quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Viva o FASC

Imagem - divulgação, postada pelo 'Blog Minha Terra é SERGIPE', 
para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no Facebook/Amaral Cavalcante, em 29/11/2017

Viva o FASC
Por Amaral Cavalcante

Recebo como uma homenagem à minha geração a iniciativa da Prefeitura de São Cristóvão de reeditar o Festival de Artes, principalmente quando assistimos ao intenso besteirol de eventos ditos “culturais”que ocupam a agenda dos novos gestores, mais preocupados em promover festas para o povo oferecendo-lhe “arte” de apelo eminentemente popularesco e idiota.

A iniciativa da Prefeitura de São Cristóvão é um alento, neste momento em que Cultura vai virando show de palanque com as chamadas “estrelas” incensadas pela mídia e pelas gravadoras, impostos com estratosféricos cachês ao orçamento público onde permeiam o superfaturamento e a corrupção. Nunca imaginei que a rubrica “difusão cultural” nos orçamentos públicos fosse servir a tanta bandalheira.

O FASC histórico foi, sem dúvidas, o maior acontecimento cultural jamais realizado em Sergipe e assim o foi porque contribuíram com a sua formatação os diversos agentes culturais em atividade, naqueles tempos, em Sergipe. Nós todos, os artistas e produtores culturais, mesmo os alternativos e marginais participamos, convidados por seus idealizadores - Madre Albertina Brasil e Alencarzinho - de todas as etapas que o fizeram acontecer. Era um tempo em que a UFS era uma instituição em perfeita simbiose com a sociedade sergipana, intérprete das suas demandas e parceira das suas realizações.

Não sei bem quando, nem por que, a Universidade Federal de Sergipe se afastou tanto de nós, mas o fosso se agiganta a cada dia. È ela lá na sua torre de sapiências acumuladas e nós cá, tendo que aplaudir o seu agigantamento inconsistente – como cresce e se espalha! – como um grande pé de elefantíase a nos pisar doente.

Pois o atual prefeito de São Cristóvão - afirma-se que com algum apoio da UFS - veio em boa hora apontar caminhos para promover o ansiado reencontro dos programas de extensão da nossa universidade com a cultura sergipana.

Que este FASC inaugure um novo tempo.

Texto reproduzidos do Facebook/Amaral Cavalcante.

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