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Municípios de Sergipe como São Cristóvão e Laranjeiras são o berço da cultura popular
e abrigam belíssimos museus que guardam a história de Sergipe e do Brasil Império
Foto: Jadilson Simões/ Equipe JC
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 14/02/2018
Cidades históricas abrigam cultura
Distantes do mar e do ‘Velho Chico’, mas próximos da
capital, Laranjeiras e São Cristóvão são as versões históricas do turismo de
Sergipe.
Distantes do mar e do rio São Francisco, mas próximos da
capital Aracaju, os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão são as versões
históricas do turismo de Sergipe. Se o litoral do menor estado brasileiro não é
tão verde como dos vizinhos nordestinos, essas duas cidades souberam preservar
seu passado histórico em forma de praças, igrejas e museus.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), a cidade de Laranjeiras, distante 20 quilômetros da capital
sergipana, parece querer nos contar uma história a cada ladeira vencida. Toda a
cidade é um poço de história e cultura, que inclusive, já serviu de cenário do
filme ‘Orquestra dos Meninos’ (2008) e de produções televisas como ‘Teresa
Batista’ e ‘Tieta’.
Esse destino foi a cidade sergipana mais importante do
período imperial, onde nasceu a primeira Alfândega de Sergipe, em 1836, e viu a
indústria da cana-de-açúcar ser sua principal fonte de renda. Maior produtor de
açúcar cristal do estado, o que na época lhe garantiu um alto nível de
desenvolvimento econômico, atraindo comerciantes, profissionais liberais e
intelectuais, Laranjeiras chegou a receber, em 1860, uma comitiva europeia que
incluía ninguém menos do que o imperador Dom Pedro II e sua esposa Teresa
Cristina.
No município, um dos prédios que mais se destacam é o belo
Quarteirão dos Trapiches, onde funcionam os cursos de Arqueologia, Arquitetura,
Dança, Teatro e Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). De estilo
barroco, seu interior guarda as ruínas do antigo trapiche do rio Cotinguiba,
onde é possível ver as palmeiras que teriam sido plantadas por Dom Pedro II.
A Praça da Matriz, também é outro ponto turístico da cidade
que precisa ser visitado. O local abriga a imponente Igreja Matriz Sagrado
Coração de Jesus, erguida na segunda metade do século 18 como a primeira a ser
dedicada ao Sagrado Coração de Jesus no Brasil. Conhecida como a Igreja dos
Brancos por sua estrutura suntuosa, a Matriz tem como destaque um órgão alemão
que, dizem, é um dos quatro existentes do Brasil, e é manuseado, atualmente,
por apenas duas pessoas.
Bem perto da igreja estão museus como o Museu de Arte Sacra,
o segundo mais importante de Sergipe, cujo acervo abriga imagens religiosas,
mobiliários e alfaias; e o Afro-Brasileiro, museu que retrata as influências
africanas em Sergipe, com peças da época do cultivo da cana, da escravatura,
utensílios domésticos e referências às manifestações dos negros da época.
São Cristóvão
A cidade fundada em 1590 encanta os visitantes com um rico
conjunto arquitetônico colonial em seu Centro Histórico. Primeira capital do
estado, ganhou em 2010 um título de peso: a Praça São Francisco foi eleita
Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Comece o passeio por ela, endereço do Museu de Arte Sacra,
no mesmo conjunto do Convento e Igreja de São Francisco, com mais de 500 peças
dos séculos 17 a 20, do Museu Histórico de Sergipe, e da Igreja de Santa Isabel
e Congregação Irmãs Missionárias Lar Imaculada Conceição, de 1607, onde são
vendidos os bricelets, tradicionais biscoitos produzidos pelas religiosas.
Em seguida, vá até a Praça da Matriz e visite a Igreja Nossa
Senhora da Vitória (1608). Para fazer o passeio com uma agência, em Aracaju tem
agências que oferecem pacotes. O Museu de Arte Sacra está aberto de terça a
domingo, das 10h às 16h. O Museu Histórico de Sergipe funciona de terça a
domingo, das 10h às 16h. Telefone: (79) 3261-1435.
Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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