Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 18
de março de 2019
Comida típica é patrimônio imaterial de Aracaju
Amendoim cozido e beiju são algumas das deliciosas iguarias
que fazem parte da cultura da Capital sergipana
Além da arte, é também por meio da culinária que um povo
expressa a cultura. Nesse contexto, deve-se destacar que diversas guloseimas
contam muito da história de Aracaju. Vale destacar que a comida é expressão da
cultura não somente quando produzida, mas, também, quando preparada e
consumida, segundo Massimo Montanari, professor de história medieval e história
da alimentação na Universidade de Bolonha, na Itália. Para ele, as pessoas não
utilizam apenas o que é oferecido pela natureza, mas criam alimentos,
preparam-nas, seguindo técnicas, e não comem qualquer coisa, escolhendo o que
lhes convém conforme critérios também culturais.
E é nesse processo que a culinária vai refletir os costumes
de um povo e também outros aspectos culturais, como as religiões e até mesmo a
política. Em Aracaju, comidas populares como saroio, bolachinha de goma, beiju,
ginebe, malcasado, amendoim verde cozido, queijada, pé de moleque, manauê e
doce de pimenta do reino são reconhecidas como patrimônios culturais
imateriais, de acordo com a Lei nº 3.685, de 13 de março de 2009.
O Programa Nacional do Patrimônio Imaterial que os Estados
brasileiros vêm desenvolvendo entende como patrimônio cultural imaterial as
práticas, representações, expressões, conhecimentos e o saber-fazer de um povo,
associados às comunidades, aos grupos e, quando for o caso, aos indivíduos que
reconheçam como fazendo parte do patrimônio cultural deles.
Ao longo dos 164 anos de Aracaju – lugar onde muitos
cresceram e conviveram –, as pessoas foram, aos poucos, “construindo” algumas
comidas como material cultural, dando forma ao comportamento alimentar do
aracajuano e ligando-o diretamente ao sentido e à identidade social de cada um.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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