Grupo Parafusos de Lagarto
Trecho extraído de artigo publicado originalmente no site do Jornal da Cidade
Lagarto celebra 138 anos
Lagarto é a segunda maior cidade de Estado, e com certeza é
orgulho para todos os sergipanos. Na última sexta-feira, 20, a cidade que mais
cresce em Sergipe completou 138 anos. O município, de acordo com estimativa do
Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui
área de 1.036 quilômetros quadrados e conta com uma população de cerca de 100
mil habitantes...
Cultura
“Quem quiser ver o bonito, saia fora e venha ver, venha ver
o parafuso a torcer e a distorcer”. Durantes anos, homens travestidos de
anáguas, cara pintada de branco, com chapéu e fita vermelha saem às ruas de
Lagarto e do Brasil girando e cantando ao som de um trio pé de serra. Trata-se
da mais original e tradicional manifestação cultural do povo lagartense.
O Grupo Parafusos, assim denominado pelo historiador
Adalberto Fonseca, embora suas origens remontem ao século XIX (atribuída, com
certa dubiedade, ao Padre Saraiva Salomão, sobretudo em que pese este ainda ter
alcançado a assinatura da Lei Áurea), se firmou enquanto manifestação popular a
partir dos anos 1980, quando é convidado a participar do Festival de Folclore
de Olímpia.
Tornando-se uma atração à parte daquele importante festival
da cultura brasileira, que ocorre até hoje em São Paulo, o Grupo Parafusos
alcançou uma expressão nunca antes vista, com destaque tanto a nível regional
como nacional.
A origem
Alguns historiadores defendem a tese de que Lagarto nasceu
no Povoado Santo Antônio, distante 6 quilômetros da atual sede do município,
onde ainda existe o marco inicial erguido próximo à capela que leva o nome do
povoado. A divisão de terras, que aconteceu no período da colonização, fez com
que cooperativas fossem montadas, a exemplo da instituição erguida na Colônia
13, fundada em 1960, e que permitiu a produção por colonos em todas as
direções.
Segundo o saudoso historiador Luiz Antônio Barreto, o lugar
foi tão bem dividido que, em 1757, quando os vigários fizeram relatos e deram
notícias das freguesias de Sergipe, a de Lagarto chamava a atenção, pois as
povoações estavam muito próximas uma das outras, coisa de légua e meia ou em
meia légua de distância, o que explica a existência de mais de uma centena de
povoados. Como reserva de riquezas naturais, possui argila, calcário e pedras
para a fabricação de brita e paralelepípedo.
Lagarto também foi sede de um dos três distritos militares
de Sergipe em 1658. A elevação de freguesia à categoria de vila aconteceu em
1698, dois anos depois da criação da Ouvidoria Autônoma de Sergipe. Passou à
categoria de cidade em 20 de abril de 1880, data oficial da emancipação
política. As terras também deram origem a outros municípios, a exemplo de
Riachão do Dantas e Simão Dias.
O primeiro governante municipal foi monsenhor João Baptista
de Carvalho Daltro, que exerceu o mandato de 1890 a 1893. O atual prefeito é
José Valmir Monteiro, eleito em 2016. Valmir da Madeireira, como é conhecido,
já havia comandado Lagarto entre os anos de 2009 e 2012.
Trecho de artigo e imagem reproduzidos do site: prozeus.com.br
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