Fotos: André Moreira/ASN
Publicado originalmente no site da Agência Sergipe Notícias, em 17 de Março de 2018
“Largo da Gente é o presente do governo para Aracaju”,
declara Jackson durante inauguração no aniversário da cidade
Finalizando o dia festivo em comemoração aos 163 anos de
Aracaju, o governador Jackson Barreto inaugurou o Largo da Gente Sergipana.
Projetado pelo arquiteto e urbanista Ézio Déda, o Largo se traduz em um
movimento de valorização da cultura popular do estado
Finalizando o dia festivo em comemoração aos 163 anos de
Aracaju, o governador Jackson Barreto inaugurou, na tarde deste sábado (17), o
Largo da Gente Sergipana. Projetado pelo arquiteto e urbanista Ézio Déda, o
Largo se traduz em um movimento de valorização da cultura popular do estado. O
projeto é uma realização do governo de Sergipe, por meio da Secretaria de
Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra), da Companhia
Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), do Instituto Banese e da
Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Reconhecido pelo Conselho Estadual de Cultura como um
“monumento voltado para a exaltação da nossa cultura popular”, o Largo da Gente
já é considerado uma referência e um novo cartão postal da cidade. Ao lado do
vice-governador Belivaldo Chagas e de representantes das oito manifestações
culturais homenageadas pelo Largo, o governador Jackson Barreto iniciou o
discurso pedindo uma salva de palmas para a vereadora Marielle Franco, morta na
última quarta (14).
“Não podemos entregar
essa obra sem saudar aqueles que lutam pelo povo. Quero pedir uma salva de
palmas para a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. Essa é uma festa
popular e sendo popular, precisamos homenagear as pessoas que têm identificação
e luta em favor dos movimentos populares”, disse, relembrando a formação
histórica de Aracaju e destacando que obra Largo será objeto de pesquisa e
valorização da cultura.
“Hoje, 17 de março, o governo de Sergipe traz um presente de
todo o povo sergipano à sua capital, que chega aos 163 anos. Aqui, em 1855,
quando Inácio Barbosa corajosamente deu início à instalação da nova capital,
existia uma praia de areias alvas. Para vencer as resistências e transpor as
barreiras do pessimismo, Inácio logo viria habitar na cidade que tomava forma.
A história está didática e modernamente revelada para quem visita o Museu da
Gente Sergipana. O presente que, através do meu governo, o povo sergipano faz à
sua capital é o complemento aos objetivos do museu. O Largo da Gente Sergipana
torna mais abrangente a visão de nossa história, indo ao encontro das suas
raízes. Todos os complementos da história sergipana e de nossa cultura estão
presentes nessa obra. Aqui neste espaço, que avança pelo Rio Sergipe, estão
representantes da nossa cultura popular. Fica aos estudiosos, aos pesquisadores
o desafio de mais e mais saírem em busca daquilo que nos caracterizam, dos
temas que marcam nossa identidade”, disse.
O governador destacou, ainda, o crescimento de Aracaju e do
estado, o qual atraiu um investimento de R$ 5 bilhões para a construção da
termoelétrica. “Daqui, vislumbramos o desenvolvimento de nosso estado com a
termoelétrica que surge do outro lado do rio, trazendo com ela uma extensa
cadeia produtiva. Ali, na nossa frente, estão trabalhando quase dois mil
sergipanos. Um pouco além, outra vez reeditando o pioneirismo sergipano na
exploração de petróleo e gás na plataforma marítima, dessa vez, numa distância
bem maior, começarão a ser exploradas as
jazidas enorme no pré-sal de Sergipe”.
O presente foi recebido com festa pelo prefeito de Aracaju,
Edvaldo Nogueira. “Como prefeito de Aracaju, só tenho a agradecer ao governo
por essa obra. A coragem de Inácio Barbosa, há 163 anos, é a responsável por
estarmos aqui. Jackson, muitas vezes há incompreensão com quem olha para o
futuro. Não fosse Inácio Barbosa, Aracaju não seria a cidade que é. Não fosse
Jackson, esse Largo não estaria sendo entregue hoje. No Largo estão presentes o
povo, nossa cultura, o que de mais verdadeiro Sergipe tem, que é sua cultura
popular. Nunca devemos esquecer-nos de onde viemos. Essa obra é da cultura
popular e dialoga com o futuro, pela beleza arquitetônica. Estou muito feliz.
Essa obra vai ser muito importante porque resgata nossa cultura e porque
fomenta o turismo”.
Esculturas
O Largo da Gente foi estrategicamente projetado em frente ao
Museu da Gente Sergipana - cuja infraestrutura dará o suporte necessário aos
visitantes do Largo, incluindo estacionamento, espaço gastronômico e loja com
artesanato local -, e sua estrutura oferece, além do píer, uma área de
convivência e um atracadouro. O grande destaque são as oito esculturas de
representações folclóricas sergipanas: Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança,
Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso.
As esculturas são de autoria do artista plástico Tati
Moreno. O projeto foi inspirado nas esculturas dos Orixás, localizadas no Dique
do Tororó, em Salvador, e recebem a assinatura do mesmo artista. Confeccionadas
em fibra de vidro e resina de poliéster, cada uma das esculturas tem 7m de
altura e para a instalação foram utilizadas vigas metálicas, o que dá a
impressão de que as peças flutuam acima do espelho d’água. Além delas, o Barco
de Fogo também é destaque no projeto do Largo da Gente.
O governador destacou o potencial turístico do investimento.
“Esse local será mais valorizado na medida em que nele o sergipano reconhecer
sua cultura. Para os turistas, ficará como lembrança. Estou muito feliz porque
sempre amei muito essa cidade, que me deu tudo e no dia do seu aniversário não
podia ter melhor presente do que o Largo da Gente Sergipana. Essas figuras tão
expressivas do nosso folclore, da nossa cultura popular, vão servir amanhã para
a visita de estudantes, professores, pesquisadores. Estou feliz pelo trabalho
de todos que fizeram essa beleza, e do Instituto Banese que patrocinou essa
grande obra. Eu tenho a minha visão ampla da cultura, mas evidente que, manter
as nossas raízes através dessas esculturas é realmente um maravilhoso presente para
Aracaju no seu aniversário".
Investindo na Cultura
No total, foram investidos R$ 6.425.530,80, sendo a parte do
governo na obra R$ 2,2 milhões, e o valor restante referente aos recursos de
patrocínio do Banese, que possui linhas próprias para esse tipo de investimento
e não podem ser utilizadas em outras finalidades de governo.
Para o diretor superintendente do Instituto Banese, Ézio
Déda, a obra é um importante projeto do Instituto que contribuirá fortemente no
que se refere ao potencial turístico e a valorização cultural de Sergipe.
“Essa é uma proposta integradora que nos remete aos grandes
monumentos urbanos nacionais e mundiais. O que pretendemos, entretanto, excede
a simples instalação de um novo símbolo de Aracaju. O governador Jackson
Barreto, desde o primeiro momento, abraçou um projeto que incorporou o seu
programa de governo. Jackson teve a coragem de fincar na Avenida Ivo do Prado,
símbolo da história sergipana, as manifestações culturais dessa gente mais
simples que carrega com vigor o estandarte da cultura e merece nossa mais
profunda reverência”, afirmou.
Trajetória da obra
A ideia do Largo da Gente Sergipana foi um projeto
amadurecido ao longo de seis anos, durante o processo de restauração do antigo
Atheneuzinho (2009 - 2011), onde atualmente funciona o Museu da Gente
Sergipana. Aprovado em todas as instâncias competentes e com todas as
autorizações e licenciamentos necessários, o projeto iniciou em outubro de
2017, sob a presença constante do arquiteto e diretor superintendente do
Instituto Banese, Ézio Déda.
Das autorizações e licenciamentos compreenderam: o projeto
arquitetônico e de urbanização, o estudo das marés, a sondagem de solo para o
projeto estrutural e os estudos elétrico e luminotécnico, licença ambiental,
autorização pelo Conselho Estadual de Cultura, Empresa Municipal de Obras e
Urbanização (Emurb), Capitania dos Portos, Secretaria de Patrimônio da União
(SPU), Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Agência Nacional de
Águas (ANA) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Toda a parte conceitual do projeto envolveu muita pesquisa
sobre a cultura popular em Sergipe, o que ficou sob a responsabilidade da
professora Aglaé D’Ávila Fontes e da historiadora Josevanda Mendonça Franco.
Elas foram responsáveis pelos trabalhos de pesquisa de conteúdo e produção
textual, incluindo a escolha das manifestações culturais que estão
representadas pelas esculturas do Largo da Gente Sergipana.
Já o trabalho de produção das esculturas ficou sob a
responsabilidade dos artistas plásticos Félix Sampaio e Tatti Moreno. E para
atingir com fidedignidade os traços, cores, formas, movimentos e gestos, Tatti
Moreno visitou o estado por diversas vezes, em contato com os grupos culturais,
para absorver toda a riqueza cultural de cada manifestação.
Presenças
Participaram da solenidades os secretários de Estado de
Comunicação, Sales Neto; Turismo, Fábio Henrique; Meio Ambiente, Olivier
Chagas; Esporte, Antônio Hora; Infraestrutura, Valmor Barbosa; Inclusão Social,
José Felizola; Fazenda, Josué Modesto; Educação, Jorge Carvalho; Governo,
Benedito Figueiredo; Controladoria Geral do Estado, Eliziário Sobral; o
presidente do Banese, Fernando Mota; o diretor da Aperipê, Givaldo Ricardo; a
superintendente da Casa Civil, Conceição Vieira; a vice-prefeita de Aracaju,
Eliane Aquino; os deputados estaduais Luciano Bispo e Garibalde Mendonça; o
deputado federal João Daniel; o comandante da Polícia Militar, coronel Marcony,
o diretor da Secult, Irineu Fontes; o diretor do Sergipeprevidência, José
Roberto; o reitor da universidade Tiradentes, Joubert Uchôa: professor Dilton Maynard representando a universal
Federal de Sergipe;a procuradora geral do Estado, Aparecida Gama e o vereador
Antônio Bittencourt.
Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br
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