sexta-feira, 31 de agosto de 2018

EMEF Professor Diomedes, no Bairro 17 de março, em Aracaju

Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Diomedes Santos Silva,
no Bairro 17 de março, em Aracaju
Foto: Secom/PMA
Reproduzida do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Resistência: grupo Imbuaça celebra 41 anos...

Grupo Imbuaça - 41 anos (Foto: Acervo Imbuaça)

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 28 de agosto de 2018

Resistência: grupo Imbuaça celebra 41 anos de genuína cultura popular

Por Victor Siqueira

Há 41 anos, um dos principais grupos de teatro de Sergipe surgia. No dia 28 de agosto de 1977, a equipe que mais tarde viria a se chamar ‘Imbuaça’ surgia em Aracaju, inspirando e entretendo as pessoas em espetáculos adaptados da literatura de cordel. Nos dias de hoje, o grupo compreende sua situação como resistência e luta, mediante dificuldades de todos os níveis para manter viva a cultura popular.

Mesmo depois do início, o que marcou os jovens atores foi uma apresentação do Teatro Livre da Bahia, durante o Festival de Artes de São Cristóvão. A partir dali foi que houve uma determinação das características que marcariam diversas gerações da cultura popular sergipana. “Na época, o pessoal pensou: ‘é isso que a gente quer ser’. Foi essa a inspiração. Queriam fazer um teatro na rua, trabalhando cultura popular, pegando e devolvendo ao povo em forma de teatro. A gente transitou por diversos gêneros, mas procuramos nunca perder a questão popular. Se não estiver no texto, estará na indumentária, no figurino. O que delineia melhor a nossa identidade é isso”, contou Manoel Cerqueira, secretário e membro há 15 anos.

O Imbuaça começou a ser conhecido como ‘Aspektro’, mas houve a percepção de que o nome não ‘casava’ com a proposta. Baseados na morte de um espectador assíduo conhecido como Mané Imbuaça, tocador de pandeiro, os membros decidiram homenageá-lo e rebatizaram o grupo. “A gente sabia que tinha que mudar. O nome não tinha nada a ver”.

Grupo é famoso por apresentações populares de rua em todo o país
Foto: Acerto Imbuaça

O grupo já realizou espetáculos em todos os estados do Brasil e também em outros países nos anos 80, como México, Portugal, Cuba e Equador. O passado glorioso para os artistas, porém, já não existe mais, e hoje o trabalho esbarra em inúmeras dificuldades. “Nosso trabalho é mantido graças às vendas dos nossos espetáculos. O que tem salvado nossa situação são os editais públicos, que são lançados pela Fundação Nacional da Arte (Funarte), vinculado ao Ministério da Cultura e beneficiam grupos. Fora isso, a gente se inscreve em festivais fora do Sergipe e fica tentando. É o que garante nossa sobrevivência. Aqui no Estado tentamos vender o espetáculo para empresas que promovem esses eventos e prefeituras municipais que fazem eventos de caráter cultural. Isso, porém, não nos dá estabilidade. A crise reduziu os editais. Por incrível que pareça, nos apresentamos mais em outros estados do que em Sergipe”, lamentou Cerqueira.

Manoel Cerqueira contou história, dificuldades e expectativas do Imbuaça 
Foto: Portal Infonet

Recentemente, o Imbuaça foi contemplado, por meio de um edital da Funarte, com um novo sistema de iluminação cênica. O material anterior era amador e fruto de doações. Hoje, o grupo é composto por cerca de dez colaboradores, entre atores e técnicos. O único remanescente da formação original é Lindolfo Amaral, que hoje, além de atuar, ministra oficinais anuais de teatro junto com Manoel.

Antes de ocupar a atual sede, onde ficam depositados os materiais, acontecem as oficinas e ocorrem boa parte dos ensaios e apresentações. Até a ocupação do local, funcionou no prédio da rua Muribeca, nº4, no bairro Santo Antônio, uma escola da rede municipal até que foi desativada. A apropriação do então espaço abandonado aconteceu no ano de 1991. “Ainda foi sede da Associação das Margaridas, e aí ficou fechado. Depois, o então prefeito de Aracaju, Wellington Paixão, nos cedeu em regime de comodato. Estamos aqui até hoje. Antigamente, quem nos abrigava era o DCE da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que ficava na rua Campus”, explicou Manoel.

Grupo de teatro completa 41 anos nesta terça-feira, 28 
Foto: Acervo Imbuaça

O que endossa o firme trabalho é o último trabalho realizado, a ‘Peleja de Leandro na Trilha de Cordel’, que canta a história de Leandro Gomes de Barros, considerado por estudiosos o precursor da literatura de cordel. Ainda que precisando lidar com todas as dificuldades para se manter, Manoel não acredita que o Imbuaça perdeu o brilho, mas também espera por dias melhores. “É só entender que é tudo o tempo, o contexto. Todo fato, se você contextualiza, se entende melhor. O Imbuaça teve altos e baixos. Na década de 70, foi um grupo, e depois mudando. Sempre buscamos dialogar com as novidades. No início era todo mundo muito jovem, estudante universitário, não tinham grandes compromissos… era todo mundo abnegado. Éramos novidade, agora estamos só nos renovando. A questão é que nós desejamos que em Sergipe os órgãos que respondem pela cultura criem editais para que os artistas, de forma geral, de todos os segmentos e linguagens possam concorrer de forma limpa e democrática, que criem uma lei de incentivo para nos ajudar e que exista uma política mais séria. Não é que o Estado tenha que ser paternalista com os artistas, mas precisa de editais e que haja políticas culturais sérias”.

Comemoração

Mesmo diante dos problemas, há muito que comemorar. A celebração desta terça-feira, 28, começa com a inauguração da luz cenográfica doada pela Funarte, na sede do Imbuaça, às 20h, com o espetáculo ‘Mar de Fitas, Nau de Ilusões’, de concepção e direção de Iradilson Bispo. Na oportunidade, serão recebidas crianças de uma escolas da rede pública da Barra dos Coqueiros. A entrada é franca.

No dia 31, haverá uma nova apresentação às 17h na Aldeia Sesc, na praça Fausto Cardoso. De 3 a 5 de setembro, às 20h, acontecerão apresentações de exercício cênico dos alunos das oficinas de teatro.

Sede do Imbuaça fica situada na rua Muribeca, nº4, no bairro Santo Antônio
Foto: Portal Infonet

Formações

A formação inicial do grupo, no primeiro espetáculo ‘Teatro Chamado Cordel’ era composta por Antônio Amaral, Cícero Alberto, Francisco Carlos, José Amaral, Lindolfo Amaral, Maria das Dores e Maurelina Santos. Com o passar do tempo, teve também outros grandes nomes como Valdice Teles, Pierre Feitosa, Isabel Santos, Fernando Fernandes, Izete Souza, Rivaldino Santos e Tetê Nahas.

Atualmente, fazem parte Carlos Wilker, Humberto Barreto, Iradilson Bispo, Lidhiane Lima, Lindolfo Amaral, Manoel Cerqueira, Priscila Capricce, Rosi Moura, Rogers Nascimento, Sandy Soares e Talita Calixto.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

terça-feira, 28 de agosto de 2018

O Samba de Pareia da Mussuca


Foto: Reprodução Instituto Banese

Publicado originalmente no site: Portal79, em 04 de julho de 2018

O Samba de Pareia da Mussuca

Por Artur Farias  

Por aqui, toda semana, visibilidade para as tantas identidades que integram o nosso povo.

Este é o Sinal de Cultura. Bem vindo! Bem vinda!

O Samba de Pareia da Mussuca 

O Samba de Pareia, segundo os mais antigos, surgiu nos tempos do Brasil escravagista, entre os negros escravizados que trabalhavam nos canaviais, como uma forma de ocupar o espaço do tempo de descanso que tinham ao longo de sua jornada diária de trabalho. O nome viria do fato de ser dançado em pares.

Na Mussuca, remanescência quilombola localizada no município de Laranjeiras (SE), o Samba de Pareia é dançado por mulheres. Os homens acompanham apenas como tocadores que sustentam o ritmo com dois tambores médio-graves, uma cuíca e um ganzá, este tocado por uma das mulheres. O principal elemento rítmico é o destaque da pisada marcante e harmoniosa dos tamancos das dançadeiras.

Entre as singularidades desta identidade sergipana, destaca-se o fato de estar relacionada ao nascimento. Isso vem dos antepassados, quando o grupo já se apresentava para manifestar a alegria da chegada de mais uma criança no povoado, como uma espécie de boas-vindas no seu décimo quinto dia de vida.

A Mussuca fica a 23Km de Aracaju, capital sergipana e é uma comunidade de remanescentes quilombolas que se empenham em manter vivas as tradições herdadas de seus antepassados e antepassadas, como a Dança de São Gonçalo e o Samba de Pareia. Nela, podemos destacar uma filha ilustre da cultura sergipana: Dona Nadir, uma das responsáveis pelo resgate da tradição cultural do município de Laranjeiras.

Dona Nadir carrega sempre um sorriso no rosto e deve estar aí a disposição que encontrou para há quase 20 anos criar o ‘Reisado da Nadir’. Um grupo que reúne meninas e meninos, para ajudar a manter a força do folclore sergipano entre os mais jovens do povoado Mussuca. Como ela costuma afirmar por onde passa: “na Mussuca todo mundo é família, assim fica mais fácil manter a tradição”.

Texto e imagens reproduzidos do site: portal79.com.br

Município de Areia Branca

 Foto: Mega Drones


Fotos: Divulgação
Reproduzidas do site: cinform.com.br

domingo, 26 de agosto de 2018

“Pisa Maneiro” invade o centro comercial


Publicado originalmente no site do SESC, em 24/08/2018

“Pisa Maneiro” invade o centro comercial

Por Aparecida Onias

O cortejo Pisa Maneiro, Folias e Outras Danças pediu passagem e balançou o comércio central de Aracaju com a participação de 21 grupos folclóricos oriundos de diversos municípios sergipanos. Os ritmos, as danças, figurinos e adereços deram um colorido especial à tarde festiva, promovida pelo Sesc, para homenagear a cultura popular. A sinergia dos grupos contagiou o público que parou para ver a passagem do cortejo e sua evolução entre lojas e prédios comerciais.

O calçadão da Rua João Pessoa, ficou pequeno para tanta animação, fotos e selfs. Todos queriam conhecer e registrar a beleza das meninas do Reisado, os tiros estrondosos dos Bacamarteiros, a Chegança, a Taieira e a saia rodada do Samba de Coco, dentre tantos outros grupos que invadiram o espaço público, destinado às compras, para festejar o folclore nosso de cada dia e mostrar a importância de preservar as manifestações tradicionais da cultura popular e seus territórios.

O cortejo faz parte da Aldeia Sesc de Artes, que tem como objetivo promover a produção artística de Sergipe, através de uma programação gratuita e diversificada, que envolverá teatro, música, circo dança, artes visuais, literatura, cinema e cultura de tradição.

Até o dia 05/09 o Sesc irá promover cerca de 130 apresentações, experimentos, seminários, palestras, intercâmbios, vivências e encontros, onde o diálogo irá pautar a medição institucional no campo das artes e da cultura.

Programação completa da Aldeia Sesc de Artes www.sesc-se.com.br/aldeiasescdeartes. Vale conferir e participar.

Cortejo Folclórico 2018



























Texto e imagens reproduzidos do site: novosite.sesc-se.com.br

Mapa Político do Estado de Sergipe



Cidades do Estado do Sergipe. (em ordem alfabética)

Amparo de São Francisco
Aquidabã
Aracaju
Arauá
Areia Branca
Barra dos Coqueiros
Boquim
Brejo Grande
Campo do Brito
Canhoba
Canindé de São Francisco
Capela
Carira
Carmópolis
Cedro de São João
Cristinápolis
Cumbe
Divina Pastora
Estancia
Feira Nova
Frei Paulo
Gararu
General Maynard
Gracho Cardoso
Ilha das Flores
Indiaroba
Itabaiana
Itabaianinha
Itabi
Itaporanga d'Ajuda
Japaratuba
Japoatã
Lagarto
Laranjeiras
Macambira
Malhada dos Bois
Malhador
Maruim
Moita Bonita
Monte Alegre de Sergipe
Muribeca
Neopolis
Nossa Senhora Aparecida
Nossa Senhora da Gloria
Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora de Lourdes
Nossa Senhora do Socorro
Pacatuba
Pedra Mole
Pedrinhas
Pinhão
Pirambu
Poco Redondo
Poco Verde
Porto da Folha
Propriá
Riachao do Dantas
Riachuelo
Ribeiropolis
Rosário do Catete
Salgado
Santa Luzia do Itanhy
Santa Rosa de Lima
Santana do Sao Francisco
Santo Amaro das Brotas
São Cristóvão
São Domingos
São Francisco
Sao Miguel do Aleixo
Simão Dias
Siriri
Telha
Tobias Barreto
Tomar do Geru
Umbaúba

Relação dos Municípios - Fonte: IBGE/1998

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Cortejo do Aldeia Sesc movimenta Centro Comercial de Aracaju
























Cortejo do Aldeia Sesc movimenta Centro Comercial de Aracaju

Por Fabrício Santiago

Com mais de 20 grupos folclóricos, teatrais, artísticos, culturais e musicais, o Cortejo da Aldeia Sesc de Artes levou muita alegria e animação para o Centro Comercial de Aracaju, numa manifestação que motivou mais de três mil pessoas a participarem do percurso até o Sesc Centro, no Bairro São José, na tarde da sexta-feira (18). Os comerciários e público em geral se animaram com a festa cultural promovida pelo Sistema Fecomércio – Sesc na capital Sergipana.

A passeata da cultura trouxe grupos de reisado, chegança, samba de coco, cacumbi, bacamarteiros, zabumbadores, entre muitas outras expressões artísticas para o centro da cidade, percorrendo o trajeto da praça dos mercados, passando pelas ruas José do Prado Franco, Pacatuba e Dom José Thomaz, além do calçadão da João Pessoa e praças General Valadão e Fausto Cardoso.

De acordo com o turista gaúcho Roberto Baumgartner, o Cortejo da Aldeia Sesc é uma ação fascinante, que leva a manifestação cultural dos municípios para o conhecimento de todo o público, nas ruas.

“Estava passando aqui pelo Centro da cidade, conhecendo um pouco de sua história, quando fui surpreendido com uma grande movimentação e quando percebi, vi uma verdadeira onda de pessoas com muita alegria e passando. Fui conferir e vi algo que nunca tinha presenciado. O Sesc trouxe as manifestações culturais dos rincões do estado, para o público. Fiquei muito feliz em testemunhar e aprender um pouco mais sobre a cultura sergipana com o cortejo”, disse Baumgartner.

O cortejo foi acompanhado pela gerente geral de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, Márcia Rodrigues, que comentou a ação da Aldeia Sesc no Centro de Aracaju, “O Sesc de Sergipe está de parabéns. Nunca tinha visto uma manifestação conjunta tão bem organizada e levando ao centro da capital uma grande quantidade de pessoas para a rua, levando cultura e arte popular para o povo. Estou muito feliz com o que estou vendo em Sergipe”.

O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac de Sergipe, Laércio Oliveira, declarou que o trabalho do sistema é incentivar a cultura, promovendo o seu acesso ao público comerciário e em geral, fortalecendo a valorização do povo sergipano e sua terra.

“O que realizamos é um grande sucesso, a Aldeia Sesc está levando teatro, dança, música, folclore para todos os cantos do estado. Estamos aqui no Centro de Aracaju, mas ao mesmo tempo em mais de 10 cidades com ações de cunho cultural para o povo sergipano. A missão do Sesc é estimular o nosso povo a conhecer nossa cultura, nossas manifestações artísticas, nossa arte, levar o melhor de Sergipe para o povo conhecer. Promover o enriquecimento cultural do sergipano é importante para que valorizemos a nossa identidade”, afirmou Laércio Oliveira.

O cortejo foi acompanhado por comerciários, estudantes de escolas públicas e privadas, amantes da cultura sergipana, universitários, profissionais liberais e pela imprensa, que deu grande cobertura ao evento.

Texto e imagens reproduzidos do site: novosite.sesc-se.com.br