Publicado originalmente no site Serigy News, em 27 de março de 2018
Largo da Gente Sergipana desponta com recorde de público
Redação - Serigy News
Por Agência Sergipe de Notícias
Inaugurado em pleno aniversário de Aracaju, o Largo da Gente
Sergipana é o mais novo ponto turístico da capital, que vem conquistando
recordes de público. Aracajuanos, sergipanos e visitantes de outros estados
passam pelo local todos os dias, registrando em fotos, em vídeos e
principalmente na memória a beleza das oito esculturas que flutuam sobre o
espelho d’água do Rio Sergipe.
Seja com a família, com os amigos, a dois ou sozinho, o
passeio pelo Largo é sempre motivo de admiração e satisfação. Que o diga a
estanciana Maria Helena Teixeira, de 59 anos, professora aposentada da Rede
Estadual. Acompanhada dos irmãos e dos sobrinhos, Helena fez questão de
conhecer o espaço, que até então já despertava a curiosidade pela TV.
“Amei. Eu não conhecia essa cultura toda de Sergipe, estava
justamente lendo a descrição de cada estátua. Parabéns para o governo pela
iniciativa, é um ponto turístico nota dez. É muito interessante, vou vir
sempre. Viemos em família diretamente de Estância, é a primeira vez que estou
vendo pessoalmente. Já tinha visto pela tv e tinha vontade de ver ao vivo.
Ficou melhor ainda”, afirmou, posando para a foto em frente à imagem do Barco
de Fogo, manifestação cultural típica de sua terra.
Para a aposentada Maria do Céu, de 70 anos, o novo ponto
turístico já se tornou um lugar mais do que especial. Após um longo tempo
utilizando muletas para auxiliar sua mobilidade, Maria escolheu o Largo para
ser o cenário de sua primeira caminhada sem os suportes. A ajuda ficou por
conta da neta Joana, de 10 anos.
“Estou conhecendo hoje. Achei uma maravilha, porque a
cultura sergipana precisa ser divulgada. Ela é muito rica e fica só centrada em
Laranjeiras e São Cristóvão. Estando aqui, divulga bastante. Vim com minha neta
e meu esposo, e esse é um passeio especial, porque estou caminhando pela
primeira vez depois de muito tempo de muletas”, disse.
Visitas
Cláudia Sacramento Bonfim, de 41 anos, é moradora de Nossa
Senhora do Socorro. Na volta da praia, visitou o Largo para realizar o desejo
de sua filha, Júlia, de seis anos. “Estávamos vindo da praia e paramos para
conhecer. Ela queria muito poder ver os bonecos e trouxe o tablet dela para
tirar fotos. Achei muito bonito. Gosto demais do Lambe Sujo e Caboclinhos, é a
manifestação que eu mais gosto. Também conhecia o Bacamarteiro e agora estou
conhecendo outros”, relatou.
O casal Marcos Santana, de 53 anos, e Rosimeire Santana, de
51, também escolheu o Largo para o passeio do fim de semana. “Viemos na
inauguração e agora estamos vindo de novo para fazer umas fotos. Acho legal
essas manifestações estarem sendo valorizadas. É a nossa cultura, é importante.
O próprio sergipano aprende a valorizar o que é seu, e o turista também. Serve
para conhecer os valores que temos aqui, difundir e divulgar para que pessoas
de outras culturas possam saber que a gente também tem nossa riqueza cultural.
Temos que dar valor”, opinou Marcos.
A supervisora de atendimento Jamile Fonseca, de 31 anos,
levou a família para conhecer o novo ponto turístico. “Estou vindo pela
primeira vez. Estou achando interessante e estou gostando, porque está
valorizando a cultura sergipana, mostrando para os sergipanos e para o turista
o que é que Sergipe tem. Minha mãe veio da Bahia me visitar e estou aproveitando
para mostrar a ela e ao meu filho. Eles estão gostando muito”, contou.
A estudante Ana Paula Pereira, de 25 anos, posou para muitas
fotos tendo ao fundo a paisagem do Largo. A companhia da tarde foi a pequena
Maria Aparecida, de sete meses. “Estou vindo pela primeira vez, trazendo a
pequenininha. Vim com meu marido também. Está tudo bem bonito, bem diferente. A
cidade estava precisando para movimentar um pouco e para o pessoal conhecer um
pouco mais, já que muita gente não conhece a cultura do próprio estado. É bem
interessante, uma iniciativa muito boa. Já tive contato com algumas das
manifestações representadas na época da escola e é bom estar vendo todas
expostas”, disse.
Comércio
Nem sempre quem visita o novo cartão postal está a passeio.
Para quem trabalha como ambulante, o Largo representa um diferencial na fonte
de renda. É o caso do pipoqueiro José Boaventura de Albuquerque, de 70 anos.
“Sou pipoqueiro há 30 anos. Estou vindo pela terceira vez aqui e o movimento
está muito bom. Gostei demais daqui, achei bonito. Vai ser bom para a gente que
vende, o dinheiro vai entrando aos pouquinhos. Quanto mais pontos turísticos,
melhor para a gente. Tenho ponto fixo, mas quando chega o final de semana é bom
ter um lugar desses para a gente vender um pouquinho a mais”, afirmou.
O vendedor de cocos José Mario da Silva Santos, de 55 anos,
concorda. “No fim de semana a gente sempre procura um ponto turístico para
ganhar um trocado a mais. Estou achando lindo. O movimento está grande, desde o
dia da inauguração que não para de vir gente. Está dando para tirar um
dinheirinho. Isso aqui foi um negócio muito maravilhoso, estava precisando
fazer uma coisa assim para atrair mais turistas”, pontuou.
Largo
O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana
localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana,
homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito
esculturas de autoria do artista plástico Tatti Moreno. Nelas, estão
representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira,
Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso. Completando o elenco, o Barco de
Fogo centraliza as instalações do píer.
O projeto é uma realização do governo de Sergipe, do
Instituto Banese e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). No total, foram
investidos R$ 6.425.530,80, sendo R$ 2,2 milhões oriundos de recursos do Estado
e o restante proveniente de verbas de patrocínio do Banese, que possui linhas
específicas para investimentos dessa finalidade.
O projeto é inspirado nas esculturas dos Orixás localizadas
no Dique do Tororó, em Salvador, na Bahia, que foram concebidas pelo próprio
Tatti Moreno. Confeccionadas em fibra de vidro e resina de poliéster, cada
escultura tem 7m de altura e foi fruto de um longo trabalho de pesquisa
documental e de campo.
Texto e imagens reproduzidos do site: serigynews.com
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