Fotos: Pritty Reis/Secult
Publicado originalmente no site da SECULT, em 2 de maio de 2018
Exposição “Entre Irmãos” homenageia o artista Wellington dos
Santos “Irmão”
Nesta edição, o evento expôs as obras do artista plástico
Everton dos Santos, irmão de Wellington
Com base nas pinturas e esculturas que configuram o retorno
das raízes culturais do artista Éverton, a Secretaria de Estado da Cultura
(Secult) realizou a terceira edição do Corredor Cultural de 2018 na manhã desta
quarta-feira, 02. A mostra “Entre Irmãos” ficará aberta para visitação até o
dia 4 de junho e homenageará o artista que dá nome ao corredor, o músico
Wellington dos Santos, popularmente conhecido como ‘Irmão’.
Estão expostas 35 obras, que segundo o artista, tratam sobre
a condição humana, misturando o expressionismo, surrealismo e realismo. “O tema
da exposição visa mostrar o sofrimento do povo e suas mazelas, mas ao mesmo
tempo, aproveitei para homenagear o meu irmão (Wellington dos Santos) com uma
obra especial para ele chamada “Tributo a Irmão” onde ele aparece fazendo o que
mais gostava de fazer: cantar”, disse Everton.
O secretário de Cultura, João Augusto Gama, salientou que é
motivo de orgulho receber a exposição que congratula o patrono do Corredor
Cultural e seu irmão. “A Secretaria presenteia a sociedade neste mês de maio
com a imagem da família, e em especial, dos irmãos Wellington e Everton dos
Santos, dois importantes artistas da vida cultural de Sergipe. Essa é uma
mostra que além de apresentar mais de 30 obras do artista, ainda está sendo
lançada na data de aniversário de Irmão”, ressaltou.
Homenagens
Além do lançamento da exposição, personalidades de diversos
segmentos artísticos que prestaram longos serviços em prol da arte receberam
menções honrosas. Foram condecorados os cantores Tonho Baixinho, Amorosa,
Irineu Fontes e Mingo Santana, o escritor Marcos Melo, Maria Inês dos Santos
Sobral e Juliana Sobral Santos, esposa e filha de Irmão.
O cantor Tonho Baixinho conviveu com Wellington e Éverton
desde ensino primário e conta que a parceria musical com Irmão se iniciou na
adolescência. “Desde a infância que enxergava neles a arte visual. Eles já
desenhavam nos quadros do antigo educandário Nossa Senhora de Fátima, figuras
como cowboys e índios, e daí iniciaram a preferência pelas artes. Em 69,
reencontrei Irmão e compomos uma música com ênfase na nossa convivência no
Centro de Criatividade e de lá até o dia de seu falecimento construímos um
grande laço de amizade. Uma bela homenagem dessa Secretaria”, salientou.
O escritor Marcos Melo parabenizou a Secult pela realização
do evento e ressaltou a importância dessa homenagem à Irmão para a cultura
sergipana. “Irmão é um personagem marcante da vida cultural sergipana, um
compositor excelente e que sem dúvidas deixará muitas saudades”, pontuou.
Por fim, o público assistiu ao documentário “Caixa D’Água:
Qui-Lombo é Esse?”, que reflete a importância histórica e cultural do bairro
Getúlio Vargas, remanescente de Quilombos. O curta é de Everlane Moraes, filha
de Éverton dos Santos. A apresentação artística ficou por conta dos
companheiros musicais de Irmão – Tonho Baixinho e Mingo Santana, que
apresentaram músicas compostas pelo homenageado.
Sobre o artista
Aracajuano de nascimento, ‘Éverton’ deu os seus primeiros
passos artísticos, na infância. Aos oito anos de idade, quando em meio às
peripécias de criança, desenhava nas calçadas da Rua Riachão com Maruim, nas
redondezas da antiga Caixa D´água (Maloca, Baixa Fria), aonde morava,
juntamente com Pithiu, amigo de infância e atualmente também artista plástico.
Com o passar dos anos ‘Everton’ foi pintando em vários tipos de suportes, tais
como papel, madeira e telas, onde a princípio a arte era encarada como um tipo
de hobby, que resultou numa prévia do verdadeiro espírito artístico assumido.
Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br
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