domingo, 18 de março de 2018

Inauguração do Largo da Gente Sergipana





O aracajuano Ubiracy Figueiredo levou os netos para conhecer o Largo


A curitibana Matilde Fernandes está aproveitando a viagem por Aracaju





O artista plástico Tatti Moreno, responsável pela confecção das esculturas 
em conjunto com os artistas Félix Sampaio e André Moreno













A professora Aglaé Fontes, responsável pela curadoria 
das manifestações folclóricas representadas nas esculturas

O superintendente executivo da Secult, Irineu Fontes

O arquiteto e superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, 
idealizador do Largo da Gente Sergipana

Mestra Zé Rolinha, da Chegança Almirante Tamandaré, 
de Laranjeiras (Fotos: Victor Ribeiro/ASN)
Reproduzidas do site: agencia.se.gov.br

Publicado originalmente no site da ASN Agência Sergipe, em 17 de Março de 2018 

População festeja aniversário de Aracaju com inauguração do Largo da Gente Sergipana

O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana, homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito esculturas que flutuam sobre o espelho d’água do Rio Sergipe. Nelas estão representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso.

Identidade. Esta palavra deu a tônica da celebração do aniversário de 163 anos de Aracaju, que recebeu das mãos do governo do Estado e do Instituto Banese um de seus maiores presentes neste 17 de março: o Largo da Gente Sergipana. Sob as vistas atentas de aracajuanos e visitantes, o espaço foi apresentado à população com uma grande festa que teve como protagonista a cultura popular de Sergipe.

O Largo da Gente Sergipana, instalação artística urbana localizada na Avenida Ivo do Prado, em frente ao Museu da Gente Sergipana, homenageia todas as expressões do folclore do Estado a partir de oito esculturas que flutuam sobre o espelho d’água do Rio Sergipe. Nelas, estão representadas Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso. Vindos do interior, todos os grupos foram convidados a participar da festa, apresentando-se em cortejo com o acompanhamento do grupo Burundanga Percussivo.

Para os integrantes de cada um dos grupos, a satisfação de ver sua manifestação folclórica do coração imortalizada nas esculturas é motivo de grande alegria. É o caso de Éder Santana, de 34 anos, membro do grupo de Parafusos de Lagarto há 14. “É difícil dizer a emoção que a gente sente de ver uma estátua do Parafuso, porque o grupo é centenário, mas muitas pessoas não conhecem sua história. Então, a gente acaba sendo esquecido. Hoje, tendo um marco do Parafuso, as pessoas vão procurar saber o que siginfica. Então, para a gente é importante, porque tem uma valorização cultural”, afirmou.

O sentimento de Maurício Teles Santana, integrante do Batalhão de Bacamarteiros do Povoado Aguada, de Carmópolis, é semelhante. “Tenho 40 anos, muitos deles dedicados ao grupo. É uma emoção muito grande ver uma estátua retratando o que a gente faz todo dia. Só tinha visto pela televisão, agora posso ver pessoalmente e levar a foto para a família ver. Acho que Aracaju está de parabéns, ainda mais com esse monumento representando nossa cultura”, disse.

Quem também aprovou o Largo da Gente foi José Ronaldo de Menezes, o popular Zé Rolinha de Laranjeiras, que conduz a Chegança Almirante Tamandaré. “Temos muito grupos folclóricos em Sergipe. Não tinha a possiblidade de todos estarem aqui presentes, mas uma boa parte vai estar representada. O pessoal disse que a estátua da Chegança está parecida comigo. Independentemente disso, ela está representando a cultura popular de Sergipe. É uma coisa muito bonita, que vai fazer com que muita gente venha fazer turismo para conhecer nossos bens materiais e imateriais”, opinou.

Visitantes

E não foram apenas os integrantes dos grupos folclóricos que se sentiram prestigiados com o Largo da Gente Sergipana. Os filhos da cidade aniversariante também ficaram deslumbrados com a beleza e a imponência das novas instalações. O aposentado Ubiracy Santos Figueiredo, de 61 anos, fez questão de trazer os netos para conhecer o novo espaço.

“Achei a obra muito importante porque fala do folclore sergipano. Antes, a gente não tinha essa referência e ficava sem saber de muita coisa sobre essas manifestações. Fiquei surpreso com a obra. No começo, eu não achava que ia ficar desse jeito, mas agora está realmente lindo. Vou trazer a família para passear sempre, aqui vai ser o point de Aracaju agora”, relatou.

Iracilda Nascimento, de 67 anos, é aracajuana e está passando o primeiro 17 de março em sua terra natal após 36 anos morando nos Estados Unidos. Para ela, o Largo da Gente é um ícone de reconhecimento cultural. “Estou muito feliz porque amo Aracaju, amo minha cultura e dou muito valor a ela. Essa obra é uma maravilhosa, muito especial. Quem fez está de parabéns, porque essas estátuas não é pra qualquer um fazer”, pontuou.

Quem está de passagem por Aracaju também não resistiu aos encantos do Largo. O casal Antônio Luiz Dantas e Sueli Dantas, ambos de 62 anos, não deixou de fazer sua parada para fotos em frente às esculturas. “Somos de Salvador e viemos visitar familiares. Quando soubemos que era aniversário da cidade e que teriam manifestações folclóricas, viemos logo. Gosto muito da cultura de raiz, da nossa história e do nosso Nordeste”, disse Antônio. “Amo essa terra e achei isso aqui muito lindo, tanto que parei para tirar foto. Tinha que registrar e levar para Salvador para o pessoal de lá ver. A cidade está de parabéns”, confirmou Sueli.

Assim como os baianos, a curitibana Matilde Fernandes, de 54 anos, também gostou do que viu. “Estou achando legal, gostando bastante. Estou vindo pela primeira vez e com certeza vou dizer para todo mundo em Curitiba vir visitar Aracaju. As esculturas são lindas, chamam muito a atenção. Estão de parabéns”, comentou.

A comerciante Fátima Maria Ferreira, de 50 anos, também veio de fora, mas é quase filha da terra. Para ela, além da beleza, o Largo tem muito mais a oferecer. “Sou de Pernambuco, mas moro em Aracaju há 15 anos junto com minhas filhas, no Bairro Industrial. Para a gente que vende pipoca, lanche e outros produtos do tipo, essa obra vai ser um avanço. A gente vai conseguir vender mais para os turistas e para quem vier visitar. Estou achando muito bom”, afirmou.

Realização

Se para homenageados e visitantes o Largo da Gente já despertou grandes emoções, para quem esteve por trás do projeto a inauguração foi um momento ímpar. Segundo o arquiteto e superintendente do Insituto Banese Ézio Déda, idealizador da instalação, o espaço simboliza uma somação de forças em prol da cultura.

“Essa é uma proposta integradora que nos remete aos grandes monumentos urbanos nacionais e mundiais. O que pretendemos, entretanto, excede a simples instalação de um novo símbolo de Aracaju. O governador Jackson Barreto, desde o primeiro momento, abraçou um projeto que incorporou o seu programa de governo. Jackson teve a coragem de fincar na Avenida Ivo do Prado, símbolo da história sergipana, as manifestações culturais dessa gente mais simples que carrega com vigor o estandarte da cultura e merece nossa mais profunda reverência”, destacou.

O artista plástico Tatti Moreno, responsável pela elaboração das esculturas, falou sobre seu contato com as manifestações folclóricas sergipanas ao longo do processo de concepção. “Foi uma surpresa descobrir a riqueza que Sergipe possui em folclore popular. Fiz uma pesquisa, fui fui a todas as cidades, senti a dança e o movimento de todos esses grupos. Parabenizo a todos os aracajuanos pela data e principalmente ao governador, pois sem ele e sem o Banese não conseguiríamos realizar uma obra dessa. Tenho certeza de que essa obra será levada mundialmente. Hoje, na hora em que se abriu o tapume, a gente viu como ficou lindo. O coração fica tão tocado, tão sublime, que nem parece que a gente está aqui. Estou muito emocionado”, afirmou.

A professora Aglaé Fontes, responsável pela curadoria das manifestações folclóricas representadas, manifestou sua felicidade em ver a obra concretizada. “Fico muito alegre quando vejo a cultura sergipana se expressar e ser homenageada. Acho que esse aniversário de Aracaju é muito especial, porque nele ganhamos um presente para a cultura do estado inteiro. Todos os grupos folclóricos estão aqui representados, e eles significam todas as etnias que constroem nossa identidade”, salientou.

O superintendente executivo da Secretaria de Estado da Cultura, Irineu Fontes, enfatizou a extensa produção cultural de Sergipe em se tratando do folclore popular. “É uma homenagem muito simbólica. Em Sergipe, temos mais de 150 grupos folclóricos em atividade. Em comparação com outros estados, proporcionalmente, nós somos o maior em número de grupos. E são grupos de diversas origens. Cada estátua do Largo representa não só um grupo, mas vários outros. Quando colocamos os Bacamarteiros, estamos representando todos os grupos dos festejos juninos como o Samba de Pareia, o Pisa Pólvora e por aí vai. Quando colocamos o Cacumbi, estamos representando a figura do povo negro. Então, acho que o Instituto Banese junto com o governo tiveram uma sacada muito grande. O governo de Jackson Barreto está pensando muito nessa questão da cultura popular, e a Secretaria de Cultura apoia isso”, opinou.

Programação

Além das apresentações folclóricas e do rito de inauguração com descerramento da placa e pronunciamentos, a programação envolvendo o Largo da Gente Sergipana incluiu um concerto da Orquestra Jovem de Sergipe e show com a cantora Amorosa, entre outras atividades.

Texto e fotos reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário