Largo em frente ao Palácio do Governo e seu famoso
relógio do meio da rua, em Aracaju
Foto reproduzida do site: ciavisual.com.br
Quadro do Palácio - Museu Olímpio Campos.
e Palácio Olímpio
Campos, em Aracaju, antes da construção
do calçadão.
Quadro do Palácio - Museu Olímpio Campos.
Foto do Blog
"Antiguidade Coleções e Artes".
Postagem originária do Grupo no FacebookMTéSERGIPE
Segundo relógio do meio da rua, que ficava em frente da
Praça Fausto Cardoso
O mesmo nunca funcionou corretamente,
daí a população o ter
apelidado de "Tô Doidão".
Foto: álbum Facebook de José Clementino.
Texto publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 01 de agosto de 2020
Saudade do Tô Doidão
Por Adiberto de Souza
*
Os moradores mais idosos de Aracaju ainda se lembram do “Tô
Doidão”, aquele relógio de quatro faces, em cima de um pedestal de ferro, que
havia na Praça Fausto Cardoso, em frente ao hoje Museu Palácio Olímpio Campos.
Antes do “bobo” desajuizado, o logradouro central ganhou uma bela peça
importada, comprada em 1925 pelo então prefeito de Aracaju, Hunald Santaflor
Cardoso, irmão do ex-governador de Sergipe, Graccho Cardoso.
Em um de seus livros, a pesquisadora Ana Maria Fonseca
Medina conta que entre as muitas obras realizadas por Santaflor Cardoso
destacou-se justamente a reforma da Praça Fausto Cardoso. Para embelezá-la, o
prefeito adquiriu no Rio de Janeiro, por intermédio da famosa Relojoaria
Safira, o relógio de fabricação alemã, uma novidade para a época. A peça se
destacava na bem cuidada praça, tendo virado pronto de encontro nos fins de
tarde.
O saudoso pesquisador Luiz Antônio Barreto também escreveu
sobre o relógio da Fausto Cardoso. Segundo ele, anos após a administração de
Hunald Santaflor, a peça alemã foi substituída por uma mais nova, bem mais
bonita, porém jamais funcionou satisfatoriamente. Por isso mesmo foi logo
apelidada de “Tô Doidão”. Na segunda metade do século passado, um carro
desgovernado acertou o relógio em cheio, deixando-o empenado. Algum tempo
depois, a Prefeitura mandou removê-lo para consertá-lo, porém isso jamais
aconteceu e ninguém mais falou no simpático “Tô Doidão”.
* É editor do
Portal Destaquenotícias
Texto reproduzido do site: destaquenoticias.com.br