História do município de Siriri
Os primeiros habitantes do município de Siriri, a 55
quilômetros da capital, foram indígenas que se mudaram da aldeia de Japaratuba.
Eles se estabeleceram em um lugar chamado Remanso, onde hoje fica a Praça
Jackson de Figueiredo. Os indígenas elegeram Siriri, irmão do cacique Sérgio,
como chefe.
De acordo com a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, a
tribo, levada por seu espírito nômade, logo depois mudou-se. Quando os índios
foram embora, algumas pessoas construíram as primeiras casas. A povoação
recém-criada, que depois originou a cidade de Siriri, chamava-se Pé do Banco.
Os moradores mais antigos da cidade afirmam que esse nome surgiu porque as
mulheres do povoado costumavam lavar roupas no riacho próximo, sentadas em
bancos, e uma delas esqueceu o cachimbo no pé do banco.
Em 1637, na época da invasão dos holandeses, Sergipe já
contava com 400 currais, distribuídos por todo o território. Entre eles estava
o de Camarão, localizado na Vila Pé do Banco, entre os rios Siriri e
Ganhamoroba.
Em 1811, foi criada a vila de Japaratuba, desmembrada da de
Pé do Branco, cujos limites deveriam ser pelo Rio Siriri até Piranhas, engenho
do Padre João Gomes de Melo, e daí seguir pela estrada da Serra Negra até
chegar à estrada real de Maruim, ficando os engenhos da Jurema e Serra Negra
para a freguesia de Pé do Banco. Freguesia desde 1700, Pé do Banco só foi
confirmada nesta categoria pela Lei provincial nº 24, de 6 de março de 1839.
No povoado havia a paróquia Jesus Maria e José, construída
pelo arcebispo D. João Franco de Oliveira. Seu primeiro vigário foi o padre
Manoel Carneiro de Sá, que tomou posse em 18 de fevereiro de 1700. “A paróquia
media dez metros de comprimento e quatro de largura, habitavam dois mil
brancos, dois mil pretos e três mil e quinhentos de diversas misturas, sendo um
total de 7.500 habitantes, que trabalhavam na lavoura da cana”, informa a
Enciclopédia.
Em 26 de março de 1874, o município de Siriri foi criado,
com sede no antigo povoado Jesus Maria e José do Pé do Banco, sendo desmembrado
do território de Divina Pastora. Hoje, a cidade possui nove povoados:
Sabinopolis, Itaperoá, Fazendinha, Mata do Cipó, Castanhal, Vila Nova, Lagoa
Grande, Siririzinho e Piranhas.
De acordo com pesquisas de Ricardina Oliveira Souza,
conhecida como D. Bebé, que escreveu um livro sobre a cidade, chamado de
REMANSO na metade do século XX existiam 14 engenhos de cana-de-açúcar em
Siriri. “Todos eles foram extintos. Como essa era a principal atividade
econômica, o município, que antes era rico, ficou pobre e decadente. Só em
1964, quando o petróleo foi descoberto no subsolo de Siriri, que a situação
melhorou, mas mesmo assim não voltou a ser como antes”. Hoje a principal renda
do município continua vindo do petróleo.
Texto e imagem reproduzidos do site: siriri.se.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário