quinta-feira, 27 de junho de 2019

Aracaju (SE): Arquivo Público de Sergipe disponível

Prédio em estilo rococó foi restaurado e modernizado para 
receber pesquisadores e visitantes

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 27 de junho de 2019 

Aracaju (SE): Arquivo Público de Sergipe disponível


Por Silvio Oliveira (Blog Infonet)


Construído em estilo rococó no final do século XX, mais precisamente entregue à população em 1936, o prédio do Arquivo Público de Sergipe chama atenção por sua beleza clássica e retilínea, no entorno da praça Fausto Cardoso. Vale a pena uma visita não só por resguardar um vasto acervo de documentos públicos do estado, mas por ser a memória documental dos primeiros anos de solidificação da administração sergipana.

O Arquivo Público de Sergipe disponibiliza aos cidadãos e entusiastas das pesquisas de campo um acervo de documentos históricos, coleções de pesquisadores sergipanos totalmente digitalizados, tudo isso resguardado em um prédio construído em 1936, recém-reformado e modernizado pelo Governo de Sergipe em parceria com a Celse – Centrais Elétricas.

Funcionando em horário das 7h às 13h, de segunda a sexta-feira, o arquivo está localizado na Travessa Benjamin Constant, 348 – Centro de Aracaju e pode ser agendada a visita e pesquisa, pessoalmente, ou por meio do telefone (79) 3179-1907.


Considerado uma das mais antigas edificações do estado, o Arquivo Público Estadual de Sergipe Palácio Carvalho Neto (Apes) abriga documentos históricos do Poder Executivo, jornais de época, uma escritura de compra e venda de uma propriedade rural do ano de 1673, a coleção do pesquisador Sebrão Sobrinho digitalizada na íntegra, do jurista Gumercindo Bessa, de documentos do poeta Freire Ribeiro e do pesquisador e historiador Epifânio Dória, entre outros.

Desde que foi entregue à população, seu acervo está aberto ao público para visitação e pesquisa acadêmica, além de uma visita ao terraço que se tem uma bela vista do rio Sergipe e da praça Fausto Cardoso.


Conta a diretora do arquivo e professora Lícia Cristina Souza Santana, que o papel do Apes é promover a organização, preservação e o acesso a documentação arquivista produzida no Estado. “O arquivo é uma parte integrante do processo evolutivo da sociedade, um espaço que detém muita história que precisa ser preservada. Nessa perspectiva, a gente começa a enaltecer e pensar às funções sociais e culturais que espaços como esses podem oferecer a sociedade. Além da pesquisa e o acesso a informações, nosso objetivo é abrir uma agenda cultural para que a comunidade sergipana esteja inserida nesse contexto histórico tão importante para nosso estado”, relata a gestora.


Projetos e visitações

Direcionado aos estudantes da educação básica e o público em geral, o Arquivo Público prepara uma série de projetos culturais e educativos. “Temos em mente vários projetos a serem desenvolvidos, um deles é o ‘Arquivo Vivo’. Dentro desse macro-projeto vamos desenvolver outras atividades como o ‘Café com História’ e o ‘Café com Cultura’, com aulas e palestras, tanto para os alunos da educação básica quanto para acadêmicos do ensino superior”, informa Lícia, destacando que as escolas que mostrarem interesse em participar dessas atividades deverão agendar previamente.



Ainda de acordo com diretora do Apes “pretende-se fomentar também a implantação dos Arquivos Públicos Municipais e o Sistema Estadual de Arquivo Público. São metas bastante audaciosas e que são importantes nesse contexto da documentação pública”

Para celebrar a semana de emancipação política do Estado de Sergipe que acontece entre os dias 8 a 15 de julho, o Apes realizará uma programação especial em parcerias com as escolas da Rede Estadual de Ensino. “Nessa ação os alunos poderão conhecer as instalações do prédio, qual a função do Arquivo Público, a sua importância. Além disso, teremos uma exposição das documentações históricas da emancipação política de Sergipe, entre outras atividades”, informa Lícia Cristina Santana.


Reforma e modernização

As obras do prédio em estilo rococó iniciaram-se em 2 de abril de 2018 e finalizaram em 20 de dezembro. Os trabalhos foram acompanhados, por parte da contratante, pelo engenheiro Fábio Barros Pimentel, e contemplou a implementação de um sistema moderno de combate a incêndio, recuperação de toda a rede elétrica e hidráulica, bem como recuperação das áreas abertas e de terraço, com uma impermeabilização mecânica.

O auditório com capacidade para 96 pessoas foi totalmente recuperado e implantada uma plataforma de elevação para cadeirantes. A acessibilidade foi contemplada com a colocação de um elevador com acessos ao ambiente de pesquisa, bem como a reforma de banheiros para adequação às pessoas com necessidades especiais.

*Com informações do jornalista Leonardo Tomaz, fotos de Eugênio Barreto e Rayane Faria

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

Rua Cláudio Batista, no bairro Santo Antônio, em Aracaju

Foto: Ascom/Emurb
Reproduzida do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 26 de junho de 2019

"São João da Tradição", na Cidade Histórica de São Cristóvão







Festejos juninos na antiga estação ferroviária, da cidade histórica de São Cristóvão
Fotos: Jamisson Souza
Reproduzidas do site: saocristovao.se.gov.br

sábado, 22 de junho de 2019

Praça Santa Clara de Assis, no bairro São Cristóvão, em Itabaiana

Foto reproduzida do site: jlpolitica.com.br

Tapetes de Corpus Christi atrai turistas para São Cristóvão




 Gaspeu Fontes





Brenda da Silva Santos

Mônica Schneider

Fotos: Márcio Garcez.

Publicado originalmente no site São Crsitóvão, em 20/06/2019

Tapetes de Corpus Christi atrai turistas para São Cristóvão

O trabalho começou cedo. Por volta das 5h, as equipes coordenadas pela assessora técnica da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe-Água (Fundact), Monica Schneider já estavam nas ruas iniciando as atividades para a confecção dos tapetes de Corpus Christi. Juntamente, com a equipe organizacional do evento, a população tomou as ruas e ajudou a transformar sal grosso, maravalha, pó de serra, pó de café e outros objetos em arte espalhada pelas ruas da antiga capital.

O prefeito Marcos Santana destacou a importância do evento para o calendário turístico e cultural da cidade. “Esse é um momento muito importante para São Cristóvão. Para além da importância religiosa essa é uma construção coletiva que mantém uma tradição secular ,atrai turistas, gera emprego e renda.

 “Este ano foram realizados aproximadamente dois quilômetros de passadeira, sendo cinco grandes tapetes feitos nas imediações das principais igrejas do Centro Histórico, além de 11 mandalas confeccionadas nas esquinas, ligando os pontos, explicou a assessora técnica da Fundact, Mônica Schneider.

Para Mônica o sucesso do trabalho só é possível graças ao trabalho coletivo e a participação da comunidade. "Para chegar nesse processo final, a gente começa com a coleta e pintura dos materiais e depois é distribuído entre as equipes. A prefeitura oferta todo o apoio logístico, mas no momento da realização dos tapetes, o papel das comunidades é o que faz toda a diferença", enfatizou.

Para criar os tapetes, foram utilizados 650 sacos de 25kg de sal grosso, além de borra de café, pedrarias, tintas corantes a base de agua que não agride o meio ambiente e mais de 700 sacos de serragem. Os tapetes deste ano tiveram temas como a eucaristia, imagens de santo e reproduções de obras de arte e fachadas das igrejas históricas da cidade.

História e Tradição

A tradição do tapete de Corpus Christi nasceu na Bélgica, no século XIII, e depois se espalhou pelo mundo, chegando no Brasil com os colonizadores portugueses. A celebração ocorre cerca de 60 dias depois da Páscoa e reverencia a Eucaristia, um dos sacramentos da Igreja Católica que representa a transmutação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Jesus. A data é sempre comemorada numa quinta-feira em alusão à Quinta-feira Santa, quando a Igreja diz ter tido início a instituição deste sacramento na última ceia de Jesus.

Para o presidente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo João Bebe-Água, Gaspeu Fontes, preservar esse tipo de manifestação popular e religiosa é uma maneira de manter viva a cultura do município e fortalecer práticas coletivas e solidárias. “Ao apoiar as tradições de São Cristóvão, a Prefeitura absorve uma demanda que ultrapassa a religiosidade e permeia as ações da comunidade sancristovense, enriquecendo a vida em sociedade”, frisou. 

Arte

O artista plástico Luiz Mangueira que participa do projeto pelo segundo ano consecutivo, reproduziu em um dos tapetes a obra ‘A criação de Adão’ do artista italiano Michelangelo e falou de onde surgiu a ideia. “Realizei um curso de desenho aqui na cidade e uma das alunas, uma menina de doze anos comentou sobre a beleza da capela cistina. O comentário dela despertou o desejo de reproduzir imagem. Fico feliz que as pessoas tenham gostado do resultado. 

População

A participação da população é essencial para que o trabalho aconteça tanto nos dias que antecedem, quanto na hora da confecção. Para a sancristovense Brenda da Silva Santos, de doze anos, esse foi o primeiro ano na confecção dos tapetes mas não será o último. “As pessoas sempre participaram da realização com muita alegria e isso me despertou o desejo de fazer parte deste momento. Este é meu primeiro ano e estou gostando muito, minha expectativa foi confirmada, próximo ano estarei aqui de novo.

Turistas

A turista paranaense Márcia Lopes que visitou São Cristóvão pela primeira vez, disse ter saído muito feliz com tudo o que viu. “Vou voltar para Curitiba muito encantada com tudo o que vimos aqui na cidade. Além de toda a riqueza arquitetônica ainda tivemos a oportunidade de conhecer a tradição dos tapetes. Foi muito bonito acompanhar a participação popular na confecção.

O morador de Aracaju, Adam Lima, levou a família para conhecer mais sobre a tradição. “Os tapetes são muito bonitos, agora quero conhecer mais sobre a história e o que motiva a população na realização deste trabalho. Espero que as pessoas venham prestigiar cada vez mais essa bonita manifestação”.

Procissão

Após a realização da Missa de Corpus Christi , celebrada na Igreja Nossa Senhora da Vitória, os fiés saíram em procissão, percorrendo as ruas da cidade.

Apoio

De acordo com Vânia Dias Correia Fontes, participante da comissão dos tapetes, além do apoio da Prefeitura de São Cristóvão, o apoio do empresariado e dos moradores faz com que o evento não se esmoreça com o tempo. “É uma iniciativa que só acontece porque contamos com o apoio do empresariado sergipano e, principalmente, com o suor do povo sancristovense que vem para as ruas se dedicar a confeccionar cada figura”, enfatizou.

Este ano, a confecção dos tapetes conta com a participação da Paróquia Nossa Senhora da Vitória na organização, além dos apoios da CNBB, IPHAN, Fundação Aperipê, Governo de Sergipe, Prefeitura de São Cristóvão, Fundact, UFS, PROEX e Sebrae. Além do patrocínio de: Amaru Madeiras, Amazonas Madeiras, Atalaia Madeira, Biblioteca Pub. M. Sen. Lourival Baptista, Casa das Tintas, Câmara Municipal de São Cristóvão, ELIC, Escola Lar da Imaculada Conceição, Esquadria São José, Fabise, Granja Asa Branca, IFS, Intergriff’es,  Loja Maçônica Clodomir Silva, M R Móveis, Madeirão Distribuidora, Madeireira São Francisco, Madeireira São João, Marcenaria Carlos, Marcenaria Nivaldo, Movescolar, Museu Histórico de Sergipe, Museu de Arte Sacra, Saae e Tenda Eucalipto Tratado e Madeiras.

Texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br