Fotos: Arquivo pessoal
Publicado originalmente no site RADAR SERGIPE, em 31 de maio
de 2019
DJALMA, O Cantor
Djalma Silva Oliveira, nasceu no dia 26 de maio de 1942, em
Boquim, Sergipe. Filho de Temistócles Souza Oliveira e Maria da Glória Silva.
Aprendeu as primeiras lições no Colégio Santa Terezinha, em sua terra natal.
Ainda jovem, com 15/16 anos, começou a fazer serenatas,
pelas ruas de Boquim, na companhia de jovens boêmios. No ano de 1962,
interrompeu essa vida boêmia para servir ao Exército, no 28 BC, em Aracaju.
Terminado o serviço obrigatório, retornou para Boquim, onde foi trabalhar na
Prefeitura local, tendo assumido o cargo de Tesoureiro, a convite do então
prefeito Jacomildes Barreto.
Pouco tempo depois, retorna para Aracaju onde começou a
cantar profissionalmente, ao lado do irmão Dernival Oliveira, o Sargento PM
Vavá, músico (saxofonista) da Banda da Polícia Militar. Assim, começou a
aplaudida carreira do cantor sergipano, Djalma.
Juntos, Vavá no sax e Djalma no violão, cantaram nas
principais casas noturnas de Aracaju. Miramar, Chantecler, Xangai, Imperial,
Bambu e nos cabarés de Gilda, Deodato e outros. Ainda nos anos 60, juntamente
com Edildécio Andrade e Gravatinha, funda o Trio Aliança que depois passou a se
chamar Trio Atalaia, cujo grupo musical teve muitas formações e obtendo muito
sucesso, inclusive fora de Sergipe.
Mendonça, Adalvenon, Adenoaldo e Lisboa tiveram marcantes
participações no Trio Atalaia, que sempre manteve Djalma e Edidelson como
titulares constantes. O Trio Atalaia se apresentava, frequentemente, nos
Programas de rádio de Aracaju e fazia shows nos principais espaços culturais
existentes na época. Também se apresentou em Salvador, São Paulo e no Rio de
Janeiro, onde fez temporada no Rio Othon, Sheraton e Intercontinental, famosos
hotéis da cidade maravilhosa.
Numa dessas apresentações, o Trio conheceu Wilson Simonal
que não economizou elogios ao ouvir a singular apresentação da música “A Palo
Seco”, de Belchior.
Djalma lembra que o Trio Atalaia sempre era convidado para
dividir o palco com os artistas famosos que se apresentavam, nos anos 60, em
Aracaju. Altemar Dutra, Vanusa, Renato e Blue Caps, entre outros. Com Roberto
Carlos, o Trio se apresentou no antigo Estádio de Aracaju, quando o Rei
cantava, apenas, com o RC Trio, formado por ele, Roberto (Guitarra), Dedé
(Bateria) e Bruno (Baixo).
Depois do Trio Atalaia, Djalma resolveu começar a sua
carreira solo e, a partir de então, no final dos anos 60 e início da década de
70, foi o cantor da noite mais festejado de Aracaju, cantando nos principais
points da cidade. O Vaqueiro (Tropeiro), Iemanjá, Sorveteria Yara, Iate Clube, Associação
Atlética (Boate Segredo), Vasco, Cotinguiba, Paulistano e Hotel Beira Mar. A
sua presença era certeza de casa cheia.
Djalma também participou, como guitarrista e cantor, do
grupo Nino e Seu Conjunto, que marcou época se apresentando por várias temporadas
na CRASE, Casa do Radioamador de Sergipe e nos principais clubes sociais
sergipanos.
Djalma continua com uma belíssima voz, mas, infelizmente,
tem sido pouco requisitado. Faz hemodiálise três vezes por semana, na Climese
(segunda, quarta e sexta). Mora na rua Aloisio Braga, 516, no bairro Índio
Palentim, em Aracaju.
Esse, vale a pena ouvir de novo!
Texto e imagens reproduzidos do site: radarsergipe.com.br
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