sábado, 28 de julho de 2018

Vista aérea da cidade de Aracaju

Foto reproduzida do site: feriasnordeste.com.br

Povoado Colônia Treze, no município de Lagarto

Povoado Colônia Treze, um dos povoados mais pujantes do município de Lagarto: 
Colônia Treze. Localizado a 15 minutos da sede da cidade, o Treze 
é o povoado mais populoso de Lagarto. São cartões postais da localidade, 
a Igreja Matriz e Praça de Santa Luzia, além da Avenida Antônio Martins de Menezes.
Foto: Pedro Leite - Reproduzida do site: lagartonoticias.com.br

Cidade turística de Pirambu










Fotos reproduzidas do site: existeumlugarnomundo.com.br

Orla de Atalaia, em Aracaju










Fotos reproduzidas do site: existeumlugarnomundo.com.br

Um breve histórico da evolução urbana em Aracaju

Imagem reproduzida do site: liboriogandara.arq.br e postada pelo blog, 
para ilustrar o presente artigo.

Texto publicada originalmente no site do Jornal do Dia, em 22/03/2013

Um breve histórico da evolução urbana em Aracaju

Por Ronaldo Alves *

A Resolução nº 413 de 17 de março de 1855 da Assembleia Provincial elevou à categoria de cidade o Povoado Santo Antônio do Aracaju na Barra da Cotinguiba, que passou a se chamar "Cidade de Aracaju". Diferente do que muitos falam de que Aracaju nasceu na colina do Santo Antônio, a pesquisa de diversos historiadores sergipanos discordam da origem de Aracaju. Aracaju já nasce Capital, e para atender os anseios e as necessidades as quais diretamente influenciaram na transferência da Capital, o então Presidente da Província Inácio Joaquim Barbosa visando o crescimento econômico e social que adviria com a mudança contrata os serviços do Engenheiro Sebastião José Basílio Pirro, que com o seu projeto edificaria a nova Capital na parte baixa do antigo povoado e não na parte alta da então Colina de Santo Antônio.

O Projeto de Pirro ficou conhecido como o "Quadrado de Pirro" e começou onde atualmente encontra-se a Praça Fausto Cardoso, a partir de então aquela área passaria a ser o centro administrativo da Capital e logo se edificaria o Palácio Olímpio Campos para sediar o Governo Provincial e os outros órgãos necessários na administração. O projeto de Pirro inspirado em um tabuleiro de xadrez alavancou o crescimento da nova capital no sentido norte/sul a partir da Praça Fausto Cardoso e aproximadamente onde hoje está localizado o Edifício Estado de Sergipe (conhecido como Maria Feliciana) e leste/oeste a partir da Rua da Frente com seus limites no Morro do Bonfim, atual Rodoviária Velha.

A evolução urbana de Aracaju no século XIX tem início com o projeto de Pirro, dentro desse quadrado as famílias mais ricas oriundas da elite canavieira e principalmente do Vale do Cotinguiba edificavam as primeiras residências no local, que também seriam utilizadas para acompanhar a venda do açúcar no então Porto de Aracaju. Segundo a historiadora Maria Nely Santos em seu livro "Aracaju: Um olhar sobre sua evolução" a então Capital da Província ainda nos anos 70 do século XIX não tinha o aspecto de uma Capital, a cidade apresentava a falta de saneamento, higiene, calçamento, arborização, iluminação, dentre outros serviços necessários tornando-se uma das áreas mais insalubres da Província. Entretanto ao passar dos anos 70 o aterro e o esgotamento dos mangues e alagados que circundavam a crescente Capital contribuíam na manutenção da salubridade pública que naquele momento era indispensável.

Assim a área central passava a ser habitada pelas famílias mais ricas que edificavam suas residências, não apenas na região da Praça da Matriz e do Palácio, mas em outras ruas que passavam a apresentar condições como as ruas Itaporanga, Propriá, Santo Amaro, Capela, Laranjeiras, Santa Luzia, Arauá, Estância e Maruim. Então só restou à população mais pobre o distanciamento dessa região, que com as fiscalizações retiravam as primitivas casas de palhas que tentavam resistir à evolução urbana de Aracaju, e surgia então a formação das áreas periféricas, dentre elas citamos a que mais tarde se chamaria o Curral.

No curso do século XX Aracaju passava a ter ares urbanos. Na cidade em 1908 é implantado o abastecimento de água da Capital, em 1909 os bondes puxados por tração animal, em 1913 a instalação da luz elétrica e em 1916 a implantação da rede de esgoto e da rede telefônica que preconizaram o desenvolvimento urbano da cidade. Entretanto nos anos de 1920, Aracaju viveria o seu maior desenvolvimento no que concerne a urbanização, o qual se destacou o Governo de Graccho Cardoso como impulsionador das grandes mudanças arquitetônicas e urbanas, que foram demandadas pelo pensamento higienista que permeou a época e que influenciaria de certa forma no processo de urbanização.

Em 1918 o governo traz a Aracaju um grupo de arquitetos e escultores italianos que estavam na Bahia com a finalidade de reforma o Palácio do Governo e assim acabaram contribuindo com outras obras na cidade. Isso contribuiu com uma nova visão arquitetônica que passou a ser empregada nas construções e assim remodelaria a cidade, com isso surgem os palacetes que compuseram a paisagem urbana de Aracaju a partir dos anos 20 como os palacetes da Rua Estância, Rua Itabaiana, da Av. Barão de Maruim, da Praça Camerino entre outras ruas que nos dias de hoje exibem poucos exemplares dessa época e que na sua maioria foram demolidos para construção de estacionamentos no centro da capital.

O estilo predominante nesse período foi o Art Nouveau, caracterizado pela riqueza das ornamentações composta por flores, folhagens e animais, como exemplo o casarão que pertenceu a Nicola Mandarino situado na Praça Olímpio Campos entre a Rua Santa Luzia e que hoje pertence à Cúria Metropolitana. Nos anos de 1930 seguindo as tendências arquitetônicas em voga o estilo Art Décor caracterizado pelas formas geométricas e grandiosidade monumental passa a compor a paisagem urbana de Aracaju, como exemplo o edifício do Arquivo Público do Estado de Sergipe situado na Praça Fausto Cardoso e da sede do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe Situado na Rua Itabaianinha ambos no centro da Capital.

Nos anos de 1950 com o crescimento da população advindo com o progresso e a evolução da Capital, o problema da falta de moradia exigia a ampliação e a adequação de políticas voltada para a modernização urbana já que a legislação anterior já não mais atendia aos anseios gerados pelo crescimento populacional. Segundo o historiador Waldefrankly Rolim em seu artigo "Modernidade e Moradia: Aspectos do pensamento sobre habitação popular no processo de modernização das cidades sergipanas (1890-1955)" observa a necessidade de Reformas Urbanas, e também salienta a questão de modernização das cidades em Sergipe, essas reformas ocorreram a partir da preocupação com a habitação popular, quando por pressões sociais e pela própria demanda, o Governo do Estado construiu em 1953 o conjunto habitacional Agamenon Magalhães que surge como uma proposta para evitar a proliferação de favelas na cidade, visto que duas se destacaram nesse período, Ilha das Cobras, nas imediações do bairro Industrial e o Curral, nas imediações da Av. Pedro Calazans.

Outro evento que marcou a evolução e a modernização urbana em Aracaju ocorreu com a derrubada do Morro do Bonfim no Centro da cidade, para construção da atual Rodoviária Velha, esse evento aconteceu em 1955 no governo de Leandro Maciel tornando-se uma das mais importantes intervenções urbanísticas da época. Segundo o arquiteto e urbanista Fernando Antônio Santos Souza em seu artigo "Um olhar sobre Aracaju em busca de um novo paradigma urbano" até o final dos anos de 1950 a população de Aracaju crescia sem alterar a configuração social da cidade, que se instalou no "Quadrado de Pirro" desde a fundação da cidade em 1855, contudo o governo sempre buscou medidas para manter a área central inalterada socialmente, o que gerou a formação de núcleos periféricos levando a intervenção do governo através da construção dos primeiros conjuntos habitacionais, mais tarde em 1960 com a instalação da PETROBRAS o desenvolvimento urbano de Aracaju passou por uma nova configuração em virtude da implantação do terminal e escritórios da empresa e da exigência de mão de obra qualificada, com isso a expansão da cidade ocorria do centro em direção a periferia, o que gerou um processo de fragmentação territorial.

Entre os anos de 1977 e 1989 foram construídos em Aracaju conjuntos habitacionais na periferia em parceria com a COHAB, que foi uma medida para impedir o acesso da população pobre à Capital e afastá-la. Enfim o crescimento urbano de Aracaju sempre esteve associado aos interesses das elites que desde a sua fundação estabeleceram uma relação com o Governo, e que teve origem na colonização do Brasil com a distribuição de sesmarias. Para a geógrafa Vera Lúcia Alves França em seu artigo "O Direito à cidade de Aracaju" o crescimento urbano e a ocupação do espaço construído entre 1968 e 2002 teve a participação da COHAB como agente propulsor de tal desenvolvimento, a exemplo a implantação de grandes conjuntos habitacionais nos anos de 1980 como o Augusto Franco e o Orlando Dantas.

Atualmente Aracaju tem estendido sua área territorial para o sul da cidade na região denominada Zona de

Expansão, contudo é necessário pensar políticas e reformas na gestão urbana democrática para que no futuro possam diminuir a fragmentação e segregação urbana e social decorrente do processo histórico que ocasionou a fundação de Aracaju.

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* Ronaldo Alves é historiador, Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memória e Patrimônio Sergipano - GEMPS/CNPq/UFS. [E-mail: ronaldo_jfas@hotmail.com]

Referências Bibliográficas:

SANTOS, Maria Nely. Aracaju: Um olhar sobre sua evolução. Aracaju: Triunfo, 2008.
SOUZA, Fernando Antônio Santos. Um olhar sobre Aracaju em busca de um novo paradigma urbano. In: FRANÇA, Vera Lúcia Alves; FALCON, Maria Lúcia de Oliveira. Aracaju: 150 anos de vida urbana. Aracaju: PMA/SEPLAN, 2005, p. 41-52.

FRANÇA, Vera Lúcia Alves. O direito à cidade de Aracaju. In: FRANÇA, Vera Lúcia Alves; FALCON, Maria Lúcia de Oliveira. Aracaju: 150 anos de vida urbana. Aracaju: PMA/SEPLAN, 2005, p. 95-108.

SANTOS, Waldefrankly Rolim de Almeida. Modernidade e Moradia: Aspectos do pensamento sobre habitação popular no processo de modernização das cidades sergipanas (1890-1955). Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. n.40. Aracaju: 2010, p. 93-112.

Texto reproduzido do site: jornaldodiase.com.br

quinta-feira, 26 de julho de 2018

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Pça. S. Francisco - 8 Anos de Patrimônio Cultural da Humanidade

 Praça São Francisco em São Cristóvão | Foto: Adilson Andrade


 Fotos: Danielle Pereira


Publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em 24 de julho de 2018

PRAÇA SÃO FRANCISCO: OITO ANOS DE PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Sancristovenses comemoram com programação cultural na cidade...

De Redação

Acervo arquitetônico da passagem de portugueses e espanhóis por Sergipe, a Praça São Francisco, na sede municipal de São Cristóvão, é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade. O título, entregue pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) há oito anos será celebrado no próximo dia 1° de agosto, com programação cultural organizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Prefeitura de São Cristóvão.

A agenda festiva abrangerá missa com bênção na praça São Francisco, reunião do Comitê Gestor da Praça, apresentações culturais, exposição, visita guiada às igrejas e museus locais, etc. Chefe de serviço da Casa do IPHAN em São Cristóvão, Kleckstane Farias e Silva Lucena, explica que o título além de elevar a autoestima do sancristovense é uma vitrine para o mundo, já que coloca o município em destaque no cenário turístico e cultural.

“Esse título nos traz uma responsabilidade e um favoritismo importante. No País, só temos 19 bens reconhecidos como patrimônios mundiais. É uma vitrine para o mundo. Precisamos nos apoderar disso. No momento que entendermos o lugar que estamos ocupando, podemos transformar a vida do sancristovense. então precisamos no conscientizar dessa importância. Esse é um momento de relembrar e chamar a atenção para o fato de termos um patrimônio mundial aqui em nosso estado”, afirmou.

Segundo o enfatizou o prefeito Marcos Santana, o título deve servir para que o sancristovense tenha mais orgulho da cidade. “É importante que a população se sinta inserida no contexto da celebração destes oitos anos. Nossa gestão vem trabalhando para que as pessoas sintam orgulho da cidade onde moram, e tenham cada vez mais consciência do papel histórico de São Cristóvão para o Brasil”, pontuou o prefeito.

CENTRO HISTÓRICO

A cidade de São Cristóvão tem fundação entre o final do século VI e início do século XVII e foi sede da Capitania de Sergipe Del Rey até o ano de 1855, quando houve a transferência da capital para Aracaju. A Praça São Francisco, localizada no centro da sede municipal, é considerada uma das obras mais importantes do mundo e foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 2010. Sua construção ocorreu durante a União Ibérica, momento em que Portugal e Espanha eram regidos por uma única coroa. Nessa praça, está localizada a Igreja e Convento de São Francisco, a Igreja Santa Izabel, a Santa Casa de Misericórdia, o antigo Palácio Provincial e um conjunto de residências dos séc. XVII e XIX.

Texto e imagens reproduzidos do site: expressaosergipana.com.br

Com açúcar e com afeto

Nanã Trio vem conquistando público sergipano
Foto: Igor Azevedo

Com açúcar e com afeto

Por Julia Freitas

Com menos de um ano de estrada, o Nanã Trio já vem conquistando fãs e se destacando no cenário local. Logo na estreia do trio, Rebecca Melo, Lygia Carvalho e Glória Costa apresentaram um repertório formado apenas por músicas de Chico Buarque, algo que as próprias cantoras consideram “audacioso”.

“As músicas de Chico são desafiadoras, têm harmonias complexas. Cantar um repertório assim é audacioso, eu diria. Porém, foi importante demais; foi um acerto. Escolher as músicas foi um processo que levou meses, de conversas e audições, até fecharmos o repertório. Foi difícil abrir mão de outras tantas músicas que não conseguimos inserir nesse primeiro momento”, lembram.

Para dar às músicas do repertório a identidade do trio, o diretor musical Denisson Cleber e a professora de técnica vocal Jeanine de Bona desenvolveram os arranjos para as canções.

“Os arranjos foram pensados especialmente para gente e para esse show. Tentamos imprimir nossa identidade, nosso jeito, numa obra tão significativa, dando uma interpretação nova às músicas, que já têm tantas interpretações consagradas”, acrescentam.

Revelação do Festejos Juninos

Para o período junino, o Nanã Trio preparou mais um repertório especial. Intitulado “Mungunzá”, o show foi apresentado em diferentes palcos, entre eles o Forró Caju e o Arraiá do Povo, levando sempre o mais bom e tradicional forró.

“Era algo que queríamos muito porque traz a carga da vivência, da nossa história, memória afetiva das raízes nordestinas, da reverência à nossa tradição”, comentam.

E os meses de trabalho intenso e de dedicação dedicatórias Rebecca, Lygia e Glória, e dos músicos Pedro Rochadel, Anselmo Júnior, Ismark Nascimento, Sidiclei Santos, Denisson Cleber e Fábio Cavalieri para concretizarem o show foram recompensados. Não só pela receptividade do público, mas também pelo Troféu Sanfona de Ouro recebido pelo trio considerado a revelação dos festejos juninos de 2018.

“Foram uns 7 shows em um mês e algumas participações, incluindo os principais editais, como do Forró Caju e Arraiá do Povo, além do Jota Inácio. Foi muito mais do que sonhamos. O Sanfona de Ouro coroou tudo isso, encerrando da melhor forma o ciclo. Estamos muito felizes”, comemoram.

Recepção

As vocalistas do Nanã Trio se dizem surpresas com a receptividade do público e dos profissionais do ramo, que lhes incentivam a continuar crescendo e criando novos projetos.

“Tem sido uma sucessão de surpresas para nós. Claro que quando a gente faz algo com tanto amor, a gente espera que as pessoas gostem. Mas foi muito feliz a compreensão das pessoas do que a gente vem tentando passar. Nunca foi sobre perfeição. É sobre tocar as pessoas, sobre colocar no palco o que trazemos na alma”, comentam.

Próximos passos

Com o final dos festejos juninos, as meninas do Nanã Trio já planejam um novo repertório e participações em alguns festivais.

“Estamos maturando ainda o repertório e os detalhes da proposta desse novo trabalho, mas já sabemos que guardará coerência com o que já apresentamos até agora”, comentam.

Apesar do sucesso que tem feito, o trio ainda não possui nenhuma gravação oficial. Segundo as vocalistas, apesar do pedido de várias pessoas que já conhecem o trabalho do Nanã Trio, elas ainda esbarram em frente dificuldades operacionais para realizar uma gravação.

“Estamos esboçando um projeto para ver se conseguimos apoio para gravar um primeiro trabalho, mas acreditamos que na hora certa vai acontecer. É um caminho natural”, finalizam.

Texto e imagem reproduzidos do site: cinform.com.br

Cores e história nos muros de Lagarto

Artista Lello Araújo pinta maior grafite do interior sergipano
Foto: Lello Araújo

Cores e história nos muros de Lagarto

Por Julia Freitas

A cidade de Lagarto, no agreste sergipano, ganhou mais uma obra de arte a céu aberto. No mês de julho, o artista plástico local Lello Araújo inaugurou o maior grafite do interior de Sergipe. Nos muros da Escola Municipal Adelina Maria foram representados elementos da cultura e do povo da cidade.

“Esse projeto foi da professora Adriana Santos, que queria dar vida àquela parede mostrando um pouco da cultura da cidade. A obra tem 50 metros por cinco metros de altura. Não tem nenhum registro de um grafite deste tamanho feito por um único artista aqui em Sergipe”, comenta.

Parafusos, a Praça da Matriz, a mandioca (principal cultura da agricultura local), o monumento Cruz das Almas (marco zero de Lagarto) e, até mesmo, veículos de comunicação representados por Zé Padeiro (um dos primeiros comunicadores da cidade).

“Foi uma homenagem a Lagarto, a sua cultura, folclore e povo”, conta.

Processo de criação 

A iniciativa da diretora da escola recebeu o apoio da Secretaria de Educação do município, que doou o material para que Lello Araújo grafitasse todo o muro da escola. Além de Lello, o poeta Assuero Cardoso doou uma de suas poesias e ajudou na definição dos temas que seriam representados.

“Eles me passaram alguns temas para retratar e a obra foi concluída depois de 22 dias de trabalho intenso. O grafite foi envernizado então tem uma garantia de cinco anos, mas pode ficar lá por muito mais tempo. Talvez por dez ou 12 anos já que ali não pega sol”, co(menta Lello.

Texto e imagem reproduzidos do site: cinform.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2018

Capela, sua cultura, sua história, sua gente!

Foto  do município de Capela/SE., reproduzida do capelanoticias.blogspot.com e
 postada pelo blog, para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site Web Artigos, em 17 de Setembro de 2013 

Capela, sua cultura, sua história, sua gente!

Por Luziete Leite* 

[Desfile Cívico 2013 - Tema: Capela, sua cultura, sua história, sua gente!]

                               No mês dedicado à nossa pátria amada – Brasil, o Colégio Estadual Irmã Maria Clemência traz como tema: “Capela – sua cultura, sua história, sua gente” homenageando o pedacinho do Brasil do qual fazemos parte e nos orgulhamos de sermos filhos. Originada de uma capelinha, nossa cidade, outrora conhecida por todos como Rainha dos Tabuleiros, teve sua história construída a partir da religiosidade de um povo laborioso que teve “no ontem” e que voltou a ter “no hoje” sua principal fonte de renda proveniente das usinas açucareiras.

                         Berço de grandes nomes, figuras ilustres nas mais diversas áreas, a exemplo de: Adroaldo Campos, advogado de renome; Francisco Vieira de Andrade, juiz de direito durante 25 anos e dono da primeira usina de açúcar do município – o Proveito; o grande jornalista Zózimo Lima, conhecido nacionalmente; a tão querida Irmã Joana Bosco, que além de gerenciar a catequese e a cruzadinha, pedia aos mais abastados para repassar para os que pouco ou nada tinham; capelense de coração, o saudoso Rosalvo Rodrigues, artista múltiplo – pintor, escultor, poeta...; estes e tantos outros nomes remontam a história de nossa pequenina cidade, parte integrante de nosso grandioso Brasil.

                         As festas populares são um espetáculo à parte, tendo a Festa do Mastro como ponto alto, que se inicia na virada do dia 31 de maio para o dia 01 de junho, com a Sarandaia; na sequência acontece o Baile da Rainha, a missa do Fogueteiro, a Baiana, a busca e a queima do Mastro. Todos estes folguedos acontecem no mês de junho, regados ao som das bandas de pífano, dos tiros de bacamarte e muita gente bonita. Alegria e tradição juntas, fazendo de nosso São Pedro o melhor do Brasil.

                        Povo altaneiro e acolhedor, que faz da fé um porto seguro na labuta diária, buscando força e perseverança em Nossa Senhora a Virgem da Purificação, padroeira de nossa cidade.

                         Já dizia Moacyr Carvalho na primeira estrofe do hino de nosso município: “Da cruz simbólica de Cristo, da mesma forma que o Brasil nasceu, a Capela também floriu, cresceu...” a nossa cidade nasceu de uma cruz, floriu a partir de seus filhos, cresceu, ou melhor, continua a crescer nos sonhos e planos de seus jovens, na beleza e sensibilidade de seus artistas, sejam eles artesãos, músicos, escritores, poetas, desenhistas... Não é possível pensar em civismo, patriotismo, em enaltecer e homenagear o nosso amado Brasil, sem fazer referência a esta que é a terra adorada, o lugar no mundo onde seus filhos querem estar – CAPELA. Essa foi a forma que os que fazem o Colégio Estadual Irmã Maria Clemência encontraram para te dizer: NÓS TE AMAMOS, pequenina estrela a brilhar neste grandioso universo chamado Brasil.

* Professora atuando como Técnica Pedagógica

Texto reproduzidos do site: webartigos.com/artigos

História de Sergipe

Imagem reproduzida do Google e postada pelo blog, para ilustrar o presente artigo

História de Sergipe

Por Tiago Ferreira da Silva

Localizado entre o Rio São Francisco e o Rio Real, o território sergipano foi visitado inicialmente pela guarda-costeira portuguesa de Gaspar de Lemos, em 1501. Mas foram os franceses que travaram contatos pacíficos com os indígenas e começaram a realizar as primeiras atividades de escambo, importando da região pau-brasil, pimenta e algodão.

Com o sistema de Capitanias Hereditárias imposto pelo rei D. João III em 1534, o território de Sergipe passou a fazer parte da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que foi doada a Francisco Pereira Coutinho.

Antes dos portugueses descobrirem a riqueza do local, piratas franceses contrabandeavam a baixo custo os recursos naturais da região, como pau-brasil. Em 1575, os primeiros passos da colonização lusitana foram dados com o envio dos jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, que fundaram as igrejas de São Tomé, São Inácio e de São Paulo, na tentativa de catequizar os índios.

Devido à resistência indígena de sucumbir aos ensinamentos católicos, a realeza enviou soldados que começaram a violentá-los cruelmente, chegando a raptar mulheres e crianças e saquear as aldeias.

As tribos conseguiram expulsar os invasores, mas depois foram massacradas pelos portugueses, que queriam escravizá-los a qualquer custo. Em 1590, o capitão Cristóvão de Barros conquistou a região após um longo período de guerras e fundou o Arraial de São Cristóvão, a qual nomeou de Sergipe Del Rey.

No século XVII, a província se desenvolveu com a criação de gado e a produção de cana-de-açúcar, contratando mão-de-obra escrava da África. Sergipe ainda passava por um impasse territorial com a resistência indígena às imposições da Coroa e o conflito contra os franceses, que só foram definitivamente expulsos em 1601.

Com a Invasão Holandesa, em 1637, Sergipe foi praticamente posto a ruínas. Houve incêndios, destruição de lavouras, roubos e maus tratos com gados, abalando drasticamente a economia da província. Os holandeses queriam atacar a cidade de Salvador e se estabeleceram no território de Sergipe em busca de uma estratégia para a investida.

Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos.

Somente em 1820 o rei D. João VI assinou um decreto que isolou Sergipe da Bahia. O brigadeiro Carlos César Burlamárqui foi nomeado o primeiro governador do estado. Apesar dos conflitos com os baianos continuarem, a independência do Brasil em 1822 deu a condição de estado independente ao Sergipe e, a partir de então, iniciou-se um longo processo de desenvolvimento com a produção e exportação de cana-de-açúcar e criação de gado. Em 1855, a capital sergipana foi transferida para o povoado de Santo Antônio de Aracaju, considerada uma das primeiras cidades planejadas do Brasil com suas ruas direcionadas às margens do Rio Sergipe.

Sergipe também foi palco de diversos movimentos republicanos e abolicionistas. Estas insurgências tomaram força na cidade de Laranjeiras, onde foi enforcado um dos líderes quilombolas João Mulungu no século XIX.

A capital Aracaju se tornou um importante centro do movimento republicano, principalmente com a disseminação das ideias liberais do jornal O Laranjense.

A primeira Constituição sergipana foi promulgada em 1892, tornando-o um dos Estados da Federação Brasileira. O nome Sergipe é de origem tupi, que significa “rio dos siris”.

Localizado na região Nordeste, Sergipe é o menor estado do país e tem uma população estimada de 2,01 milhões de habitantes.

Fontes:
http://www.wagnerlemos.com.br/apostilahistoriadesergipe.pdf
http://sergipeeducacaoecultura.blogspot.com/2007/10/histria-de-sergipe.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe

Texto reproduzido do site: infoescola.com

Grupo Folclórico, se apresentando no município de São Cristóvão

Foto reproduzida do site: viagemeturismo.abril.com.br

Largo da Gente Sergipana desponta com recorde de público



Publicado originalmente no site Serigy News, em 27 de março de 2018

Largo da Gente Sergipana desponta com recorde de público

Redação - Serigy News

Por Agência Sergipe de Notícias

Inaugurado em pleno aniversário de Aracaju, o Largo da Gente Sergipana é o mais novo ponto turístico da capital, que vem conquistando recordes de público. Aracajuanos, sergipanos e visitantes de outros estados passam pelo local todos os dias, registrando em fotos, em vídeos e principalmente na memória a beleza das oito esculturas que flutuam sobre o espelho d’água do Rio Sergipe.

Seja com a família, com os amigos, a dois ou sozinho, o passeio pelo Largo é sempre motivo de admiração e satisfação. Que o diga a estanciana Maria Helena Teixeira, de 59 anos, professora aposentada da Rede Estadual. Acompanhada dos irmãos e dos sobrinhos, Helena fez questão de conhecer o espaço, que até então já despertava a curiosidade pela TV.

“Amei. Eu não conhecia essa cultura toda de Sergipe, estava justamente lendo a descrição de cada estátua. Parabéns para o governo pela iniciativa, é um ponto turístico nota dez. É muito interessante, vou vir sempre. Viemos em família diretamente de Estância, é a primeira vez que estou vendo pessoalmente. Já tinha visto pela tv e tinha vontade de ver ao vivo. Ficou melhor ainda”, afirmou, posando para a foto em frente à imagem do Barco de Fogo, manifestação cultural típica de sua terra.

Para a aposentada Maria do Céu, de 70 anos, o novo ponto turístico já se tornou um lugar mais do que especial. Após um longo tempo utilizando muletas para auxiliar sua mobilidade, Maria escolheu o Largo para ser o cenário de sua primeira caminhada sem os suportes. A ajuda ficou por conta da neta Joana, de 10 anos.

“Estou conhecendo hoje. Achei uma maravilha, porque a cultura sergipana precisa ser divulgada. Ela é muito rica e fica só centrada em Laranjeiras e São Cristóvão. Estando aqui, divulga bastante. Vim com minha neta e meu esposo, e esse é um passeio especial, porque estou caminhando pela primeira vez depois de muito tempo de muletas”, disse.

Visitas

Cláudia Sacramento Bonfim, de 41 anos, é moradora de Nossa Senhora do Socorro. Na volta da praia, visitou o Largo para realizar o desejo de sua filha, Júlia, de seis anos. “Estávamos vindo da praia e paramos para conhecer. Ela queria muito poder ver os bonecos e trouxe o tablet dela para tirar fotos. Achei muito bonito. Gosto demais do Lambe Sujo e Caboclinhos, é a manifestação que eu mais gosto. Também conhecia o Bacamarteiro e agora estou conhecendo outros”, relatou.

O casal Marcos Santana, de 53 anos, e Rosimeire Santana, de 51, também escolheu o Largo para o passeio do fim de semana. “Viemos na inauguração e agora estamos vindo de novo para fazer umas fotos. Acho legal essas manifestações estarem sendo valorizadas. É a nossa cultura, é importante. O próprio sergipano aprende a valorizar o que é seu, e o turista também. Serve para conhecer os valores que temos aqui, difundir e divulgar para que pessoas de outras culturas possam saber que a gente também tem nossa riqueza cultural. Temos que dar valor”, opinou Marcos.

A supervisora de atendimento Jamile Fonseca, de 31 anos, levou a família para conhecer o novo ponto turístico. “Estou vindo pela primeira vez. Estou achando interessante e estou gostando, porque está valorizando a cultura sergipana, mostrando para os sergipanos e para o turista o que é que Sergipe tem. Minha mãe veio da Bahia me visitar e estou aproveitando para mostrar a ela e ao meu filho. Eles estão gostando muito”, contou.

A estudante Ana Paula Pereira, de 25 anos, posou para muitas fotos tendo ao fundo a paisagem do Largo. A companhia da tarde foi a pequena Maria Aparecida, de sete meses. “Estou vindo pela primeira vez, trazendo a pequenininha. Vim com meu marido também. Está tudo bem bonito, bem diferente. A cidade estava precisando para movimentar um pouco e para o pessoal conhecer um pouco mais, já que muita gente não conhece a cultura do próprio estado. É bem interessante, uma iniciativa muito boa. Já tive contato com algumas das manifestações representadas na época da escola e é bom estar vendo todas expostas”, disse.

Comércio

Nem sempre quem visita o novo cartão postal está a passeio. Para quem trabalha como ambulante, o Largo representa um diferencial na fonte de renda. É o caso do pipoqueiro José Boaventura de Albuquerque, de 70 anos. “Sou pipoqueiro há 30 anos. Estou vindo pela terceira vez aqui e o movimento está muito bom. Gostei demais daqui, achei bonito. Vai ser bom para a gente que vende, o dinheiro vai entrando aos pouquinhos. Quanto mais pontos turísticos, melhor para a gente. Tenho ponto fixo, mas quando chega o final de semana é bom ter um lugar desses para a gente vender um pouquinho a mais”, afirmou.

O vendedor de cocos José Mario da Silva Santos, de 55 anos, concorda. “No fim de semana a gente sempre procura um ponto turístico para ganhar um trocado a mais. Estou achando lindo. O movimento está grande, desde o dia da inauguração que não para de vir gente. Está dando para tirar um dinheirinho. Isso aqui foi um negócio muito maravilhoso, estava precisando fazer uma coisa assim para atrair mais turistas”, pontuou.

Largo

O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana, homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito esculturas de autoria do artista plástico Tatti Moreno. Nelas, estão representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso. Completando o elenco, o Barco de Fogo centraliza as instalações do píer.

O projeto é uma realização do governo de Sergipe, do Instituto Banese e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). No total, foram investidos R$ 6.425.530,80, sendo R$ 2,2 milhões oriundos de recursos do Estado e o restante proveniente de verbas de patrocínio do Banese, que possui linhas específicas para investimentos dessa finalidade.

O projeto é inspirado nas esculturas dos Orixás localizadas no Dique do Tororó, em Salvador, na Bahia, que foram concebidas pelo próprio Tatti Moreno. Confeccionadas em fibra de vidro e resina de poliéster, cada escultura tem 7m de altura e foi fruto de um longo trabalho de pesquisa documental e de campo.

Texto e imagens reproduzidos do site: serigynews.com