Feirinha de Natal no Parque Teófilo Dantas, em Aracaju/SE.
Imagem do blog "Aracaju Saudade", do Professor
Eudo Robson.
Reproduzida do blog: aracajusaudade.blogspot.com.br
(Postada pelo blog MTéSERGIPE, para ilustrar o presente artigo)
Texto publicado originalmente no site Alô News, em 24/12/2018
Para passar o Natal
Por Ivan Valença (Coluna Ponto de Vista/Alô News)
... e de repente é Natal.
É como se o ano que vivemos tivesse transcorrido rapidamente, pulando
dias, ou até semanas, do calendário, para se chegar mais rápido à festa natalina.
Pois é, 2018 passou com a rapidez de um raio e já estamos às vésperas do Natal
e do Ano Novo. É a época de dar e ganhar presentes, sob a magia de um certo
Papai Noel que veio lá de outras terras e aportou no coração de todos os seres
humanos. Sob sua inspiração, troca-se presentes e deseja-se boas festas a
todos. Pois, afinal de contas, já é Natal novamente.
O Natal é uma festa nostálgica. Costuma-se dizer que já não
se fazem Natal como antigamente. Pelo menos aqui em Aracaju isto é uma verdade.
Natal pra valer, bom mesmo, foi aquele do passado. Um passado não tão longe
assim, mas dos anos 40, 50, até 60 do século passado. Enquanto no mundo inteiro
o Natal é uma festa para se curtir em casa, junto com a família, naquela época
o Natal de Aracaju era festa para curtir... na rua, na casa de amigos. Ou no
Parque. Qual deles? O Parque Teófilo Dantas. Até hoje não se sabe direito o
nome do parque que abriga a Galeria Álvaro Santos, o célebre Cacique Chá e a
Cascatinha. Muitas dessas coisas já nem existem mais. O Cacique Chá agora é tão
somente o Cacique, abrigando um restaurante mais ou menos de luxo, e ainda não
tão popular assim. A Galeria Álvaro Santos tomou o lugar de um outro prédio
público que abrigava o aquário, ou aquários, da cidade. Era bonito de se ver,
mas como nunca teve conservação, já no final da vida, estava caindo pelas
tabelas. Foi desabrigado e a cidade nunca teve outros aquários.
O Parque era o local preferido da gurizada. Nesta época de
Natal, então, a gurizada nem se incomodava com presentes, queria era mesmo dar
uma volta no Carrossel do Seu Tobias, subir às alturas na roda gigante ou
mostrar que tinha forças para impulsionar os “barcos”, movidos pelos braços
fininhos da garotada raquítica.
No fundo da Catedral havia espaço para os jogos de azar. De
sete da noite até raiar o dia, as barracas de jogo animavam os adultos. Tinha
gente que chegava cheio de dinheiro e saia “durinho” sem nada no bolso. Perdia
tudo na roleta ou no carteado. Era mais tentador do que as prostitutas que
rondavam o parque no horário permitido, isto é, a partir das 10 da noite. Mas
esses jogadores inveterados nem olhavam para aquelas misses de tarde da noite.
Tadinha delas. De repente tudo isso acabou.... Virou passado, virou nostalgia.
Texto reproduzido do site: alonews.com.br
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