terça-feira, 6 de março de 2018

Museu de Arte Sacra com mais de 500 peças do catolicismo

De terça a a sábado, das 10h às 16h. Domingos das 9h às 13h.
Foto: Danielle Pereira

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 05/03/2018 

Museu de Arte Sacra com mais de 500 peças do catolicismo

De terça a a sábado, das 10h às 16h. Domingos das 9h às 13h

Cânticos gregorianos recepcionam visitantes que entram no Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, localizado na histórica Praça São Francisco, patrimônio da humanidade. O local dispõe de mais de 500 peças catalogadas e funciona de terça a sábado, das 10h às 16h, e aos domingos das 9h às 13h.

Abrigado numa ala da antiga Ordem Terceira de São Francisco, ao lado do convento que leva o mesmo nome, o Museu é um dos mais importantes de Brasil nesse tipo de acervo e guarda obras do século XVII ao XX. Nos dois pisos do prédio, visitantes podem contemplar altares em madeira e ouro, imagens articuladas, móveis, artefatos antigos e a capela do convento, aberta somente em datas religiosas específicas.

De acordo com a museóloga e diretora técnica do espaço, Sayonara Viana, as obras sacras recontam o catolicismo em Sergipe. “Nosso acervo é uma reunião de toda a cultura religiosa do estado, da cultura material católica. Ele traz as devoções de cada região, são imagens que, se não estivessem no museu, já teriam se perdido. A partir de uma imagem, você traz toda uma história não só da imagem, mas do local onde ela estava, das tradições. Por exemplo, a imagem de Santo Amaro da Caieira pertencia  a uma capela de Santo Amaro que está desativada. A presença dessa imagem aqui traz  toda a história da procissão da caieira. Uma imagem vai além de um bem material, ela é  tradição e identidade e a gente procura destacar isso através dos projetos educativos que o museu realiza”, informou.

A museóloga explica que as visitas são guiadas por historiadores e estudantes de História, os quais explicam origem das peças e apresentam o fundador do museu, Dom Luciano, que tem uma sala com seus objetos pessoais e religiosos. "O acervo é constituído de peças sacras entre mobiliário, ourivesaria e imagens sacras oriundas de doações particulares e de capelas que não existem mais ou que não ofereciam seguranças para as peças. Recentemente, fomos consultados e uma pessoa vai deixar 23 imagens para o museu. Na maioria das vezes, as obras precisam de restauração”, disse, explicando que é a Fundação Museu de Arte Sacra de Sergipe a responsável pela triagem das peças.

Atualmente, o local é mantido por meio de convênios com a Prefeitura de São Cristóvão e o Governo do Estado. O Governo Federal auxilia através de editais de cultura e de restauro.

Movimentação

O Museu tem promovido ações culturais e educativas a fim de atrair mais públicos. Uma dessas ações é a sala de exposições, a qual recebe, durante todo o ano, mostras de artistas e fotógrafos. Até o fim deste mês, a exposição em cartaz é sobre a Romaria de Senhor dos Passos, da fotógrafa Danielle Pereira.

Mozart Daltro Bispo é fotógrafo sergipano e realizou sua primeira exposição no Museu de Arte Sacra. Para ele, o espaço é ideal para exaltar a cultura sergipana. “Minha primeira exposição foi aqui. Fiz uma mostra fotográfica sobre a praça São Francisco. Foram três meses de pesquisa e de trabalho para reunir material para a exposição. Expor no Museu de Arte Sacra é promover arte num espaço de arte. É muito importante e significativo o museu abrir portas para fotógrafos e artistas iniciantes e experientes”, declarou.

De acordo com a diretora do Museu, Sayonara Viana, outra ação que tem atraído público é o ‘Concerto Didático’, executado em parceira com o grupo musical Renantique, e as visitas didáticas, realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Educação.

“Nós últimos três messes, a visitação aumentou 50% em decorrência desse período de férias. Outra coisa que movimenta a instituição é quando há exposições temporárias e estamos fazendo um trabalho de valorização do artista de São Cristóvão, priorizando os artistas locais de artesanato, fotografia, pintura etc. Também temos o trabalho com as escolas do município, porque 80% das escolas do município não conheciam o museu. Formou-se uma ideia de que o museu é de turista. Não, o museu é do povo. Trabalhamos com alguns professores das escolas públicas, que trazem os alunos. Fizemos também os concertos didáticos, com o grupo Renantique e os alunos da rede municipal. Os músicos apresentam os instrumentos, as músicas. O que eu me senti gratificada foi que um dos alunos, depois do concerto, procurou um dos professores e agora está estudando no Conservatório de Música. Essa é a função do museu: implantar nas cidades a ideia de cultura e preservação”.

Fonte: assessoria de São Cristóvão

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário