Fotos: Ana Lícia Menezes
Reproduzidas do site: aracaju.se.gov.br
Publicado originalmente no site da PMA, em 19 de setembro de 2018
Praça Camerino é espaço de convívio social e contato com a
natureza
Quem passa todos os dias pela praça Camerino, no Centro da
cidade, não tem ideia da história que ela possui. Diariamente, muitas pessoas
passam por ela, seja para ir à escola, pegar um ônibus, ou simplesmente para
sentar e descansar.
A praça Camerino guarda histórias ainda do século 19. Desde
a adolescência, o estanciano Francisco Camerino pensava em defender o Brasil.
Aos 25 anos de idade, alistou-se voluntariamente na Guerra do Paraguai e atuou
como soldado paisano, onde acabou morrendo, vítima de ferimentos na batalha.
Ferido gravemente, recita, no momento extremo de sua dor, o verso de sua
autoria e que define a sua bravura e a sua coragem. "E ou morre o homem na
lida, feliz, coberto de glória; ou surge o homem com vida, mostrando em cada
ferida o hino de uma vitória".
Apesar de Camerino ser considerado um dos heróis da pátria,
seu busto só foi existir na praça em 2002, quando um projeto do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) colocou como uma das
exigências para a reforma da praça ter um busto de Francisco Camerino. Até
hoje, está lá o monumento do lagartense Sílvio Romero que está na praça desde
1995. Ela foi colocada lá como forma de homenagear o centenário de uma pessoa
ilustre. Ele era escritor, jornalista, advogado, político etc. mas a praça
nunca recebeu o seu nome. A praça recebeu o atual nome a partir da década de
10.
O que tem na praça?
As praças são populares por ser um espaço para o lazer,
convívio social, descanso, realização de atividades físicas, além da contemplação
da natureza. Na praça Camerino você pode fazer tudo isso com os espaços de
leitura com caixas de troca de livros, espaço para eventos com arquibancada, se
divertir nas mesas com tabuleiro de xadrez, comprar algum produto na banca de
revista e fazer um lanche em um dos quiosques da praça.
José Fagundes, de 81 anos, é um dos moradores mais antigos
do Centro, ele mora em frente à praça há 40 anos e guarda na memória os bons
tempos que viveu no local nos anos 80. "No final de semana tinha festas,
shows, teatro ao ar livre; os moradores dos edifícios pegavam as cadeiras e se
reuniam para assistir os espetáculos; todas as festas da cidade eram realizadas
aqui, bandas dos bombeiros, bandas do interior; os tempos eram gostosos",
relembrou. Ele contou que lá foi criada a primeira rede de esgoto. "Foi
nessa praça que foi criada o primeiro esgoto de Aracaju, isso já tem 86 anos,
facilitou a nossa vida", contou.
A dona de casa Claudenice dos Santos, 28, sentou em um dos
bancos da praça para esperar pelo atendimento médico. "Sempre que venho
resolver alguma coisa próximo da praça, eu fico por aqui. Como o atendimento
vai demorar um pouco, eu aproveito para descansar e pensar na vida. Aqui é
organizado, limpinho e bem tranquilo, nem parece que estou em uma avenida movimentada",
contou.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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