'Seu Flô' brincando carnaval
“Não existe flor fedorenta, toda flor é cheirosa” dizia com irreverência ‘Seu Flô’
Foto: Acervo Familiar
Ivanete Paiva Pereira ou Nininha, companheira de ‘Seu Flô’ | Foto: Danielle Pereira
“Desde pequena acompanhava meu pai pelas ruas da cidade brincando carnaval”,
diz a filha de ‘Seu Flô’, Ingrid Paiva Pereira | Foto: Danielle Pereira
Tatuagem de ‘Seu Flô’ nas costas de seu filho, Flanklin Paiva Pereira | Foto: Danielle Pereira
“Flô era um cara que dominava o carnaval, será o eterno carnavalesco”,
cravou seu amigo de infância Erivaldo Mangueira | Foto: Danielle Pereira
Publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em 1 de Fevereiro de 2018
CARNAVAL DE SÃO CRISTÓVÃO HOMENAGEARÁ ‘SEU FLÔ’
Florisvaldo Costa Pereira ou Flô, como era conhecido por
todos, foi um apaixonado pelo carnaval.
Conheça a história do 'Eterno Pierrô'
sergipano
De Redação
A prefeitura de São Cristóvão, através da Fundação de
Cultura e Turismo João Bebe Água (Fundact) abrirá os festejos de Momo 2018 na
próxima terça-feira (06), às 9h, na Casa do Folclore Zeca de Norberto com a
exposição ‘Flô: O Eterno Pierrô’, o grande homenageado do “Carnaval dos
Carnavais” deste ano. Florisvaldo Costa Pereira ou Flô, como era conhecido por
todos, foi um apaixonado pelo carnaval. Ao sair de casa, no primeiro dia de
folia, prometia só voltar na quarta-feira de cinzas, e assim o fazia.
Nascido na cidade de Laranjeiras (em 28 de julho de 1940)
veio para São Cristóvão ainda criança com sete anos de idade, na companhia do
pai Antônio, da mãe Alzira e dos irmãos Gevaldo, Eurides, Selmira e Maria das
Dores. Trabalhando desde cedo para ajudar no orçamento de casa, Flô aprendeu
com o amigo Hermes Pereira a arte de marceneiro, tornando-se um grande
talhador. Na década de 70 foi eleito vereador, representando assim
politicamente o povo da cidade que escolheu como sua.
Também conhecido por suas frases de efeito, Flôr adorava se
perfumar e repetia sempre que alguém o questionava pelo excesso de perfume.
Não existe flor fedorenta, toda flor é cheirosa
FAMÍLIA E AMIGOS
Foi com essa irreverência, carisma e elegância de um
mestre-sala, que ele conquistou àquela que seria a sua companheira durante 50
carnavais, Ivanete Paiva Pereira (conhecida por Nininha). Com ela, Flô teve
dois filhos, Flanklin Paiva Pereira e Ingrid Paiva Pereira.
“Desde jovem, ele sempre gostou de curtir o carnaval. Se
hoje estivesse vivo, certamente, além de muito feliz pela homenagem, já teria
ido à Aracaju para comprar o tecido e os adereços para a sua fantasia. Ano
passado, no seu último carnaval, ele acompanhou os blocos sentado na frente de
casa, e quando o último passou, ele me disse que naquele momento poderia morrer
feliz”, confidenciou Ivonete Paiva Pereira.
Para a filha de Flô, acompanhar o pai durante o carnaval foi
um hábito cultivado desde a infância. “Desde pequena acompanhava meu pai pelas
ruas da cidade brincando carnaval. Para ele, a festa era feita de fantasia e
marchinhas. Estou muito feliz e orgulhosa pela homenagem que o prefeito Marcos
Santana está prestando ao nosso pai”, falou Ingrid Paiva Pereira.
Flanklin Paiva Pereira resolveu fazer uma homenagem marcando
a pele com uma tatuagem da imagem do pai. “Fiz quando eles completaram 36 anos
de casados. Tinha visto essa imagem que o professor Gladston Barroso fez e
imediatamente tive a ideia de tatuar, ele merece”, afirmou.
Segundo o amigo de infância Erivaldo Mangueira Santos, Flô
era um carnavalesco que amava a festa e se entregava empenhado em tudo o que
fazia. “Fomos muito amigos, trabalhamos juntos na indústria têxtil, além de
sermos conterrâneos. Flô era um cara que dominava o carnaval, será o eterno
carnavalesco”, pontuou.
CARNAVAL DOS CARNAVAIS
O presidente da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe
Água, Gaspeu Fontes destacou a importância do homenageado. “Ano passado eu e o
prefeito Marcos Santana fomos visitar Flô e ele já estava bem debilitado. O
prefeito, naquele momento, contou que ele seria o homenageado da festa em 2018.
Infelizmente, a homenagem está sendo póstuma, pois o nosso desejo era que ele
pudesse estar vivo, acompanhando tudo o que vem sendo feito em seu
reconhecimento”, pontuou.
“O que me chamou atenção no Flô, além de reconhecer a sua
importância cultural para a cidade, foi a conexão que suas fantasias faziam com
acontecimentos de relevância nacional. Para ele, carnaval era coisa séria, Flô
tinha a preocupação de levantar a reflexão e fazer um debate, através das
fantasias que confeccionava. Essa homenagem é mais que merecida para um
personagem tão importante para o carnaval de São Cristóvão”, destacou o diretor
de turismo da Fundact, Thiago Fragata.
Texto e imagens reproduzidos do site: expressaosergipana.com.br
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