terça-feira, 26 de setembro de 2017

Serra da Miaba: a trilha do agreste


Fotos: Divulgação.

Publicado originalmente no site Jornal da Cidade, em 25/09/2017.

Serra da Miaba: a trilha do agreste

Se o objetivo da próxima viagem for relaxar, refletir, e ter um contato maior com a natureza, fica a dica.

Por Leonardo Barreto/Colaborador
 
Disposição e sensibilidade são indispensáveis para conhecer a Serra da Miaba, no município de São Domingos, distante 76 km da capital Aracaju. O lugar tem uma das paisagens mais lindas do agreste sergipano e, apesar de pouco divulgado, é bastante frequentado. Se o objetivo da próxima viagem for relaxar, refletir, e ter um contato maior com a natureza, fica a dica!

Para chegar à Serra da Miaba, o melhor caminho é pela sede do município. De lá, siga em uma estrada de chão em torno de cinco quilômetros em direção ao povoado Tapera, onde começa a trilha.  Na chegada, a recepção é feita por uma família humilde, carente de recursos financeiros, mas rica em simpatia.

A casa de seu Domingos e dona Erondina serve como ponto de apoio para os trilheiros que desejam conhecer a Miaba. O seu Domingos, chefe da casa, é uma espécie de porteiro do lugar. É impossível falar na serra da Miaba, sem falar nele.

Quem vai de carro ou moto, pode estacionar o veículo em um grande terreiro em frente à casa do simpático casal. Para isso, paga-se 10 reais por veículo. Além disso, se o desejo for fazer a trilha sem carregar peso, seu Domingos aluga seu jeguinho, por 70 reais, para levar até o poço 17, principal lugar de banho da serra.

O melhor horário para fazer o percurso é no início da manhã, o que permite contemplar o nascer do sol, e ainda evitar um cansaço maior às altas temperaturas, características do agreste nordestino.

Pé na estrada — Carros estacionados e nas costas mochilas carregadas de frutas, biscoito e água (embutidos e enlatados se o desejo for acampar) é hora de colocar o pé na estrada e começar a trilha. O percurso é de 6km, que dura em média 3 horas de caminhada entre muitas subidas e descidas da serra.

Para chegar ao poço 17 é necessário atravessar a serra. Na primeira etapa são pouco mais de duas horas subindo até chegar no topo. O lugar é conhecido como “ar condicionado”, um verdadeiro refrigério e independentemente da hora, o vento que sopra é gelado. Só aí, faz valer a pena a primeira etapa da caminhada.

Depois do descanso no “ar condicionado”, é só seguir em frente, agora descendo, por cerca de 40 minutos, até ouvir os primeiros sons de queda d´agua. O lugar é um verdadeiro oásis, e mesmo em períodos de seca, o riacho permanece banhando a região.

Quem deseja acampar, monta suas barracas nas regiões que margeiam o riacho, e a integração, as novas amizades, e as rodas de música, comum aos grupos que lá frequentam, acontecem no poço 17. O lugar tem uma pequena queda d’água, com cerca de três metros, e a profundidade chega a mais de 2 metros, com águas cristalinas, e frias, que com o calor e o cansaço da caminhada se tornam ainda mais prazerosas.

Tanto na região do poço quanto no caminho até chegar lá é possível ter visões panorâmicas da região agreste, e ainda contemplar a beleza de flores, que dão as boas-vindas ao visitante da Miaba.

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

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