Nana: muitos enrolados já passaram por suas mãos.
Publicado originalmente no site do Cinform, em 03 de outubro de 2017.
Enrolando há mais de 40 anos
Traz A Conta
‘Sou eu que vou seguir você do primeiro rabisco até o
bê-a-bá’
O que médicos-cirurgiões e juízes tem em comum? O mesmo que
uma cantora e um administrador de empresas hoje tem: o enroladão do Arquidiocesano,
que foi muito além do bê-a-bá e repousa sobre a memória afetiva de milhares de
estudantes que provaram esse lanche no recreio de suas infâncias.
Fundado em 1960 pelo monsenhor José Carvalho de Souza, o
tradicional colégio foi formando seus cidadão aos longo do tempo à base de
conhecimento e do enroladão de Dona Creusa, dona da lendária cantina, que
depois vendeu pra Dona Márcia, que – em contrato – comprometeu-se a manter a
tradição.
No filme Exterminador do Futuro VII, em sua passagem por
Aracaju, uma coisa já é certa no roteiro: um buraco na Rua Dom José Thomaz com
uma placa fincada com os dizeres “Volta Edvaldo Neto” e uma cantina com o
enroladão.
Nana Duarte, na cantina há 27 anos, nos confessou que
antigamente ali, se os funcionários não segurassem o balcão, tinha invasão pra
pedir o enroladão – R$ 3,50 – hoje produzido pelo padeiro Jamisson. ‘Chegam
muitos pais de alunos, que foram alunos, e vem aqui direto comer o enroladão’,
dizem os funcionários.
Embaixo das mangueiras que contam histórias ali vividas aos
passarinhos, provamos o Highlander dos lanches de colégio. Ele é um pãozinho
com queijo coalho, presunto, orégano e azeite. Simples. Mas tem afetividade.
Pra acompanhar, um suco de maracujá gelado pra reviver os velhos tempos com a
turma.
Nos áureos tempos, chegaram a ser produzidos até 21
bandejas. Com as mudanças da cidade, muitos estudantes foram pra outras
instituições, mas o enroladão resiste mesmo hoje saindo uma bandeja somente.
‘Pessoal agora gosta de hambúrguer gourmet, brownie’.
São jovens e tem muito o que aprender.
Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br
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