quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Rosário do Catete, prédios que perpetuam o ciclo açucareiro

Praça da Matriz, que confere um charme especial ao entorno da 
Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construção secular.
Foto: André Moreira.

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 8 de outubro de 2012.

Rosário do Catete, prédios que perpetuam o ciclo açucareiro

Num breve passeio pela sede do município, podemos observar alguns exemplares de edificações históricas que remanescem do século XIX açucareiro, que apresentam estilo eclético.
 
Na intenção de descobrir o interior de nosso Estado, chegamos a Rosário do Catete. Inicialmente fomos atraídos pelo belo prédio da estação de trem da cidade que fora inaugurado em 1914, e hoje está fechado, à espera de uma destinação de uso. Essa não é uma realidade exclusiva dessa cidade e em comparação com outras estações, a exemplo de Laranjeiras, o prédio rosarense está novo. Mas ao chegarmos em Rosário, percebemos que a cidade pode ter muito a oferecer aos visitantes mais atentos.

Num breve passeio pela sede do município, podemos observar alguns exemplares de edificações históricas que remanescem do século XIX açucareiro, que apresentam estilo eclético. São sobrados situados à Praça da Matriz, que conferem um charme especial ao entorno da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construção secular que sofreu fortes intervenções em sua fachada, mas ainda assim se constitui num importante monumento para a cidade.

Dois sobrados se destacam. Num deles, restaurado recentemente, está sediada a prefeitura municipal. O prédio está aberto à visitação do público e além da arquitetura possui um mobiliário adquirido especialmente para ilustrar de maneira mais realista a história daquela que foi a casa de Leandro Maciel. Ao lado, construção semelhante sucumbe ao tempo, em pleno processo de arruinamento, o que é uma pena, pois se trata de um prédio de igual beleza.  A sede do município ainda abriga residências civis que sofreram poucas intervenções na fachada, e outras edificações, como a casa que fora de Augusto Maynard e hoje abriga a Casa das Irmãs de Caridade de São Vicente de Paula, que conferem um charme especial às principais vias da cidade.

Partindo para a zona rural, às margens da BR, estão situados dois exemplares do quanto fora pujante o período açucareiro na região do Vale do Cotinguiba e em Rosário. O antigo Engenho Pati, atual fazenda, que se encontra em perfeito estado de conservação, graças à sensibilidade de seus atuais proprietários. Mais adiante pela BR, vemos a alta chaminé do Santa Bárbara, antigo engenho que infelizmente está à espera de que a ação do tempo conclua seu trabalho. A casa grande do Santa Bárbara de Cima, onde nasceu o Barão de Maruim, fora demolida e outra construída em seu lugar. O grandioso sobrado do Santa Bárbara de Baixo está abandonado e os danos à edificação já podem ser vistos muito claramente.

Afora isso, Rosário é também o palco para inúmeras celebrações festivas que ocorrem durante o ano. As mais famosas são a Festa do Catete, o Encontro Cultural e o Carna Catete – festa de carnaval que congrega blocos tradicionais de rua, com bandas conhecidas do público nacional em quatro dias de festa que atrai grandes públicos para a cidade.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

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