O aracajuano Ubiracy Figueiredo levou os netos para conhecer
o Largo
A curitibana Matilde Fernandes está aproveitando a viagem
por Aracaju
O artista plástico Tatti Moreno, responsável pela confecção
das esculturas
em conjunto com os artistas Félix Sampaio e André Moreno
A professora Aglaé Fontes, responsável pela curadoria
das
manifestações folclóricas representadas nas esculturas
O superintendente executivo da Secult, Irineu Fontes
O arquiteto e superintendente do Instituto Banese, Ézio
Déda,
idealizador do Largo da Gente Sergipana
Mestra Zé Rolinha, da Chegança Almirante Tamandaré,
de
Laranjeiras (Fotos: Victor Ribeiro/ASN)
Reproduzidas do site: agencia.se.gov.br
População festeja aniversário de Aracaju com inauguração do
Largo da Gente Sergipana
O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana
localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana,
homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito
esculturas que flutuam sobre o espelho d’água do Rio Sergipe. Nelas estão
representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira,
Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso.
Identidade. Esta palavra deu a tônica da celebração do aniversário
de 163 anos de Aracaju, que recebeu das mãos do governo do Estado e do
Instituto Banese um de seus maiores presentes neste 17 de março: o Largo da
Gente Sergipana. Sob as vistas atentas de aracajuanos e visitantes, o espaço
foi apresentado à população com uma grande festa que teve como protagonista a
cultura popular de Sergipe.
O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana
localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana,
homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito
esculturas que flutuam sobre o espelho d’água do Rio Sergipe. Nelas, estão
representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira,
Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso. Vindos do interior, todos os
grupos foram convidados a participar da festa, apresentando-se em cortejo com o
acompanhamento do grupo Burundanga Percussivo.
Para os integrantes de cada um dos grupos, a satisfação de
ver sua manifestação folclórica do coração imortalizada nas esculturas é motivo
de grande alegria. É o caso de Éder Santana, de 34 anos, membro do grupo de
Parafusos de Lagarto há 14. “É difícil dizer a emoção que a gente sente de ver
uma estátua do Parafuso, porque o grupo é centenário, mas muitas pessoas não
conhecem sua história. Então, a gente acaba sendo esquecido. Hoje, tendo um
marco do Parafuso, as pessoas vão procurar saber o que siginfica. Então, para a
gente é importante, porque tem uma valorização cultural”, afirmou.
O sentimento de Maurício Teles Santana, integrante do
Batalhão de Bacamarteiros do Povoado Aguada, de Carmópolis, é semelhante.
“Tenho 40 anos, muitos deles dedicados ao grupo. É uma emoção muito grande ver
uma estátua retratando o que a gente faz todo dia. Só tinha visto pela
televisão, agora posso ver pessoalmente e levar a foto para a família ver. Acho
que Aracaju está de parabéns, ainda mais com esse monumento representando nossa
cultura”, disse.
Quem também aprovou o Largo da Gente foi José Ronaldo de
Menezes, o popular Zé Rolinha de Laranjeiras, que conduz a Chegança Almirante
Tamandaré. “Temos muito grupos folclóricos em Sergipe. Não tinha a possiblidade
de todos estarem aqui presentes, mas uma boa parte vai estar representada. O
pessoal disse que a estátua da Chegança está parecida comigo. Independentemente
disso, ela está representando a cultura popular de Sergipe. É uma coisa muito
bonita, que vai fazer com que muita gente venha fazer turismo para conhecer
nossos bens materiais e imateriais”, opinou.
Visitantes
E não foram apenas os integrantes dos grupos folclóricos que
se sentiram prestigiados com o Largo da Gente Sergipana. Os filhos da cidade
aniversariante também ficaram deslumbrados com a beleza e a imponência das
novas instalações. O aposentado Ubiracy Santos Figueiredo, de 61 anos, fez questão
de trazer os netos para conhecer o novo espaço.
“Achei a obra muito importante porque fala do folclore
sergipano. Antes, a gente não tinha essa referência e ficava sem saber de muita
coisa sobre essas manifestações. Fiquei surpreso com a obra. No começo, eu não
achava que ia ficar desse jeito, mas agora está realmente lindo. Vou trazer a
família para passear sempre, aqui vai ser o point de Aracaju agora”, relatou.
Iracilda Nascimento, de 67 anos, é aracajuana e está
passando o primeiro 17 de março em sua terra natal após 36 anos morando nos
Estados Unidos. Para ela, o Largo da Gente é um ícone de reconhecimento
cultural. “Estou muito feliz porque amo Aracaju, amo minha cultura e dou muito
valor a ela. Essa obra é uma maravilhosa, muito especial. Quem fez está de
parabéns, porque essas estátuas não é pra qualquer um fazer”, pontuou.
Quem está de passagem por Aracaju também não resistiu aos
encantos do Largo. O casal Antônio Luiz Dantas e Sueli Dantas, ambos de 62
anos, não deixou de fazer sua parada para fotos em frente às esculturas. “Somos
de Salvador e viemos visitar familiares. Quando soubemos que era aniversário da
cidade e que teriam manifestações folclóricas, viemos logo. Gosto muito da
cultura de raiz, da nossa história e do nosso Nordeste”, disse Antônio. “Amo
essa terra e achei isso aqui muito lindo, tanto que parei para tirar foto.
Tinha que registrar e levar para Salvador para o pessoal de lá ver. A cidade
está de parabéns”, confirmou Sueli.
Assim como os baianos, a curitibana Matilde Fernandes, de 54
anos, também gostou do que viu. “Estou achando legal, gostando bastante. Estou
vindo pela primeira vez e com certeza vou dizer para todo mundo em Curitiba vir
visitar Aracaju. As esculturas são lindas, chamam muito a atenção. Estão de
parabéns”, comentou.
A comerciante Fátima Maria Ferreira, de 50 anos, também veio
de fora, mas é quase filha da terra. Para ela, além da beleza, o Largo tem
muito mais a oferecer. “Sou de Pernambuco, mas moro em Aracaju há 15 anos junto
com minhas filhas, no Bairro Industrial. Para a gente que vende pipoca, lanche
e outros produtos do tipo, essa obra vai ser um avanço. A gente vai conseguir
vender mais para os turistas e para quem vier visitar. Estou achando muito
bom”, afirmou.
Realização
Se para homenageados e visitantes o Largo da Gente já
despertou grandes emoções, para quem esteve por trás do projeto a inauguração
foi um momento ímpar. Segundo o arquiteto e superintendente do Insituto Banese
Ézio Déda, idealizador da instalação, o espaço simboliza uma somação de forças
em prol da cultura.
“Essa é uma proposta integradora que nos remete aos grandes
monumentos urbanos nacionais e mundiais. O que pretendemos, entretanto, excede
a simples instalação de um novo símbolo de Aracaju. O governador Jackson
Barreto, desde o primeiro momento, abraçou um projeto que incorporou o seu
programa de governo. Jackson teve a coragem de fincar na Avenida Ivo do Prado,
símbolo da história sergipana, as manifestações culturais dessa gente mais
simples que carrega com vigor o estandarte da cultura e merece nossa mais
profunda reverência”, destacou.
O artista plástico Tatti Moreno, responsável pela elaboração
das esculturas, falou sobre seu contato com as manifestações folclóricas
sergipanas ao longo do processo de concepção. “Foi uma surpresa descobrir a
riqueza que Sergipe possui em folclore popular. Fiz uma pesquisa, fui fui a
todas as cidades, senti a dança e o movimento de todos esses grupos. Parabenizo
a todos os aracajuanos pela data e principalmente ao governador, pois sem ele e
sem o Banese não conseguiríamos realizar uma obra dessa. Tenho certeza de que
essa obra será levada mundialmente. Hoje, na hora em que se abriu o tapume, a
gente viu como ficou lindo. O coração fica tão tocado, tão sublime, que nem
parece que a gente está aqui. Estou muito emocionado”, afirmou.
A professora Aglaé Fontes, responsável pela curadoria das
manifestações folclóricas representadas, manifestou sua felicidade em ver a
obra concretizada. “Fico muito alegre quando vejo a cultura sergipana se
expressar e ser homenageada. Acho que esse aniversário de Aracaju é muito
especial, porque nele ganhamos um presente para a cultura do estado inteiro.
Todos os grupos folclóricos estão aqui representados, e eles significam todas
as etnias que constroem nossa identidade”, salientou.
O superintendente executivo da Secretaria de Estado da
Cultura, Irineu Fontes, enfatizou a extensa produção cultural de Sergipe em se
tratando do folclore popular. “É uma homenagem muito simbólica. Em Sergipe,
temos mais de 150 grupos folclóricos em atividade. Em comparação com outros
estados, proporcionalmente, nós somos o maior em número de grupos. E são grupos
de diversas origens. Cada estátua do Largo representa não só um grupo, mas
vários outros. Quando colocamos os Bacamarteiros, estamos representando todos os
grupos dos festejos juninos como o Samba de Pareia, o Pisa Pólvora e por aí
vai. Quando colocamos o Cacumbi, estamos representando a figura do povo negro.
Então, acho que o Instituto Banese junto com o governo tiveram uma sacada muito
grande. O governo de Jackson Barreto está pensando muito nessa questão da
cultura popular, e a Secretaria de Cultura apoia isso”, opinou.
Programação
Além das apresentações folclóricas e do rito de inauguração
com descerramento da placa e pronunciamentos, a programação envolvendo o Largo
da Gente Sergipana incluiu um concerto da Orquestra Jovem de Sergipe e show com
a cantora Amorosa, entre outras atividades.
Texto e fotos reproduzidos do site: agencia.se.gov.br
Texto e fotos reproduzidos do site: agencia.se.gov.br
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