Fotos: Andre Moreira/ASN
Publicado originalmente no site da Agência Sergipana de Notícias, em 09/03/2018
Jackson Barreto assina ordem de serviço para recuperação do
Arquivo Público de Sergipe
Orçada em R$ 900 mil, a obra vai ser totalmente custeada
pela Celse
O governador Jackson Barreto assinou na tarde desta
sexta-feira, 09 (03/2018), a Ordem de Serviço para recuperação do Arquivo
Público de Sergipe, que está instalado num prédio de 1936, situado na Praça
Fausto Cardoso. O ato ocorreu no auditório do Arquivo e contou com a
participação do presidente da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) Pedro Akos
Litsek e do diretor de Operações da empresa, Édio José Rodenheber.
Orçada em R$ 900 mil, a obra vai ser totalmente custeada
pela Celse. Ao se instalar em Sergipe, o Governo e a Centrais Elétricas
celebraram Protocolo de Intenções para promover ações de preservação do
patrimônio cultural e histórico de espaços públicos que integram o meio
ambiente cultural do Estado de Sergipe. O Protocolo tem duração de cinco anos.
Através desse protocolo, a empresa assegurou fazer a reforma
do Teatro Tobias Barreto, da Biblioteca Pública Epifânio Dória e do Arquivo
Público de Sergipe, cuja ordem de serviço foi assinada hoje e será o primeiro
imóvel a receber as intervenções necessárias para a sua preservação.
A obra será realizada por uma empresa contratada pela Celse,
com acompanhamento técnico das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da
Infraestrutura (Seinfra).
O governador Jackson Barreto afirmou que a parceria se
reveste de grande importância, por possibilitar que sejam recuperados
importantes espaços públicos para a cultura sergipana. “São imóveis de grande
relevância arquitetônica, histórica e cultural”, ressaltou ao recordar que ao
se reunir com os executivos da empresa, solicitou uma compensação para o Estado
na área cultural e na preservação do patrimônio público.
Jackson Barreto disse que fica feliz quando percebe que o
Estado, apesar das dificuldades, consegue andar graças à capacidade e
criatividade dos que fazem a gestão estadual. “Mesmo pagando os salários dos
servidores com dificuldades, estamos mantendo os investimentos. Temos uma ação
de presença grande em todo estado”, acentuou.
O governador relembrou, ainda, que o projeto de recuperação
dos prédios históricos do centro da cidade começou com o então governador
Marcelo Déda, que praticamente reconstruiu o Palácio Olímpio Campos, uma vez
que se encontrava quase destruído.
“O Arquivo Público dialoga com o centro histórico de
Aracaju. Já foram reformados os prédios da Procuradoria, do Cacique Chá, o
Centro de Turismo e a antiga alfandega. O antigo prédio da Prefeitura também
vai ser restaurado pela Unit”, destacou.
Segundo o governador, está prevista ainda a reforma do
prédio da antiga estação rodoviária. “São edifícios que marcaram a vida dessa
cidade desde o século passado”, acentuou. Ele disse que dia 27 de março estará
assinando a ordem de serviço para recuperação da biblioteca Epifânio Dória e do
Teatro Tobias Barreto.
De acordo com Jackson Barreto, a chegada da Celse é o maior
investimento de Sergipe nos últimos anos e um dos maiores da América Latina.
Ele informou que serão investidos R$ 5 bi. O governador comparou a chegada da
empresa no Estado à chegada da Petrobras em 1963. “É mais que uma assinatura;
estamos entoando o hino à cultura sergipana”, finalizou.
O secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama, disse
que a reforma do Arquivo Público deixará uma marca muito forte em Sergipe, uma
vez que ele se localiza no sítio histórico de Aracaju. “Tenho orgulho de
pertencer a esse governo que está, juntamente com a Celse, reergendo os prédios
culturais de Sergipe”, acentuou.
O presidente da Centrais Elétricas de Sergipe, Pedro Akos
Litsek, afirmou que é uma satisfação poder fazer parte deste movimento de
resgate do sítio histórico de Aracaju e contribuir para a restauração desses
prédios públicos. “Estamos transferindo nossa base administrativa e financeira
para Aracaju. Antes estávamos baseados em São Paulo. Geramos atualmente 1.900
empregos, sendo que 1.200 são ocupados por sergipanos”, destacou.
Ele disse ainda que os investimentos realizados para recuperação dos prédios públicos não
fazem parte de nenhuma verba compensatória. “São investimentos da empresa para
o estado. A obra vai ser gerida e tocada pela empresa. É um grande trunfo do
governador que fez o pleito e nós atendemos. Estamos felizes por contribuir com
isso”, acentuou.
Obra
A obra prevê a recuperação da estrutura física do imóvel,
aquisição de máquinas e elevador, recuperação do auditório e pintura geral do
imóvel, entre as principais intervenções.
Arquivo Público
O Arquivo Público de Sergipe (APES) tem sua origem na Seção
de Arquivo da Biblioteca Pública Provincial, criada em 1848. No Governo de
Mauricio Graccho Cardoso, em 1923, foi criado o Arquivo Público do Estado.
Em 1926, o Arquivo volta à condição de Seção da Biblioteca
Pública, mantendo-se nesta situação até 1945. O imóvel que hoje abriga o
Arquivo Público, o Palácio Carvalho Neto, foi construído 1936 em estilo rococó,
para abrigar a Biblioteca Pública e a secção do Arquivo Público.
Em 1947 o Arquivo Público muda-se para o imóvel que hoje
sedia a Escola do Legislativo (antiga Assembleia Legislativa). A situação
permaneceu até 1974, quando foi construído um novo prédio para a Biblioteca
Epifânio Dória, no bairro 13 de julho. A Biblioteca mudou-se e o Arquivo
Público passou a ocupar sozinho o Palácio Carvalho Neto.
Presenças
Compareceram ao ato de assinatura da ordem de serviço, o
secretário de Estado da Comunicação, José Sales Neto, o diretor do Arquivo
Público, Milton Barbosa, o diretor da
Secult, Irineu Fontes, além de professores e pesquisadores que frequentam o
espaço.
Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário