De terça a a sábado, das 10h às 16h. Domingos das 9h às 13h.
Foto: Danielle Pereira
Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 05/03/2018
Museu de Arte Sacra com mais de 500 peças do catolicismo
De terça a a sábado, das 10h às 16h. Domingos das 9h às 13h
Cânticos gregorianos recepcionam visitantes que entram no
Museu de Arte Sacra de São Cristóvão, localizado na histórica Praça São
Francisco, patrimônio da humanidade. O local dispõe de mais de 500 peças
catalogadas e funciona de terça a sábado, das 10h às 16h, e aos domingos das 9h
às 13h.
Abrigado numa ala da antiga Ordem Terceira de São Francisco,
ao lado do convento que leva o mesmo nome, o Museu é um dos mais importantes de
Brasil nesse tipo de acervo e guarda obras do século XVII ao XX. Nos dois pisos
do prédio, visitantes podem contemplar altares em madeira e ouro, imagens
articuladas, móveis, artefatos antigos e a capela do convento, aberta somente
em datas religiosas específicas.
De acordo com a museóloga e diretora técnica do espaço,
Sayonara Viana, as obras sacras recontam o catolicismo em Sergipe. “Nosso
acervo é uma reunião de toda a cultura religiosa do estado, da cultura material
católica. Ele traz as devoções de cada região, são imagens que, se não
estivessem no museu, já teriam se perdido. A partir de uma imagem, você traz
toda uma história não só da imagem, mas do local onde ela estava, das
tradições. Por exemplo, a imagem de Santo Amaro da Caieira pertencia a uma capela de Santo Amaro que está desativada.
A presença dessa imagem aqui traz toda a
história da procissão da caieira. Uma imagem vai além de um bem material, ela
é tradição e identidade e a gente
procura destacar isso através dos projetos educativos que o museu realiza”,
informou.
A museóloga explica que as visitas são guiadas por
historiadores e estudantes de História, os quais explicam origem das peças e
apresentam o fundador do museu, Dom Luciano, que tem uma sala com seus objetos
pessoais e religiosos. "O acervo é constituído de peças sacras entre
mobiliário, ourivesaria e imagens sacras oriundas de doações particulares e de
capelas que não existem mais ou que não ofereciam seguranças para as peças.
Recentemente, fomos consultados e uma pessoa vai deixar 23 imagens para o
museu. Na maioria das vezes, as obras precisam de restauração”, disse,
explicando que é a Fundação Museu de Arte Sacra de Sergipe a responsável pela
triagem das peças.
Atualmente, o local é mantido por meio de convênios com a
Prefeitura de São Cristóvão e o Governo do Estado. O Governo Federal auxilia
através de editais de cultura e de restauro.
Movimentação
O Museu tem promovido ações culturais e educativas a fim de
atrair mais públicos. Uma dessas ações é a sala de exposições, a qual recebe,
durante todo o ano, mostras de artistas e fotógrafos. Até o fim deste mês, a
exposição em cartaz é sobre a Romaria de Senhor dos Passos, da fotógrafa
Danielle Pereira.
Mozart Daltro Bispo é fotógrafo sergipano e realizou sua
primeira exposição no Museu de Arte Sacra. Para ele, o espaço é ideal para
exaltar a cultura sergipana. “Minha primeira exposição foi aqui. Fiz uma mostra
fotográfica sobre a praça São Francisco. Foram três meses de pesquisa e de
trabalho para reunir material para a exposição. Expor no Museu de Arte Sacra é
promover arte num espaço de arte. É muito importante e significativo o museu
abrir portas para fotógrafos e artistas iniciantes e experientes”, declarou.
De acordo com a diretora do Museu, Sayonara Viana, outra
ação que tem atraído público é o ‘Concerto Didático’, executado em parceira com
o grupo musical Renantique, e as visitas didáticas, realizadas em parceria com
a Secretaria Municipal de Educação.
“Nós últimos três messes, a visitação aumentou 50% em
decorrência desse período de férias. Outra coisa que movimenta a instituição é
quando há exposições temporárias e estamos fazendo um trabalho de valorização
do artista de São Cristóvão, priorizando os artistas locais de artesanato,
fotografia, pintura etc. Também temos o trabalho com as escolas do município,
porque 80% das escolas do município não conheciam o museu. Formou-se uma ideia
de que o museu é de turista. Não, o museu é do povo. Trabalhamos com alguns
professores das escolas públicas, que trazem os alunos. Fizemos também os
concertos didáticos, com o grupo Renantique e os alunos da rede municipal. Os
músicos apresentam os instrumentos, as músicas. O que eu me senti gratificada
foi que um dos alunos, depois do concerto, procurou um dos professores e agora
está estudando no Conservatório de Música. Essa é a função do museu: implantar
nas cidades a ideia de cultura e preservação”.
Fonte: assessoria de São Cristóvão
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br
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