terça-feira, 28 de agosto de 2018

O Samba de Pareia da Mussuca


Foto: Reprodução Instituto Banese

Publicado originalmente no site: Portal79, em 04 de julho de 2018

O Samba de Pareia da Mussuca

Por Artur Farias  

Por aqui, toda semana, visibilidade para as tantas identidades que integram o nosso povo.

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O Samba de Pareia da Mussuca 

O Samba de Pareia, segundo os mais antigos, surgiu nos tempos do Brasil escravagista, entre os negros escravizados que trabalhavam nos canaviais, como uma forma de ocupar o espaço do tempo de descanso que tinham ao longo de sua jornada diária de trabalho. O nome viria do fato de ser dançado em pares.

Na Mussuca, remanescência quilombola localizada no município de Laranjeiras (SE), o Samba de Pareia é dançado por mulheres. Os homens acompanham apenas como tocadores que sustentam o ritmo com dois tambores médio-graves, uma cuíca e um ganzá, este tocado por uma das mulheres. O principal elemento rítmico é o destaque da pisada marcante e harmoniosa dos tamancos das dançadeiras.

Entre as singularidades desta identidade sergipana, destaca-se o fato de estar relacionada ao nascimento. Isso vem dos antepassados, quando o grupo já se apresentava para manifestar a alegria da chegada de mais uma criança no povoado, como uma espécie de boas-vindas no seu décimo quinto dia de vida.

A Mussuca fica a 23Km de Aracaju, capital sergipana e é uma comunidade de remanescentes quilombolas que se empenham em manter vivas as tradições herdadas de seus antepassados e antepassadas, como a Dança de São Gonçalo e o Samba de Pareia. Nela, podemos destacar uma filha ilustre da cultura sergipana: Dona Nadir, uma das responsáveis pelo resgate da tradição cultural do município de Laranjeiras.

Dona Nadir carrega sempre um sorriso no rosto e deve estar aí a disposição que encontrou para há quase 20 anos criar o ‘Reisado da Nadir’. Um grupo que reúne meninas e meninos, para ajudar a manter a força do folclore sergipano entre os mais jovens do povoado Mussuca. Como ela costuma afirmar por onde passa: “na Mussuca todo mundo é família, assim fica mais fácil manter a tradição”.

Texto e imagens reproduzidos do site: portal79.com.br

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