Fotos: Divulgação.
Publicado originalmente no site Jornal da Cidade, em 25/09/2017.
Serra da Miaba: a trilha do agreste
Se o objetivo da próxima viagem for relaxar, refletir, e ter
um contato maior com a natureza, fica a dica.
Por Leonardo Barreto/Colaborador
Disposição e sensibilidade são indispensáveis para conhecer
a Serra da Miaba, no município de São Domingos, distante 76 km da capital
Aracaju. O lugar tem uma das paisagens mais lindas do agreste sergipano e,
apesar de pouco divulgado, é bastante frequentado. Se o objetivo da próxima
viagem for relaxar, refletir, e ter um contato maior com a natureza, fica a
dica!
Para chegar à Serra da Miaba, o melhor caminho é pela sede
do município. De lá, siga em uma estrada de chão em torno de cinco quilômetros
em direção ao povoado Tapera, onde começa a trilha. Na chegada, a recepção é feita por uma
família humilde, carente de recursos financeiros, mas rica em simpatia.
A casa de seu Domingos e dona Erondina serve como ponto de
apoio para os trilheiros que desejam conhecer a Miaba. O seu Domingos, chefe da
casa, é uma espécie de porteiro do lugar. É impossível falar na serra da Miaba,
sem falar nele.
Quem vai de carro ou moto, pode estacionar o veículo em um
grande terreiro em frente à casa do simpático casal. Para isso, paga-se 10
reais por veículo. Além disso, se o desejo for fazer a trilha sem carregar
peso, seu Domingos aluga seu jeguinho, por 70 reais, para levar até o poço 17,
principal lugar de banho da serra.
O melhor horário para fazer o percurso é no início da manhã,
o que permite contemplar o nascer do sol, e ainda evitar um cansaço maior às
altas temperaturas, características do agreste nordestino.
Pé na estrada — Carros estacionados e nas costas mochilas
carregadas de frutas, biscoito e água (embutidos e enlatados se o desejo for
acampar) é hora de colocar o pé na estrada e começar a trilha. O percurso é de
6km, que dura em média 3 horas de caminhada entre muitas subidas e descidas da
serra.
Para chegar ao poço 17 é necessário atravessar a serra. Na
primeira etapa são pouco mais de duas horas subindo até chegar no topo. O lugar
é conhecido como “ar condicionado”, um verdadeiro refrigério e
independentemente da hora, o vento que sopra é gelado. Só aí, faz valer a pena
a primeira etapa da caminhada.
Depois do descanso no “ar condicionado”, é só seguir em
frente, agora descendo, por cerca de 40 minutos, até ouvir os primeiros sons de
queda d´agua. O lugar é um verdadeiro oásis, e mesmo em períodos de seca, o
riacho permanece banhando a região.
Quem deseja acampar, monta suas barracas nas regiões que
margeiam o riacho, e a integração, as novas amizades, e as rodas de música,
comum aos grupos que lá frequentam, acontecem no poço 17. O lugar tem uma
pequena queda d’água, com cerca de três metros, e a profundidade chega a mais
de 2 metros, com águas cristalinas, e frias, que com o calor e o cansaço da
caminhada se tornam ainda mais prazerosas.
Tanto na região do poço quanto no caminho até chegar lá é
possível ter visões panorâmicas da região agreste, e ainda contemplar a beleza
de flores, que dão as boas-vindas ao visitante da Miaba.
Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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