Vanessa Junqueira - professora de Ballet e organizadora do evento
Rosane Cunha - secretária da Assistência Social
Kátia Silene Santos e suas duas filhas
Fotos: Danillo França
Publicado originalmente no site da PMA, em 21 de dezembro de 2018
Famílias usuárias da Assistência prestigiam no Teatro
Atheneu o espetáculo Sonho de Charlote
Um sonho na ponta dos pés das quase 150 crianças, o orgulho
no olhar dos profissionais e familiares que acompanharam o desenvolvimento
desse projeto e corações palpitando ao som da música clássica que ecoava no
Teatro Atheneu marcaram mais uma edição do projeto IntegraSER, que nesta edição
foi realizado em formado de espetáculo de ballet. Promovido na noite desta
sexta-feira, 21, o evento que recebeu o nome de ‘Sonho de Charlote’ é fruto de
uma parceria entre a Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju e o
Espaço de Dança Ballare.
O espetáculo levou para um dos palcos mais importantes da
cultura sergipana meninas e meninos que participam das oficinas de Ballet do
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, ofertado pelos Centros de
Referência da Assistência Social (Cras) de Aracaju. Uma oportunidade única não
apenas de torná-los protagonistas de um lindo espetáculo, mas também de
proporcionar uma noite de confraternização e celebração entre as famílias
assistidas e os profissionais responsáveis pelas atividades oferecidas durante
todo o ano nos equipamentos da Assistência Social.
O projeto nasceu a partir da realização das oficinas de
Ballet, que foi uma inovação adotada por essa gestão em sete Cras da capital
sergipana. A idealizadora do Sonho de Charlote, que contou com o apoio da
secretaria, foi a bailarina Vanessa Junqueira, profissional que ministra as
aulas nos equipamentos da Assistência e é proprietária do Espaço de Dança
Ballare. Para ela, a noite foi de encanto e muito aprendizado. “Eu acredito
muito na união como ferramenta de transformação e de promoção da oportunidade.
A partir do ballet clássico percebi que poderíamos dar essa oportunidade a
essas crianças. Foi um momento muito enriquecedor, em que aprendemos muito mais
do ensinamos. É muito gratificante quando olhamos para o olhinho de cada
criança ali brilhando, feliz por estar participando e se realizando esse sonho
que é de cada um, não só de Charlote. Acredito que cada criança aqui
representou a Charlote que tem dentro dela”, ressalta.
A dona de casa Kátia Silene Santos é mãe de duas bailarinas
que se apresentaram na noite de hoje. Segundo ela, essa é uma noite que ficará
marcada em sua memória. “Só tenho a agradecer a todos os envolvidos por
proporcionarem um momento como esse para os nossos filhos e para todos nós. A
cada passo que as minhas filhas davam os meus olhos enchiam de lágrimas. Foi
muito encantador e inesquecível”, conta emocionada.
Imaginem, então, a felicidade de Raquel Virgínia Rosa dos
Anjos, de 15 anos. Moradora do bairro Santa Maria, ela teve a oportunidade não
apenas de visitar, pela primeira vez, um teatro, mas de estar no seu palco.
Para ela, um sonho realizado: “Ensaiei muito para chegar até aqui. Foi um dia
muito especial que pretendo repetir muitas outras vezes. Fiquei um pouco
nervosa porque nunca tinha se apresentado para uma plateia tão grande, mas no
final tudo acabou bem. Com certeza, nunca mais esquecerei da minha primeira vez
no palco do teatro”, disse.
A realização do Sonho de Charlote levou centenas de famílias
aracajuanas que nunca tiveram a chance de conhecerem de perto a magia do
teatro. “Sempre buscamos trabalhar de modo integrado com outras áreas porque
compreendemos que o desenvolvimento social acontece de modo muito mais efetivo
quando valorizamos uma construção coletiva com a educação, a saúde, o esporte e
a cultura. O Sonho de Charlote representa mais uma ação que mostra o poder
transformador que a arte tem possui na vida daqueles que, muitas vezes, se
esquecem de sonhar e precisam ser estimulados a acreditar e buscar dias
melhores. Além de ser um dia de celebração é também um dia de garantia de
direitos aos nossos usuários, principalmente no que diz respeito ao acesso à
cultura, que é direito de todos nós cidadãos. Só temos a agradecer a todos os
nossos parceiros, em especial ao Espaço de Dança Ballare”, destaca a secretária
da Assistência Social, Rosane Cunha.
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