovem magro que sorridente vinha nos receber.
Fazendo voos rasantes um imponente carcará sobrevoava sua cabeça. Quando me aproximei para cumprimentá-lo, zuuuuum ... abaixei rápido a cabeça, pois uma coruja surgiu do nada para me bicar.

"Curcur não faça isso", pediu ele com voz fanhosa, e a ave imediatamente se bandeou vigilante para uma estaca.

Não foi preciso esperar pela segunda imagem para perceber que estávamos num lugar incomum. É preciso cuidado para relatar as histórias de Percilio, 36, criador do Parque dos Falcões, onde a irrealidade não dá refresco.

Sua vida baseia-se no amor aos pássaros, no mérito em dedicar-se de corpo e alma ao seu ofício, e de segurar a barra, pois a ajuda dos órgãos oficiais é insuficiente.

A história do nosso birdman começa 30 anos atrás. Ele era um menino franzino, tinha problemas para se expressar, gaguejava, era fanho, e não se interessava pelos estudos. Só por passarinhos. Seu maior sonho era ter um falcão. Aos sete anos ganhou um ovo dessa ave e conseguiu convencer o irmão deixar que a galinha deste chocasse. Após 21 dias todos os pintinhos eclodiram, menos o tal ovo. Percílio implorou para que ficasse por mais alguns dias sob a galinha e após uma semana, no dia de seu aniversário, nascia na palma de sua mão, Tito, um falcão carcará. Nascia ali também uma grande amizade, parceria e união de almas.

"Tudo que aprendi foi com meu professor carcará. Tito (Polyborus plancus) me ensinou que ovos de falcões eclodem com 28 dias, que gafanhoto é ótimo para problemas digestivos, que a gordura do sapo é eficaz contra infecções, que a respiração boca a bico é necessária em casos extremos, que é possível fazer implantes de bicos e ossos, e que se as aves forem adestradas ainda jovens não mais se acasalam, pois seu parceiro passa a ser o treinador. Tito enfim me mostrou todos os segredos da arte da Falcoaria. A maior diferença é que em todas as falcoarias do mundo, sendo as mais famosas as orientais, as aves são condicionadas pela recompensa com alimento, enquanto eu troco a comida por carinho. Assim consigo em quinze dias o que outros treinadores só realizam em seis meses", relata Percilio.

Percilio e o biólogo amador Alexandre Correia cuidam do Parque dos Falcões que hoje abriga mais de 350 aves de diferentes espécies. O parque é local de acolhida de aves machucadas, abrigo e treinamento de aves de rapina para apresentação de voo livre, para defesa pessoal, controle de fauna em aeroportos ou companhia.

Conhecer José Percílio, Alexandre e os falcões Tito, Chorão, Xaraque, Pimpão, a seriema Lambreta, o urubu Romualdo, o socó-boi Nicinho, as corujas Curcur e Lucinha, o anu Virgolino, a galinha chiadeira Bronquite, comprada por pena e que chocou os ovos dos gaviões Dara, Dedé, Pimpão, Coragem, Jurubeba e Azuma, e o insólito Mutante, meio galinha-de-angola, meio pavão, foi como entrar em uma arca de Noé exclusiva de alados.

PARQUE DOS FALCÕES
Onde: Povoado Gandu II, BR-235, km 46, Sergipe
Horário: Todas as visitas devem ser previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h
Tel.: (79) 9962-5457/9885-2522/9131-3496

Texto e imagens reproduzidos do site: catracalivre.com.br

sábado, 16 de dezembro de 2017

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana

 Fundador do Parque dos Falcões, Sr. Percílio.





Publicado originalmente no site 93 Noticias, em 14 de dezembro de 2017.

Parque dos Falcões: maior centro de readaptação de aves da América Latina, fundado por um itabaianense

Por Josie Mendonça

O município de Itabaiana/SE é, sem dúvida, terra onde flora não só o que há de melhor na natureza, mas também onde nascem grandes seres humanos, capazes de alcançar o mundo com seu trabalho e genialidade. O Parque dos Falcões é um exemplo disso e reconhecido mundialmente, não é à toa que já participou da produção de vários filmes internacionais.

Tudo começou há pouco mais de três décadas, quando o menino itabaianense José Percílio Mendonça Costa ganhou seu primeiro falcão aos 7 anos de idade. A partir de então, sua paixão pelas aves só cresceu e foram chegando em sua vida outras e mais outras.

Toda essa paixão e cuidado não poderia ter outro resultado, transformou-se no Parque dos Falcões, hoje o maior centro de readaptação de aves da América Latina. “Meu trabalho começou ainda em Areia Branca, onde eu estava morando, depois retornei para cá no ano 2000, comprei esse terreno por R$ 4 mil, na época era uma lixeira. Minha família me ajudou a construir e fui fazendo aos poucos. Em 2007, fizeram uma reportagem aqui para o Globo Repórter, desde então, e com a ajuda do jornalista Silvio Oliveira, comecei a trabalhar com o turismo”, conta o fundador do Parque dos Falcões, Sr. Percílio.

Demonstração, falcão treinado para ataque de humano.

O Parque recebe aves machucadas do Brasil todo através do IBAMA, algumas chegam sem perna, outras sem asa e Percílio às ensinam a viver com sua deficiência. O menino que cresceu junto com seu falcão, aprendeu com a ave alguns dons da natureza. Percílio é capaz de tirar o trauma de aves deficientes através de seu “toque de energia”, como ele chama a técnica. “Temos falcão treinado para ataque de humano, nenhum ser humano toca nele, mas meu toque de energia deixa ele dócil, muita gente acha que é hipnotismo, essa técnica foi o meu primeiro falcão quem me ensinou. Cada um tem um modo de ser treinado, eu convivo com as aves há mais de 30 anos e ainda estou aprendendo com elas”, diz Percílio.

Ao todo, o Parque preserva atualmente 32 espécies e 400 aves da fauna brasileira. Entre as mais raras, abriga o gavião-caranguejeiro que há uns dois anos atrás não havia nem 80 na natureza mais. Outra raridade é o urubu branco. O primeiro do mundo nasceu no Parque dos Falcões, mas foi furtado e acabou morrendo. Para a ciência, só nasceria outro daqui a uns 200 anos, mas quatro anos depois da morte do primeiro nasceu o segundo urubu branco. “Deus nos mandou outro presente, a Madona. Aqui, todas recebem nome” comenta Percílio.

No Parque, há aves que vivem soltas, outras semi-soltas e presas. São 89 livre, 52 semi-solta (aves que voam e faz trabalho) e as que vivem presa, na sua maioria, são deficientes e novos casais. “Trabalhamos aqui com reprodução. Primeiramente eu tiro o trauma delas através do toque, depois do trauma trabalhamos em cima de reprodução, quando os filhotes nascem eles são selecionados, uma parte a gente devolve à natureza, outras ficam morando livre dentro do Parque e outras são semi-soltas, que são as aves adestradas”, explica.

Uma hora de banho de sol por dia, em seguida banho, relaxamento, voo de exibição e de volta aos seus viveiros, esta é a rotina das aves no Parque. “Tem voo para turista, onde a gente também pode mandar alguém levar a águia para o alto da serra e de lá ela irá trazer uma mensagem e entregar na mão do turista, seja de feliz aniversário, paz, etc; voo para exercício, uma hora para cada e uma vez por semana; e voo até para reportagem”, relata.

Turismo

O Parque trabalha com turismo, ele ainda é muito mais conhecido fora do que no próprio estado, tanto que seu público é mais nacional e internacional do que turistas sergipanos. Quem visita o Parque dos Falcões, primeiro assiste a um vídeo educativo, feito em parceria com o IBAM e a Polícia Ambiental, que mostra o que é o Parque, sua história, como essas aves chegaram e estão aqui; depois do vídeo, o turista vai conhecer todas as espécies de aves, a história e o habitat de cada uma; em seguida, podem bater fotos no mural do Parque com várias delas no punho, no ombro; e assistem ao voo das aves, podendo até pegá-la no punho na aterrissagem.

Quem quiser conhecer o Parque dos Falcões é só agendar, marcar o dia e horário. Pela manhã o horário da visita começa às 9h e a tarde a partir das 14h. O turista normal paga R$25 e estudantes, professores, idosos pagam meia entrada.

É preciso valorizar o que é nosso

No início de novembro de 2017, o Parque sofreu um assalto cruel. Parece ter sido necessário passar por tamanho sufoco, infelizmente, para que as autoridades olhassem mais para o trabalho e a importância que tem o Parque dos Falcões, que não é apenas para Sergipe, mas para o Brasil e todo o mundo. “Depois do ocorrido, a gente viu o quanto todos amam o Parque dos Falcões, recebemos apoio do mundo inteiro, nem a gente esperava por isso”, comenta Percílio.

A prefeitura de Itabaiana se comprometeu a ajudar na alimentação das aves. “A gente gasta muito aqui, são 70kg de carne por semana, 200 frangos, 500 pintos, 150 codornas, três sacos de milho e três de grãos. O dinheiro todo que arrecadamos é para manutenção e os voluntários”, explica.

Mas um dos pontos mais necessário é a segurança. Bem sabemos que a segurança vai mal em toda parte do nosso estado, esperasse que o Governo do Estado ajude ao menos nessa parte. E, aos turistas, a mensagem que fica é que não deixem de conhecer um lugar que só é visto aqui.

Texto e imagens reproduzidos do site: 93noticias.com.br   

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

José Percílio e seu Parque dos Falcões.


José Percílio e seu Parque dos Falcões.

Localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia a partir do ano de 1999, mas a história do Instituto começou ainda na infância do fundador.

 Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. 

Hoje, Tito tem 27 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves.

Texto e imagem reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

sábado, 9 de setembro de 2017

Parque dos Falcões, no município de Itabaiana

Foto: André Moreira/ Equipe JC

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 04/09/2017.

Parque dos Falcões pode ser incluído no roteiro sergipano de turismo

Localizado no município de Itabaiana, espaço é um refúgio para aves de rapina.
 
O Parque dos Falcões, localizado a 45 km de Aracaju, no município de Itabaiana, é um refúgio para aves de rapina. Localizado ao pé da Serra de Itabaiana, o espaço, além de belo, contempla aves exóticas e que estão em extinção, com apresentações desses animais. O local ainda é explorado para o turismo de aventura, com várias trilhas recheadas por lagos e cachoeiras; turismo religioso, com a realização de retiros; e até pelo turismo científico, no qual pessoas fazem passeios no ensejo de encontrar objetos voadores não identificados (Ovin’s).

Segundo o secretário de Estado do Turismo, Fábio Henrique, o governo estuda a maior divulgação do local. “Sem dúvidas, é um excelente passeio a ser incluído em diversos roteiros do estado. O governo tem investido para organizar o estado para o Turismo, e já começamos com ações promocionais, sendo que o Parque dos Falcões também será apresentado nos locais onde divulgamos o destino Sergipe”, explicou o secretário Fábio Henrique, durante a visita técnica ao Parque na última sexta-feira, 1º.

O secretário de Indústria Turismo de Itabaiana, Carlos Eloy Filho, também enfatizou a importância do Parque está inserido no roteiro turístico de Sergipe. “Esse é um projeto maravilhoso e que encanta os visitantes, além de promover renda para a comunidade, com a fomentação do turismo”.

Atualmente, o Parque dos Falcões é uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação de aves de rapina, sendo um dos poucos locais do país, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para a criação dessas aves em cativeiro. “Estamos com 209 aves, sendo 42 espécies de aves de rapina, que são reabilitadas para voltar ao ambiente natural; outras são reprodutoras, já algumas são usadas para o controle biológico, apresentações para turistas e apresentações em geral", detalhou um dos fundadores do Parque, Alexandre Correia.

O sonho de Alexandre e de seu sócio, Percílio Mendonça, extrapolou os limites do Brasil e hoje recebem pesquisadores de vários países, principalmente vindos da Europa. “Somos o maior centro de aves de rapina da América Latina e o primeiro do Mundo a conseguir reproduzir aves com deficiência”, explicou Percílio, o porquê do Parque dos Falcões ser referência para pesquisadores.

O espetáculo

Os gaviões treinados são utilizados por empresas de grande porte para fazer o controle biológico, expulsando aves indesejáveis, como na Petrobrás, para retirada de garças na região das plataformas, e na Infraero, para a expulsão de urubus em aeroportos. Esses animais também são utilizados como figurantes em gravações de filmes, de clipes musicais e na Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém/PE.

Mas o que mais encanta aos visitantes e turistas, sem dúvida, são as apresentações finais, quando o Percílio dá o comando e os gaviões fazem voos rasantes até parar em sua mão. Algumas dessas aves, como uma grande coruja e uma águia, são colocadas no ombro dos visitantes. E para encantar os que chegam, o passeio é finalizado com o toque nos animais – é como uma hipnose em que os animais, normalmente os mais bravos, ficam paralisados e o visitante coloca-os no colo e brincam mexendo no bico das aves.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net