Publicação compartilhada do Portal UNIT, de 5 de agosto de 2022
Tintiliano retrata cotidiano de Aracaju em aquarela
Tintiliano é um artista plástico que utiliza técnica de aquarela usando tinta à base de água e tem uma história emocionante com a Unit.
As ruas de uma cidade representam muito sobre a história de cada um de seus habitantes, anônimos ou não. Sergipe possui espaços, costumes e hábitos suficientes para que sejam eternizados. Aracaju já recebeu homenagens em obras de artistas da terra como Chiquinho do Além-Mar, Antônio Rogério e Chiko Queiroga e principalmente dele, do artista plástico Cléber Tintiliano.
O artista Tintiliano representa em sua arte, o cotidiano da cidade focando nos principais pontos arquitetônicos antigos de Aracaju. Mas o percurso foi longo. Tudo começou quando o sergipano teve primeiro contato profissional com Ilma Fontes e Dinho Duarte, que organizaram sua primeira exposição com cerca de sete telas, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Foi nesta ocasião, inclusive, há algumas décadas, onde conheceu o reitor da Universidade Tiradentes (Unit), professor Jouberto Uchôa, que adquiriu dois destes trabalhos.
“Depois da exposição, professor Uchôa foi na minha casa para adquirir mais trabalhos meus, mas como eu ainda pintava devagar – pintura figurativa -, então como eu demorava um mês para pintar, eu não tinha acervo em casa. Quando eu iniciei o curso de Arquitetura e Urbanismo na Unit, precisei recorrer ao coordenador que à época era Ézio Déda, para trancar o curso por falta de dinheiro. Foi quando ele me recomendou levar o professor Uchôa para ver um painel que eu tinha pintado o Parque Teófilo Dantas. Então fomos lá no morro, na casa de minha mãe, para tentar vender e ter o dinheiro de algumas mensalidades. Mas o professor Uchôa me surpreendeu e disse que a Unit iria me dar uma bolsa de estudos, além de comprar o painel em questão”, revelou Tintiliano em entrevista concedida ao programa Nossa Arte da TV Alese, em 31 de maio deste ano.
Foi durante a graduação de Arquitetura e Urbanismo na Unit que o artista conseguiu ampliar seus horizontes. “Foi quando eu tive acesso a livros sobre pintura clássica. Graças à biblioteca da Universidade Tiradentes e seu acervo imenso de pintura, comecei a conhecer profundamente a história da arte, comecei a me engajar nisso, tive acesso a J. Inácio e Álvaro Santos. Comecei a criar acervo, a expor e a partir desse meu primeiro contato com a Assembleia Legislativa e com a Unit, por meio do professor Uchôa, mudou minha vida”, contou.
A partir de então, a Unit passou a ser apoiadora direta da trajetória do pintor sergipano. “Eu nunca dei um quadro à Unit ou ao professor Uchôa. A instituição sempre me apoiou e valorizou meu trabalho artístico. Esse acesso a história da arte, ainda que eu seja autodidata, por meio dos livros na biblioteca da Unit, foi fundamental”, finalizou Tintiliano.
Tintiliano
Sua paixão pelas “ruas de ará” e pela pintura começou cedo. Desde os 5 anos de idade, Cléber Tintiliano já se relacionava com a arte e pintava seus quadros. Sua avó que trabalha com artesanato foi a principal influência quando ainda morava em Propriá. Quando criança Cléber ajudava sua avó na produção, foi então que veio as suas primeiras obras.
Com o falecimento da sua avó, Tintiliano se muda de Propriá para Aracaju, onde fica encantado com o paisagismo e arquitetura da cidade grande. A falta de apoio da sua família não desmotivou que o artista desempenhasse seu talento, porém o artista passou por muitas dificuldades no começo de sua carreira.
Tintiliano utiliza a técnica de aquarela usando tinta à base de água, dando uma sensibilidade maior a sua obra, variando também entre a pintura a óleo, porém o artista revela que não se prende a nenhum estilo e sempre varia em suas obras.
As principais influências do artista vão do impressionismo do pintor espanhol Joaquín Sorolla e também dos artistas sergipanos Florival Santos, Eurico Luiz e Jordão de Oliveira. O retrato artístico de Cléber Tintiliano mostra não só Aracaju, como também lugares marcantes de todo o estado de Sergipe, trazendo memórias afetivas para quem admira sua obra.
Com informações de Solutudo
Texto e imagens reproduzidos do site: portal unit br/blog
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