Publicado originalmente no site Visite Dores, em 24 de março de 2016
Cultura dorense
Quando se fala em cultura dorense é difícil não lembrar dos
bordados e bonecas de pano
Por João Paulo Araújo de Carvalho*
Quando se fala em cultura dorense é difícil não lembrar dos
bordados e bonecas de pano, confeccionados pelas artesãs em suas próprias
residências especialmente por aquelas que fazem parte do Grupo da melhor idade
“Renovação”, ou ainda da carne-de-sol ou da traíra.
Foi a partir do “Renovação” que nos últimos anos ressurgiram
antigas manifestações culturais do município, como é o caso do Samba de Coco e
do Reisado. Outros campos da cultura merecem igual destaque, como é o caso da
música, que conta com dorenses como o músico e compositor Edilberto Andrade (In
memoriam) autor do hino à Padroeira, José Cícero Soares (Zé de Neném) autor do
hino do município, Djalmir Alves Santos músico que tem encabeçado bandas de
fanfarras no município e que faz parte de Filarmônicas sergipanas premiadas no
Brasil inteiro, além de bandas como Expressão A4, Colibri, etc.
No campo literário temos os escritores José Lima Santana
(ver mais na sessão Dorenses destaque) - que é ocupante de uma cadeira na
Academia Sergipana de Letras -, Fernando de Figueiredo Porto (In memoriam),
Miguel Messias dos Santos - radicado em Atibaia (SP) e autor da obra poética
Jardim da Esperança -, Manoel Cardoso - professor de língua portuguesa autor de
mais de uma dezena de livros de poesia, romance e ficção e atualmente residente
no estado de São Paulo, dentre outros. Na poesia, destaque-se ainda Manoel
Messias Moura que recentemente lançou o CD Música e Poesia e é ainda artista
plástico.
Quando falamos em artes plásticas, o município tem gerado
grandes talentos como os consagrados nacionalmente e no exterior Adauto Machado
e Hortência Barreto, além de Zezinho (J. Antônio), Jânisson Andrade, Rodson
Machado, Daniel e o escultor Liliu.
No que se refere ao calendário festivo, temos o nosso
carnaval fora de época, a Micarense, realizada no mês de abril, além da Grande
Festa do Boi, conhecida como a maior festa de rodeio do norte-nordeste. No que
se refere às festas religiosas, destaque para as comemorações alusivas à
Padroeira do município, Nossa Senhora das Dores (setembro) e para as procissões
penitencias, algumas centenárias, que ocorrem durante a Quaresma, especialmente
as procissões do “Cruzeiro do Século”, do “Madeiro”, do “Senhor Morto” e dos
“Penitentes”.
* Professor, historiador e coordenador do Projeto Memórias.
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