Praça Fausto Cardoso, no centro da cidade de Aracaju
Aracaju
Banhada pelo oceano atlântico e cortada pelos rios Sergipe,
Poxim e Vaza Barris, Aracaju se tornou a capital do estado em 17 de março de
1855. Seu nome é de origem tupi: ará (arara ou papagaio) + acayú (caju),
significando Cajueiro dos Papagaios.
Foi alçada à sede administrativa de Sergipe pelo presidente
da Província, Inácio Joaquim Barbosa, e foi uma das primeiras cidades
planejadas do Brasil, com traçado de quarteirões quadráticos e simétricos lembrando
um tabuleiro de xadrez, o conhecido quadrado de Pirro, em alusão ao engenheiro
que projetou a cidade, Sebastião José Basílio Pirro.
Possui excelente infraestrutura viária, de saneamento e de
serviços; moderno sistema de transporte, cobrindo toda a cidade por meio de
terminais de integração; e uma rede de atenção primária à saúde com 45 Unidades
Básicas de Saúde, atendendo todos os bairros da cidade; 2 Unidades de Pronto
Atendimento 24h, uma na zona norte (UPA Nestor Piva) e outra na zona sul (UPA Fernando
Franco); 2 Centros de Especialidades, além de unidades de vigilância sanitária
e epidemiológica.
Uma cidade com uma administração atenta às demandas dos seus
cidadãos, limpa, organizada, com povo acolhedor e diversos atrativos culturais,
arquitetônicos e gastronômicos.
Um dos destaques de Aracaju é sua exuberante faixa
litorânea, oferecendo vários cartões postais ao longo dos seus quase 35 km de
orla com uma qualificada rede de hotéis, bares e restaurantes, com sabores e
gostos para todos os tipos de paladar.
Outro cartão postal é a Colina de Santo Antônio, onde nasceu
a cidade. Localizada na zona norte, é uma das partes mais altas de Aracaju e
onde se concentram os complexos de rádio e televisão de redes nacionais como a
Globo e Record e a Igreja do Santo Antônio, o santo casamenteiro que oferece ao
visitante uma vista extraordinária da cidade, do estuário do Rio Sergipe e da
Ilha de Santa Luzia.
Uma cidade mágica, cheia de encantos.
De tirar o fôlego de quem a vê pela primeira vez e um
orgulho para seus moradores.
Assim é Aracaju, a pequena notável, a Capital da Qualidade
de Vida!
História
Origem do Nome
Aracaju significa "cajueiro dos papagaios". A
palavra é composta por dois elementos: "ará" , que significa
´papagaio´, e "acayú" , que significa ´fruto do cajueiro´. Esta
interpretação tem grande vigência, embora existam outras versões.
História de Aracaju - Uma cidade que já nasceu capital
Logo após o descobrimento do Brasil em 1500, algumas áreas
da nova colônia de Portugal encontravam-se em estado de guerra devido ás
divergências culturais entre índios, negros escravos e os invasores de outros
países da Europa. A necessidade de conquistar a faixa territorial que hoje
compreende o Estado de Sergipe, e acabar com as brigas entre índios, franceses
e negros, que não aceitavam o domínio português, era de extrema urgência para o
trono.
O local onde hoje se encontra o município de Aracaju era a
residência oficial do temível e cruel cacique Serigy, que segundo Clodomir
Silva no "Álbum de Sergipe", de 1922, dominava desde as margens do
rio Sergipe até as margens do rio Vaza-Barris. Em 1590, Cristóvão de Barros
atacou as tribos do cacique Serigy e de seu irmão Siriri, matando-os e
derrotando-os. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão Barros fundou a
cidade de São Cristóvão (mais tarde capital da província) junto à foz do Rio
Sergipe e define a Capitania de Sergipe.
Como cidade planejada, Aracaju nasceu em 1855, por
necessidades econômicas. Uma Assembléia elevou o povoado de Santo Antônio do
Aracaju à categoria de Cidade e transferiu para ele a capital da Província. A
transferência deu-se por iniciativa do Presidente da Província Inácio Barbosa e
do Barão do Maruim Provincial. A pequena São Cristóvão não mais oferecia
condições indispensáveis para uma sede administrativa, e a pressão econômica do
Vale da Cotinguiba - maior região produtora de açúcar da província - exigia a
mudança. A região precisava urgentemente de um porto que escoasse melhor seus
produtos.
Somente em 1865 a cidade se firmou. Era o término de uma
década de lutas contra o meio físico, e contra uma série de adversidades
políticas e sociais. A partir desta data ocorre um novo ciclo de
desenvolvimento, que dura até os primeiros e agitados anos após a proclamação
da república. Em 1884 surge a primeira fábrica de tecidos, marcando o inicio do
desenvolvimento industrial.Em junho de 1886, Aracaju já possuía uma população
de 1.484 habitantes, já havia a imprensa oficial, além de algumas linhas de
barco para o interior.
Em 1900 inicia-se a pavimentação com pedras regulares e são
executadas obras de embelezamento e saneamento. As principais capitais do país
sofriam reformas para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Aracaju -
que já nasceu de vanguarda, acompanhava o movimento nacional e em 1908 é
inaugurado o serviço de água encanada, um luxo para a época. Em 1914 é a vez
dos esgotos sanitários e no mesmo ano chega a estrada de ferro.
Um Tabuleiro de Xadrez
Aracaju foi uma das primeiras capitais brasileiras a ser
planejada. O projeto desafiou a capacidade da Engenharia da época, face à sua
localização numa área dominada por pântanos e charcos. O desenho urbano da
cidade foi elaborado por uma comissão de engenheiros, tendo como responsável o
engenheiro Sebastião Basílio Pirro. Alguns estudos a respeito de Aracaju
propagaram a idéia de que o plano da cidade havia sido concebido a partir da
implantação dos modelos de vanguarda na época - Washington, Camberra, Chicago,
Buenos Aires, etc.
O centro do poder político-administrativo, (atual praça Fausto
Cardoso) foi o ponto de partida para o crescimento da cidade. Todas as ruas
foram arrumadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem
no Rio Sergipe.
Até então, as cidades existentes antes do século XVII,
adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma
irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa
irregularidade e Aracaju foi no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal
tendência geométrica.
A descoberta de um novo destino
Aracaju já se encontrava estabilizada nos anos 70. Cidade de
porte médio, sem problemas de segurança nem infra-estrutura, boa densidade
demográfica, belas praias e um povo simpático e de bem com a vida. Alguns
turistas acidentais começavam a aparecer, muitos desembarcavam na cidade por
curiosidade e acabavam ficando - há vários casos de estrangeiros morando em
Aracaju após uma paixão arrebatadora pela cidade. O turismo não era explorado
profissionalmente e somente em 1977 é criada a EMSETUR - Empresa Sergipana de
Turismo. Até o início dos anos 80 pouca coisa havia sido feita em prol do
desenvolvimento do turismo sergipano, mas uma grande guinada estava para
acontecer.
O governo despertou para a grande indústria e as obras de
infra-estrutura turística começaram a ser realizadas. Aracaju recebeu hotéis de
nível e teve sua Orla na praia de Atalaia construída, hoje, o mais importante
cartão-postal da cidade; rodovias foram implantadas para facilitar o acesso ás
praias dos litorais sul e norte; outros equipamentos turísticos foram
instalados e um grande trabalho de catalogação das potencialidades foi feito,
aliado á divulgação nos principais veículos do pais.
Após todo este trabalho, Aracaju vai se consolidando como
destino turístico - cidade caprichosa, vaidosa e acima de tudo, ousada.
Aspectos Geográficos
População
Ocupando uma área de 181,8 Km2, Aracaju conta atualmente com
uma população de 641.523 habitantes segundo dados de 2010 do IBGE, com uma
densidade demográfica de 3.140,67 hab/km2.
Limites
De acordo com a Lei nº 554 de 06 de fevereiro de 1954-Anexo
II publicado em 14.12.1954 D.º, o município de Aracaju, limita-se com os
municípios de São Cristovão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas.
Clima
Precipitação média anual (um): 1.590
Temperatura média anual(C): 26,00
Período Chuvoso: Março a Agosto
Tipo Climático: Megatérmico úmido e Sub- úmido com moderada
deficiência no verão.
Solos
Solos indiscriminados de mangue. Podsol. Areias Quartzosas
marinha. Podzólico vermelho amarelo. Glay pouco úmido.
Vegetação
Campos limpos e sujos e vegetação higrófilas (Campos de
vázeas e manguesais).
Geomorfologia
Planície Flúvio marinha e Planície marinha. Relevo dessecado
do tipo colina. Aprofundamento de drenagem muito fraca e extensão de suas
formas.
Geologia
Coberturas Fonerozóicas
Quaternário: QT1, QT2, QPM, QFL
Terciário: TB
Ocorrências Minerais
Areia, Argila, Petróleo, Sais de Potássio, Magnésio,
Salgema, Calcário, Granito.
Bacias Hidrográficas e Principais Manguezais
Bacia do Rio Sergipe e Vaza Barris
Rio do Sal, Rio Poxim, Rio Pitanga e Canal do Santa Maria
Áreas de Preservação
Mangues e Restinga
A.P.A do Morro do Urubu
Espaços ambientais juridicamente protegidos para uso público
Cultura
As manifestações culturais de Aracaju transitam pela
diversidade de ritmos, sons, cores e fé. Da famosa Caixa D’Água, localizada no
Bairro Getúlio Vargas à Rua São João, a expressividade cultural dos Aracajuanos
é contínua e envolvente. A presença do migrante negro compõe o cenário da
Maloca onde as tradições afro-brasileiras ainda são mantidas pelos
descendentes. Naquele cenário, com uma dinâmica cultural enriquecida de
originalidade, a arte encontrou um porto de produção, onde há registros
populares do folguedo que fora vivido em figuras como Mestre Euclides e Dona
Melina; O Quilombo e Criliber que são mantidos até aos dias de hoje, e tantas
outras expressões que atravessam gerações. Os grupos folclóricos da Capital se
destacam na história do Guerreiro que foi preservado durante anos pelo saudoso
Mestre Euclides, nas festas de candomblé promovido pelos terreiros espalhados
nos bairros, sem contar os emboladores, poetas populares e cantadores que fazem
do Mercado, localizado no Centro da Capital, um cenário para mostrar suas
obras.
A festa da Padroeira de Aracaju, Nossa Senhora da Conceição,
comemorado no dia 08 de Dezembro transforma a Cidade num sincretismo religioso
envolvente, onde a Orla de Atalaia se transforma num solo democrático de fé,
tradição e festa, lembrando que um dos pontos altos do dia, acontece nas
escadarias da Catedral Metropolitana de Aracaju, na realização da famosa
lavagem, onde Oxum é consagrada, de acordo com a tradição africana mantidos por
religiões como o candomblé e a umbanda.
Aracaju é uma terra que, de fato, surpreende com a alegria
que contagia o seu povo. Vale destacar um dos mais belos espetáculos culturais
realizados por sua gente, e que acontece nos meses de Maio e Junho, onde as
quadrilhas juninas levantam a poeira nos ensaios, preparam figurinos e cenários
cada vez mais criativos, e desenvolvem coreografias que já consagraram diversas
delas, entre as campeãs do Nordeste.
E para surpreender ainda mais, tornando o mês de junho como
um dos mais belos do ano no contexto cultural, o Forrocaju se transforma em um
dos principais cenários do Brasil, recebendo as mais destacadas referências do
forró destacando a presença de uma expressiva composição de forrozeiros
sergipanos, reunindo mais de 100.000 pessoas por noite.
Aracaju é, portanto, um solo permanente onde a cultura
popular tem espaço livre e independente para se desenvolver e se fortalecer,
enquanto tradição.
Texto e imagem reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br