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domingo, 15 de junho de 2025

Curau, canjica, munguzá: você sabe qual é a diferença?

O munguzá é feito com grão de milho branco, cozido em leite de coco

O milho do munguzá costuma ficar de molho de um dia para o outro

Há quem diga que a canjica tenha origem indígena

Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 12 de junho de 2025

Curau, canjica, munguzá: você sabe qual é a diferença?

Há quem diga que a canjica (ou munguzá), prato doce feito com milho para as comemorações juninas, tenha origem indígena; outros apontam uma tradição de influência africana, baseada no “kanzika”, um prato afro-brasileiro feito com milho verde moído, cujo nome vem de uma língua falada em Angola e Congo (o quimbundo).

Já uma outra teoria sugere que, talvez, o prato tenha inspiração na Índia, com “canja” sendo uma adaptação da palavra “kanji” (arroz com água) em malaiala, partindo de um prato que leva especiarias como o cravo indiano e a canela, também usados naquele que se tornou típico das festas juninas brasileiras.

Mas existe uma discussão muito maior do que a origem do nome do prato e suas influências: o nome oficial da iguaria. Canjica, curau ou munguzá? Eles são a mesma coisa? Há quem jure que não: eles são diferentes, e predominam em estados diferentes também.

No Nordeste, canjica pode, inclusive, envolver uma versão salgada do prato que é tipicamente feito com leite de coco (ou de vaca), açúcar, canela em pó e cravo.

Realmente pode existir uma diferença fundamental entre a canjica, o munguzá e o curau. O que eles têm em comum é que são três pratos feitos com milho e tornados cremosos.

No entanto, enquanto a canjica (que, em algumas regiões do Nordeste e do Centro-Oeste, também leva o nome “chá de burro”) costuma ser feita com milho-verde fresco, leite e açúcar, o munguzá é feito com grão de milho branco, cozido em leite de coco.

Quer dizer, canjica e curau têm a mesma base, mas o milho é diferente. O milho-verde faz canjica (ou curau), e o milho debulhado e seco faz o munguzá.

O milho do munguzá costuma ficar de molho de um dia para o outro, enquanto a canjica (ou curau) usa o milho fresco, que pode vir na latinha.

Há uma diferença, também, na forma de tratar o milho: em algumas receitas de canjica ou curau, costuma-se batê-lo no liquidificador, o que faz uma espécie de mingau de milho. Em outros casos, o milho é apenas cozido no leite, o que deixa pedacinhos e um aspecto menos denso. O munguzá costuma ser assim.

Fonte: Revista Fórum (Fotos:  PMA e Wikimedia Commons)

Texto e imagens reproduzidos do site: destaquenoticias com br

segunda-feira, 18 de março de 2024

domingo, 19 de junho de 2022

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Comidas típicas movimentam o comércio em Sergipe





Fotos: Sara Andrade e João Reis

Publicado originalmente n site da AGÊNCIA SERGIPE DE NOTÍCIAS, em 05 de Junho de 2019

Comidas típicas movimentam o comércio em Sergipe

O saldo positivo no plantio e colheita se reflete no comércio não apenas do milho, mas também de seus derivados e de diversos produtos que compõem a culinária junina

No mês de junho Sergipe se enfeita, e nos quatro cantos do estado as famílias preparam a mesa com as iguarias mais saborosas da tradição nordestina. E já tem milho garantido para o ciclo junino. Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, até o São Pedro, serão colhidos 54 hectares de milho no Perímetro Irrigado Piauí, infraestrutura do governo do Estado.

Segundo Gildo Lima, gerente do perímetro, o plantio vem sendo feito desde fevereiro e a colheita já começou, com estimativa de produção superior a um milhão de espigas até o fim do período junino. “No São João do ano passado, chegou muito milho de uma vez só e o milho caiu muito o preço [para R$ 20 o cento]. Este ano, muita gente apostou em plantar antes e muito milho já está sendo colhido”, explicou. Cerca de 38 ha serão destinados exclusivamente à colheita, na semana em que se festejam os dois principais santos do ciclo junino. Deverão ser colhidas 760.000 espigas. Outros 26 há foram plantados com amendoim, e a perspectiva é que a produção chegue perto das 80 toneladas.

E o saldo positivo no plantio e colheita se reflete no comércio não apenas do milho, mas também de seus derivados e de diversos produtos que compõem a culinária junina. Localizado no centro de Aracaju, o Mercado Municipal Antônio Franco reúne comerciantes que trabalham com diversos tipos de produtos, sendo este o período mais movimentado do ano. Os produtores e distribuidores de alimentos estão em crescente progresso.

Há 50 anos, Angélica França trabalha com comidas típicas e, apesar das dificuldades enfrentadas pela disputa do comércio atualmente, a comerciante labuta no mercado central há algum tempo. “Pontualidade, qualidade e atendimento correto, esse é o diferencial que eu busco para sobreviver dentro desse mercado. Os sergipanos e os turistas adoram a culinária típica, muitas vezes eu também recebo encomendas para festas particulares no mês de junho, mas o que favorece mesmo as vendas são os festejos juninos durante todo o mês", afirma Angélica.

Produzido em casa, o licor de genipapo, tamarindo, jaboticaba e maracujá da “Dona Kinha”, distribuído pelo seu marido, José Pereira, faz muito sucesso nas lojas do mercado central. Residentes do município de Areia Branca, o casal produz, por ano, aproximadamente 500 litros de licor. “Nós trabalhamos juntos com a produção de licor há 10 anos. Sem dúvidas, junho é o período de maior retorno financeiro devido às festas”, relata José. O empresário distribui a mercadoria em lojas, bancas e mercados da capital.

Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br